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Filmes e séries sobre o 25 de abril para celebrar a Revolução dos Cravos no streaming

Não sabes que filmes ou séries ver para comemorar o 51.º aniversário do 25 de Abril de 1974? Nós damos uma ajuda. Aqui ficam alguns dos filmes e séries que podes ver nas diversas plataformas de streaming em Portugal. Do documentário à ficção, da curta à longa-metragem, vários são os filmes que podes ver, e também séries.

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Duas séries na Netflix

Netflix Glória
Glória | © Paulo Goulart Photography via Netflix

A Netflix tem uma oferta relativamente reduzida para comemorares o 25 de Abril. Ainda assim, se não viste as séries “Glória” (2021, Tiago Guedes) e “Cuba Libre” (2022, Henrique Oliveira), esta é uma boa altura para as veres. “Glória” é a primeira produção original da Netflix em Portugal e aborda em 10 episódios o dia-a-dia na RARET no final dos anos 60 na Glória do Ribatejo. A RARET teve um papel preponderante durante a Guerra Fria num Portugal bastante fechado do regime de Salazar. Já “Cuba Libre”, produzida pela RTP, é uma série biográfica sobre Annie Silva Pais, a filha do último diretor da PIDE/DGS. Annie foi uma autêntica revolucionária teve sido bastante próxima de Ché Guevara.

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Na FilmIn a oferta sobre o 25 de Abril é grande

Há curtas-metragens, sobretudo de época

José Lopes em Paz
© The Stone and the Plot

Enquanto plataforma de streaming mais focada em cinema e séries de autor, a FilmIn é inegavelmente a plataforma que te oferece uma variedade maior de títulos de cinema português. Assim, na FilmIn tens a possibilidade de chegar a mais títulos para comemorar os 51 anos do 25 de Abril.

Para além do já clássico “Capitães de Abril” (2000, Maria de Medeiros), podes ver vários outros filmes, quer de ficção, quer de documentário e em vários formatos.

Se quiseres começar de forma “leve”, no formato curta-metragem, tens “Deus não Quis” (2007, António Ferreira). Esta curta aborda a temática da Guerra Colonial. Ainda no formato curto, temos “Paz” (2021, José Oliveira e Marta Ramos), mais um filme que aborda a Guerra Colonial (de referir que também está disponível o filme “Guerra” que funciona como “acompanhante” desta curta-metragem). Por fim, realizado por Nuno Portugal, a FilmIn dá-te ainda “O Voo da Papoila” (2011). Esta curta reflete sobre o papel da fotografia na Revolução. “Menina” (2016, Simão Cayatte) protagonizado por Joana Santos fala-nos de uma mulher casada com um inspetor da PIDE.

Há longas-metragens, sobretudo documentais

Luz Obscura
© Kintop

Passando às longas-metragens, a oferta é grande. “Outro País” (2000, Sérgio Tréfaut) aborda a Revolução pelo olhar de um estrangeiro. “Futebol de Causas” (2009, Ricardo Martins) aborda a luta da equipa académica de futebol de Coimbra contra o regime de Salazar.

“Linha Vermelha (2011, José Filipe Costa) reflete, na atualidade sobre a importância da Herdade Torre Bela na Reforma Agrária e o quanto o filme “Torre Bela” de Thomas Harlan contribuiu para isso. Também de José Filipe Costa, “Prazer, Camaradas!” está disponível para veres. Este filme reconstrói o pós-25 de Abril do ponto de vista da revolução sexual que estava a abraçar o mundo. De João Dias, “Operações SAAL” (2007) aborda a importância que os projetos SAAL tiveram no pós-Revolução de forma a dar melhores habitações à população.

Entretanto, já no feminino e ainda em formato longa-metragem, tens também vários filmes para veres. A saber, “Luz Obscura” (2017, Susana de Sousa Dias) que reflete sobre a importância da união familiar numa família que passou uma boa parte da sua vida a visitar familiares presos pela PIDE. Depois, “Cartas a uma Ditadura” (2008, Inês de Medeiros) reflete sobre a importância da mulher no contexto da ditadura. Mas ainda sobre as famosas Três Marias, temos o documentário “O que podem as palavras” (2022, Luísa Sequeira e Luísa Marinho).

Já de Catarina Mourão podes ver “A Toca do Lobo” (2015) onde a realizadora mergulha nas memórias da sua família durante a ditadura. Por fim, de Margarida Cardoso podes ver “Yvone Kane” (2014) que reflete sobre a marcas deixadas pela Guerra Colonial no presente.

E há ainda uma longa-metragem a partir de curtas, nos 50 anos do 25 de Abril

Um Tempo de Todos, nos 50 anos do 25 de Abril
© FilmIn

Por fim, deixamos ainda a sugestão do filme “Um Tempo de Todos” (2024). Um filme com o apoio da Câmara Municipal de Almada e que é composto por várias curtas-metragens de diferentes jovens realizadores almadenses ou com ligações a Almada. Um filme único e com diferentes olhares sobre o 25 de Abril. Passando pelo documentário (destaca-se a Lisnave), pela ficção (e se ainda hoje existisse ditadura?) ou pelo experimental (ser neta de Maria Isabel Barreno…), este é um filme multifacetado.

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Na Prime Video também duas séries portuguesas

3 Mulheres, um 25 de Abril por vir
© David & Golias

Tal como a Netflix, a Prime Video tem uma oferta bastante reduzida no que à temática do 25 de Abril diz respeito. Ainda assim, caso não tenhas visto, é uma boa oportunidade para veres a série “3 Mulheres” (2018-2022, Fernando Vendrell). As 3 mulheres da série foram importantes mulheres na luta contra o Estado Novo.

A saber, falamos de Natália Correia (interpretada por Soraia Chaves), Maria Armanda Falcão / Vera Lagoa (interpretada por Maria João Bastos) e Snu Abecassis (interpretada por Victória Guerra). Composta por 2 temporadas de 13 episódios cada, a série da RTP segue uma lógica concreta em cada uma das temporadas. A 1.ª temporada abarca o período pré-25 de Abril (1961-1973) e a 2.ª temporada abarca todo o período revolucionário do pós-25 de Abril (1974-1980).

Igualmente da RTP está disponível “O Atentado” (2020, Jorge Paixão da Costa). Série de 10 episódios que aborda a tentativa de assassinato de António de Oliveira Salazar em 1937 e a investigação da policial à volta disso.

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Filmes na Max, ambientados antes (e depois) do 25 de Abril

Ricardo Pereira e Miguel Nunes em Cartas da Guerra
© O Som e a Fúria

Já na Max, consegues ver, em primeiro lugar, o filme sátira “Capitão Falcão” (2015, João Leitão). Uma comédia sobre um super-herói e o seu ajudante que apoiam o regime de Salazar até às últimas consequências, seguindo todas as ordens do Presidente do Conselho para impedir a “ameaça vermelha”. Além disso, a biografia “Salgueiro Maia – O Implicado” (2022, Sérgio Graciano) também faz parte do catálogo. Depois, há ainda “Revolução (sem) Sangue” (2024, Rui Pedro Sousa) sobre a vida de 4 jovens assassinados pela PIDE no dia 25 de Abril de 1974.

Em segundo lugar, a estrear no dia 25 de Abril, tens dois filmes para comemorar a Revolução dos Cravos. São eles “Cartas da Guerra” (2016, Ivo M. Ferreira) e “Nação Valente” (2022, Carlos Conceição). Ambos os filmes são em torno da Guerra Colonial. O primeiro trata-se da adaptação da obra homónima de António Lobo Antunes. O segundo aborda o final da Guerra Colonial em Angola.

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E gratuito? Sim, claro! Na RTP Play

A RTP Play tem várias séries de época

Mulheres de Abril, 25 de Abril no feminino
© RTP

Analogamente, também a RTP tem a sua própria plataforma de conteúdos online. Por exemplo, para além das séries já abordadas e que também estão disponíveis na RTP Play (exceto “Glória”), a RTP preparou mesmo um especial “Abril, Mês da Liberdade”. Para chegares ao especial basta abrires a plataforma e está logo a seguir aos canais de televisão e rádio em direto. Como serviço público de televisão, a RTP tem uma oferta bastante variada na temática do 25 de Abril e do Estado Novo. E a mesma não se esgota à RTP Play, havendo também ofertas na RTP Arquivos. Na RTP Play, podes ver séries, filmes mas também documentários e reportagens do canal.

Destaca-se neste especial do catálogo da RTP Play a presença de “Salgueiro Maia – O Implicado” , quer na versão minissérie de 4 episódios, quer na versão filme. Fora deste especial, há ainda várias séries e filmes a descobrir.

Na secção das séries, podes descobrir a clássica “Conta-me Como Foi” (mas apenas os episódios pós-25 de Abril). “Histórias da Montanha” (2023, Luís Galvão Teles), com apenas 4 episódios, é também uma interessante escolha se pretenderes ter várias perspetivas da época do Estado Novo, uma vez que cada episódio tem uma história diferente. Esta é uma série inspirada em contos do escritor Miguel Torga.

Também disponível está a série “Mulheres de Abril”, produzida pela RTP em 2014 (Henrique Oliveira) para comemorar os 40 anos da Revolução. Série de apenas 5 episódios, com Ana Bustorff no papel principal, aborda a condição da mulher desde os anos 20 do século XX até ao presente de 2014. Curta e direta, esta é uma série que recomendamos.

Na RTP Play há ainda dois filmes, uma ficção e um documentário

Rui Morrison em Sombras Brancas
© David & Golias

Entretanto, no que aos filmes diz respeito, além de ser provável a inclusão dos filmes que vierem a ser exibidos esta semana nos diferentes canais da RTP, podes ver alguns já disponíveis. Em primeiro lugar, “Sombras Brancas” (2023, Fernando Vendrell) é uma biografia do escritor José Cardoso Pires, interpretado por Rui Morrison. Em segundo lugar, “Os Fotocines” (2021, Sabrina D. Marques) é uma docuficção com imagens de arquivo produzidas em África durante a Guerra Colonial. Muitas dessas filmagens feitas por alguns realizadores portugueses (como Lauro António) que deram aulas de cinema em África durante a Guerra.

E há igualmente algumas séries clássicas antes do 25 de Abril na RTP Arquivos

Quando os lobos uivam
© RTP

Finalmente, na RTP Arquivos podes ver várias séries produzidas pela RTP ao longo dos anos. Nesse sentido, as escolhas são variadas. Em primeiro lugar, “Quando os lobos uivam” (2006, João Cayatte), baseada no romance homónimo de Aquilino Ribeiro aborda a luta dos beirões em defesa do seu território contra o Estado Novo. Em segundo lugar, “A Raia dos Medos” (2000, Jorge Paixão da Costa) aborda a Guerra Civil de Espanha do ponto de vista português, sem esquecer a forte presença da PIDE nesta série. Depois, “Vidas Proibidas – Ballet Rose” (1997, Leonel Vieira) foca-se no escândalo sexual Ballet Rose que abalou o Estado Novo em 1967. Por fim, “A Vida ao Pé de Nós” (1988, Luís Filipe Costa, Isabel Medina) é uma série de três telefilmes sobre o poder do Estado, da censura e da guerra.

No meio de uma escolha tão grande, já sabes o que queres ver?

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