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Portugal está em grande destaque na série mais nomeada aos Emmys 2024

“Shogun,” adaptada do romance de James Clavell, é a série mais nomeada dos Emmys 2024 e Portugal ocupa um papel de grande revelo na narrativa. 

Sumário:

  • Adaptada do romance de James Clavell, “Shogun” da Disney+ dramatiza eventos reais do Shogunato Tokugawa que ascendeu ao poder num Japão em que Portugal detinha um monopólio comercial;
  • Apesar da importância portuguesa na história, foi decidido que todos os diálogos que na série são apresentados como “português” sejam realmente falados em inglês;
  • Ainda assim, “Shogun” conta com vários portugueses no seu elenco, sendo importante destacar a presença de Joaquim de Almeida.
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Adaptada do romance de James Clavell, Shogun retrata o Japão feudal, no início de uma guerra civil que define o século. Yoshii Toranaga (Hiroyuki Sanada) luta pela vida quando os seus inimigos no Conselho de Regentes se unem contra ele. Por sua vez, John Blackthorne (Cosmo Jarvis), o capitão inglês de um barco abandonado numa aldeia piscatória próxima, traz consigo segredos que podem ajudar Toranaga a inclinar a balança do poder e devastar a influência dos padres jesuítas e dos comerciantes portugueses.

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Assim, os destinos de Toranaga e Blackthorne ficam indissociavelmente ligados à intérprete Toda Mariko (Anna Sawai), uma nobre cristã e a última sobrevivente de uma linhagem que caiu em desgraça. Enquanto serve o seu senhor no meio deste cenário político agitado, Mariko tem de conciliar a sua aproximação a Blackthorne, o compromisso com a fé que a salvou e o dever para com o falecido pai. No elenco da série estão ainda Tadanobu AsanoFumi Nikaido, Tokuma Nishioka e Takehiro Hira.

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Segundo o guia da FX, “Shogun” dramatiza de forma significativa a história real do shogunato Tokugawa e do primeiro inglês a navegar para o Japão, aproveitando ainda figuras que existiram. E o nosso país tem grande destaque, quer na série quer na vida real.


Portugal no centro da história

© Disney+

No final do século XVI, Portugal detinha um monopólio de comércio entre o Japão e a Europa, sendo que a fé católica era propagada através de padres jesuítas. Os japoneses mais crentes aprendiam até a falar em português, como é o caso de Hosokawa Gracia, a base para a personagem Toda Mariko. Perante este cenário,Tokugawa (Toranaga na série) restaurou o Shogunato – um regime de ditadura militar em que o líder, Shogun, detém o poder real sobre o Japão e o seu exército,e o Imperador passa a ser uma figura religiosa.

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Até à chegada de William Adams (Blackthorne), um piloto inglês, nunca nenhum outro povo sem ser o nosso tinha conseguido chegar ao Japão. Adams foi-se tornando uma figura de relevo naquela hieirarquia e convenceu o Shogun a explorar relações comerciais com a Inglaterra e a Holanda. Em 1614, o catolicismo acabou por ser mesmo banido e todos os japoneses crentes que não se convertessem foram perseguidos até à morte.


A decisão polémica que desilude os portugueses

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Apesar da importância histórica do nosso país neste contexto, a série toma uma decisão que pode desiludir alguns portugueses. Há que ter noção que já foi um risco gigante apostar numa série falada maioritariamente em Japonês para um público americano, que historicamente não está habituado a conteúdo legendado. Assim, para não hostilizar ainda mais uma grande fatia do público, todos os diálogos que são teoricamente ouvidos em “português” são falados em inglês. 

Apesar disto, os portugues ocupam um papel preponderante ao longo dos episódios, a conspirar para não perder o poder, à medida que Toranaga e Blackthorne se aproximam. No entanto, apesar de contar com portugueses no elenco, nem todos os personagens supostamente portugueses são interpretados por pessoas oriundas do nosso páis.

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Paulino Nunes (Padre Dell’Aqua), Louis Ferreira (Ferreira) e Paul Moniz de Sá (Padre Sebastio) são atores portugueses que integram o elenco, e há ainda um grande nome do nosso cinema que participa no segundo episódio: Joaquim de Almeida.

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A estrela nacional interpreta Padre Domingo que está preso e cruza-se com Blackthorne. Domingo é uma figura importante para explicar ao tempestivo piloto o contexto político que rodeia Toranaga, e faz sentido recrutar o português mais internacional para dar um ar da sua graça numa produção que tem Portugal como peça-chave.

Com 99% de aprovação no Rotten Tomatoes e 86% de média no Metacritic, “Shogun” lidera as nomeações aos Emmys com 25 menções e pode ser vista na Disney+.

Joaquim de Almeida com grande destaque em Shogun

E tu, já viste “Shogun”? Sabias desta ligação portuguesa na série do ano?



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