30 Filmes de Verão para levar na Mala nas Férias

30 Filmes de Verão para levar na Mala nas Férias

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Dos indies aos grandes clássicos, percorre connosco 30 Filmes de Verão para levar na Mala nas Férias.

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Parece que, não obstante o arranque tímido, o verão veio para ficar como o atestam as praias a abarrotar de veraneantes locais e turistas.

É oficialmente tempo de sol, surf, protetor, gelados, noites quentes e… filmes de verão. Deixamos aqui de parte os blockbusters que têm vindo a marcar a estação nos últimos anos para nos focarmos antes naquele género muito específico de cinema criado estabelecer o mood dos três meses mais quentes do ano, seja a recordar aquele verão inesquecível da adolescência ou a reviver a paixão assolapada que mudou tudo.

Como não queremos que falte nada, compilamos neste artigo uma coleção de 30 Filmes de Verão para levar na Mala nas Férias . Ou em alternativa, para aqueles que, como nós, ainda se encontram subjugados às maravilhas das ventoinhas e do ar condicionado, um pretexto para subornar o chefe e conseguir uns diazinhos de férias.

JUVENTUDE INSCONSCIENTE  (1993)

Se nos dedicarmos a uma busca intensiva, é possível encontrar filmes onde o velho Matthew McConaughey – porque o novo é do tipo dos que ganham Óscares! – não ande a bambolear-se em tronco nú a toda a santa hora. É uma tarefa árdua, admitimos, mas é possível. “Juventude Inconsciente é um deles, o clássico de culto que retrata os primeiros momentos das férias de verão de um grupo de adolescentes: aquelas primeiras horas de pura liberdade, a euforia que acompanha o último toque da escola. Capturando fielmente o espírito dos anos 70, é um filme que “é” o início das férias, e não um filme sobre o início das férias. E aí está uma grande diferença, uma diferença que o eleva ao estatuto de filme de culto.


500 DIAS COM SUMMER (2009)

Descrever um filme como “fresco que nem um pepino” pode não ser a forma mais eficiente para chamar a atenção dos espectadores para as suas qualidades. Mas a verdade é que a expressão se aplica a500 Dias com Summer”, uma das dramédias mais brilhantes e atípicas deste jovem século que atinge em 2018 a famigerada maioridade. Mas voltemos ao pepino – o sabor húmido e fresco é perfeito para o Verão, da ajuda prestada ao combate do envelhecimento. O mesmo se passa com o título de Marc Webb, o retrato realista de um Amor perdido e achado, capaz de rejuvenescer o mais carrancudo fóssil. Pode não ser uma representação clara da estação mais apetecida, mas a encantadora Summer Finn chega (e sobra) para os propósitos desta lista.


UMA FAMÍLIA À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS (2006)

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Do alto de uma vida adulta com os dias de férias contados, relembramos hoje com desmesurada nostalgia as viagens de família que alegravam a infância e obscureciam a adolescência. Em “Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos”, revisitamos essa realidade dicotómica ao acompanharmos por mais de 1000 km os Hoover, uma família fabulosamente disfuncional que, à custa de muita dificuldade, catástrofe cómica e cabeçadas na parede, se une para levar o membro mais jovem da família a um concurso de beleza que esta está destinada a perder do outro lado do país numa pão-de-forma amarela. Uma viagem onde estaríamos prontos a embarcar de olhos fechados.


AS FÉRIAS DO SENHOR HULOT (1953)

No Hotel de la Plage, a massa turística passa umas férias descansadas à beira-mar. Sem tubarões à vista, há outro elemento peculiar que irá semear (involuntariamente) o terror neste espaço balnear: ele é o trapalhão sr. Hulot. Herdeiro de Charlie Chaplin e Buster Keaton, Jacques Tati foi um mago do Cinema (cómico) Mudo, ainda que só tenha realizado meia dúzia de longas-metragens e protagonizado outras tantas. “As Férias do Senhor Hulot” é um clássico do entretenimento pós-guerra e um retrato nostálgico e afetuoso de um dos prazeres humanos mais primários: o tempo de brincar em vez de trabalhar, de respirar o ar puro em vez do ar poluído da cidade, no fundo, de viver em vez de sobreviver.


E A TUA MÃE TAMBÉM (2001)

Verão não é apenas sinónimo de praia. Road-trips, boa música, tequila e amigos também entram na lista. E mulheres casadas… Pelo menos é essa a premissa de “E a Tua Mãe Também”, aquele o filme mercurial de Alfonso Cuarón que, além de nos parecer à primeira vista um insulto digno de um derby de futebol acalentado, nos permite um olhar independente sobre as mais belas paisagens mexicanas. Tudo isto sem mariachis à vista.


AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO (2008)

No coração de Portugal, o mês de Agosto multiplica os populares e as atividades: festas e romarias, foguetes, música e muita animação. Cruzando ficção e documentário e grandes ambições com poucos trocos no bolso, surge um daqueles projetos aparentemente destinados ao fracasso mas que acabou como um título aclamado por esse mundo fora. A pureza das gentes portuguesas em 150 minutos que não podem ser chamados documentais nem ficcionais.


VICKY CRISTINA BARCELONA (2008)

Qualquer filme de Woody Allen é perfeito para uma noite quente de Verão, mas a imperatividade de não inundar esta lista de filmes do realizador americano obrigou-nos a escolher apenas um. Vicky e Cristina têm a oportunidade de uma vida nas férias de verão com que são presenteadas em Barcelona. A cereja no topo do bolo? Um encantador “guia” com traços de Don Juan. O alerta? Uma neurótica ex-mulher. Uma viagem imperdível regada com bom vinho, sexo e turistas desapropriadamente atraentes.


ALMÔNDEGAS (1979)

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Há que dizer as verdades: Almôndegas não é propriamente o título mais apelativo para um filme, sobretudo um filme de Verão – além de que atrapalha imenso a linha, e o bikini não deixa espaço a ilusões de ótica muito favorecedoras. “Almôndegas” é, contudo, o título de um dos mais icónicos filmes de verão do cinema americano: o cenário do acampamento é autenticamente previsível, com direito a corridas em sacos de batatas e despertar com adoráveis megafones, mas a primeira aparição cinematográfica de Bill Murray vale nem que seja por si mesma.


THE SANDLOT (1993)

A epitome do espírito do verão inesquecível capaz de abanar as memórias mais recônditas chega sob a forma de “The Sandlot”, um filme sobre as aventuras de um grupo de crianças que envolve baseball, casas-de-árvore, nadadores-salvadores atraentes, o gosto de viajar e um misterioso cão que come bolas. Resta deixar um aviso aos espectadores – PERIGO de nostalgia eminente de uma vida sem preocupações onde o Hakuna Matata é lei.


CONTA COMIGO (1986)

À semelhança de The Sandlot, “Conta Comigo” versa muito sobre tudo aquilo que torna as amizades de infância tão memoráveis. Um clássico da juventude, amizade e perda de inocência onde um grupo de garotos tenta encontrar o corpo de um rapazinho desaparecido. O tipo de aventura que só pode ter lugar num espaço que permite noites longas e dias dedicados – o verão.


ADVENTURELAND (2009)

A substituição do desejo inapagável de uma aventurosa viagem nas férias de verão pela realidade de um trabalho temporário odiável foi, certamente, uma realidade na vida de muitos de nós, comuns mortais. Também o foi na vida de James Brennan, o nosso relutante protagonista que vê as férias perfeitas arruinadas pela realidade da responsabilidade de fazer a sua própria vaquinha. Uma aventura que prima pela pungência e pelo retrato de uma fase da vida marcada pela incerteza do crescimento que se processa à base do “dois passos à frente e um atrás”.


GARDEN STATE (2004)

Mais um dos que não são necessariamente um filme de verão per si, mas que tem aquele brilhozinho estival tão reconhecível como vimos, por exemplo, em “500 Dias com Summer”. Uma fatia de vida e uma ode perfeita ao “verão que mudou tudo” onde não há um único plano que não brilhe, o que por si só já justifica a sua presença obrigatória nesta lista.


O PECADO MORA AO LADO (1955)

O verão também se aproveita na cidade, como vem provar “O Pecado Mora ao Lado”, a história de um pai de família que envia a mulher e filhos de férias de verão para Maine e tenta, em Nova Iorque, resistir à tentação de uma voluptuosa vizinha. Pouco mais nos escusamos a dizer para vos convencer quando a vizinha é uma bastante encalmada Marilyn Monroe.


BRILHANTINA (1978)

Queríamos ter um musical para vos oferecer nesta lista, e fazemo-lo por meio de um clássico que dispensa apresentações. Em caso de percalço, haverá sempre uma exibição de “Mamma Mia!” Na televisão generalista ao virar da esquina ou até a sequela “Mamma Mia: Here We Go Again” num cinema perto de si!


LA NOTTE DI SAN LORENZO (1982) 

10 de Agosto. É esta a data da Noite de São Lourenço, aquela onde é visível o maior número de estrelas cadentes no céu. Segundo a tradição, cada uma destas estrelas garante um desejo realizado, e uma mulher pede as palavras certas para contar ao filho a história do vilarejo de San Miniato numa daquelas mesmas noites, durante o último fôlego da Segunda Guerra Mundial. Uma mistura de lirismo/poesia e realidade/fantasia, é, talvez, o título mais sério desta lista. “A Noite de São Lourenço” é, como muitos outros filmes de guerra, violento e angustiante. Mas o que sobra findo o seu visionamento é a crença na capacidade da humanidade de se elevar a tamanhas atrocidades.


ANTES DE AMANHECER (1995)

Apesar de ser uma das mais belas e apetecíveis cidades europeias, cremos que há melhores alturas do ano para visitar Viena que não no pino do verão. Ou assim pensávamos nós, até Ethan Hawke e July Delpy nos fazerem mudar de ideias. Uma celebração das relações humanas e daquele honesto mas raro momento em que a magia do quotidiano acontece – click.


O LADO SELVAGEM (2007)

Acabadinho de sair da universidade, Chris McCandless decide abandonar a vida de conforto e procurar a liberdade no mundo. A odisseia realizada por Sean Penn é um hino à relação tempestuosa entre um homem e a natureza, e a sua constante procura pela salvação e ponto de ligação com o mundo. Alexander Supertramp promete agarrar-se ao vosso coração, abaná-lo e inspirá-lo pelo sonho.


NOVA GERAÇÃO (1973)

Há muito tempo, numa realidade muito, muito distante, George Lucas realizava filmes que não eram Star Wars. Bom, na verdade foram só dois, e sendo que um deles também tinha muitas máquinas à mistura, leva-nos a concluir que o realizador teve um único filme dito “normal” na carreira. Foi nessa era áurea que surgiu “Nova Geração”, o título que captou na perfeição o sentimento daquele último dia de verão, onde simultaneamente a novidade está à porta e é tentadora mas não deixar a alegria do presente fugir. E tem Harrison Ford, mas juramos a pés juntos que não há quem se envolva à batatada com sabres de luz.


MOONRISE KINGDOM (2012)

Foi o menino bonito do cinema indie de 2012 e é fácil perceber porquê – quer partamos do clássico amor de verão ou da natureza deliberadamente travessa e teatral que Wes Anderson lhe imprime. É uma fonte da juventude em forma de filme que oferece uma ode carinhosamente destrambelhada ao primeiro amor, ao verão, e às lembranças de um tempo que já não vem. 


A PRIMEIRA NOITE (1967)

O futuro de Ben depois das férias de verão adivinha uma entrada a frio no mundo real para a qual não se sente totalmente preparado. Mas mesmo com o medo e a incerteza no horizonte, o que não lhe traz qualquer dúvida é a sedutora Mrs Robinson, e as coisas que fará com ela. Uma comédia clássica com um toque cruel e que encapsula na perfeição o zeitgeist social de uma época.


CHAMA-ME PELO TEU NOME (2017)

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Quem não saiu do visionamento de “Chama-me Pelo teu Nome” e pesquisou desesperadamente no Google como chegar à idílica cidade de Crema no próximo avião não é um ser humano que se preze. Ok, se calhar estamos a exagerar, mas beleza natural e quase pecaminosa de cada fotograma do drama romântico de Luca Guadagnino desenrola-se em perfeita sincronia com os ritmos lânguidos de um tórrido verão. Misturando os prazeres da arte, da música e da gastronomia, Chama-me Pelo Teu Nome é um fascinante e irrepreensível ensaio sobre a fatalidade do primeiro amor.


ALGURES (2010)

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A fascinação de Sofia Coppola pela natureza da celebridade continua neste pequeno mas importante e meticuloso filme que analisa a relação entre um pai distante e uma filha que tudo faz para se aproximar dele. Como é usual no cinema de Coppola, o mood é mais proeminente do que o enredo, mas “Algures “emana um calor humano e tão real que é difícil resistir.


SIDEWAYS (2004)

Se és adepto de um grupo de protagonistas mais maduros em detrimento dos usuais jovens semi-delinquentes à solta por esses filmes de verão fora, então “Sideways” pode ser a tua alma (cinematográfica) gémea. O embarque é feito para uma roadtrip pelas vinícolas de Vale de Santa Inez na Califórnia que propiciará aos seus protagonistas uma grande reflexão regada a bom vinho sobre o lugar em que estão nas suas vidas e para onde querem ir. Um brinde ao futuro!


ASSASSINOS DE FÉRIAS (2012)

Onde é que estavas no verão de 2013? É que nós estávamos todos contentes a criar o clube de fãs ferrenhos de “Assassinos de Férias“, a comédia negra de Ben Wheatley que é uma hilariante observação satírica à tradição das férias britânicas, com direito a roulottes, atrações turísticas únicas e homicídios violentos.


JUNO (2007)

Não é, em rigor, um filme de verão ou sequer passado no verão, mas a traquinice e obstinação de “Juno” é tão confluente com uma noite de calor que não resistimos a incluí-la na lista. E porque não faz mal nenhum acrescentar razões que o façam valer ainda mais a pena, esta gloriosa e inquietante comédia teen é geralmente considerada como um dos grandes filmes independentes do séc. XXI.


ENDLESS SUMMER (1966)

Estávamos no auge dos anos 60 e a disputa na cultura pop travava-se, sobretudo, a duas frentes: de um lado a Invasão Britânica liderada pelos Beatles, do outro os Beach Boys impulsionados pelo sol e ondas californianas. Este foi o documentário que renovou a imagem que tínhamos do que era ser jovem e levou muitos aspirantes a surfistas a pegarem definitivamente nas pranchas e partirem em busca da onda perfeita.


NÃO DÊS BRONCA (1989)

Foi o dia mais quente do ano em Brooklyn, e talvez tenha sido essa uma das variáveis a tornar tão incendiário o primeiro grande filme de Spike Lee. Versando sobre as relações raciais e as dificuldades vividas nas ruas do bairro de Bedford Stuyvesant, foi um dos filmes mais controversos da sua década e é uma opção alternativa viável e bastante informativa se desejares afastar-te dos usuais romances de verão da época.


O MAIS LOUCO VERÃO AMERICANO (2001)

Aquando do lançamento, esta comédia satírica foi um flop tanto a nível da crítica como da bilheteira… mas o tempo acabou por lhe dar o tratamento de culto que hoje somos capazes de reconhecer que merece. Afinal, e bem vistas as coisas, é um filme de culto sobre um dos maiores cultos de sempre: campos de férias.


MERGULHO PROFUNDO (2015)

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Luca Guadagnino parece apostado em vender-nos a sua Itália como paradisíaco destino de verão, e nós estamos prontos para comprar tudo o que nos quiser oferecer. Neste caso, visitamos a relação pouco ortodoxa entre a estrela do Rock Marianne Lane, o namorado Paul, o velho amigo Harry e a sua filha Penelope. Até hoje não conseguimos deslindar se foi o cenário ou a inequívoca tensão sexual (e sensual) que nos deu maiores calores!


O TALENTOSO MR. RIPLEY (1999)

Acham que temos aqui uma fantasia de viagem por resolver? Acreditamos que sim. Fechamos a nossa lista em Itália, uma vez mais. É certo que se tivéssemos de escolher um filme perfitamente representativo do verão, o retorcido thriller de Anthony Minghella não é propriamente a escolha mais óbvia… mas pensando bem, como contorná-lo? Encharcado de sol dourado, la dolce vita, um guarda-roupa e direção artística de ir ao céu e (não voltar) e intriga a todos. Que mais poderíamos desejar?

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