© Fred Gasch, via Wikimedia Commons CC-BY-SA-4.0

O Punk não morreu! The Offspring deram lição no Super Bock Super Rock

O primeiro cabeça de cartaz do Super Bock Super Rock trouxe consigo vários êxitos que marcaram uma geração.

Muitos espaços verdes, um mergulho na natureza, com um pouco (ou muito) pó à mistura, é assim que se pode definir a nova edição do Super Bock Super Rock. Um local ao ar livre longe da cidade, que o único senão é a constante poeira que se levanta. No entanto, é o festival de verão mais digno desse nome, no que diz respeito à liberdade e alegria que o nome carrega. De regresso ao Meco, o SBSR abriu portas aos festivaleiros que, depois do trabalho, foram para a Herdade do Cabeço da Flauta ouvir as melhores músicas. Num dia em que o punk e o rock estavam juntos, o recinto começou a encher aos poucos. Depois de Tara Perdida no Palco LG, The Legendary Tigerman e Franz Ferninand no Placo Super Bock, coube aos lendários The Offspring tomar as rédeas durante uma hora e quinze minutos. 

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Uma banda que marcou uma geração, destacando-se no início dos anos 90 com êxitos atrás de êxitos, e foi isso que trouxeram ao festival, e foi por isso que o público foi para um local afastado numa quinta-feira à noite. Valeu a pena perder umas horas de sono antes de mais um dia de trabalho? Valeu, e muito! Desde do início do concerto percebeu-se que os The Offspring não eram uma banda comum, que chegavam, tocavam/cantavam as suas canções e só interagiam com o público um par de vezes. Antes pelo contrário, deram espetáculo a valer, e ninguém ficou indiferente, todo o recinto estava aos saltos com as músicas da banda. Começou com um tema conhecido “Come Out and Play”, e a partir daí, mesmo que fosse as músicas mais recentes, o público recebia de bom agrado qualquer tema, com a mesma euforia de um êxito. Houve tempo para tudo, de uma incrível contagem feita pelo baixista, afirmando, entre risos, que estava mais de um milhão de pessoas no recinto. Podiam não estar, mas a energia sentida fazia parecer. E ainda elogiaram o público por diversas vezes, formando-se cada vez mais um laço entre a banda e o público. 

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O punk não segue regras, e os The Offspring também não. Ao invés do que é habitual, ao tocarem somente as suas próprias músicas, a banda reservou um tempo para tocar o início de vários clássicos, como “Iron Man” dos Black Sabbath e “Sweet Child o’Mine” dos Guns n’ Roses. Além disso, também tocou um dos maiores êxitos dos Ramones, com “Blitzkrieg Bop”. A energia só subia, e subiu ainda mais com as últimas músicas, que foram êxitos atrás de êxitos, de “Pretty Fly” até “Self Esteem” ninguém mais parou. The Offspring mostraram que o punk não morreu, e está bem vivo e de boa saúde. Dexter Holland e companhia já não são os miúdos de outrora, mas foram senhores em palco e deram uma lição ao Super Bock Super Rock.

VÍDEOCLIPE | THE OFFSPRING ANIMARAM O SUPER BOCK SUPER ROCK

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