© Pablo Larraín/Netflix (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Angelina Jolie revela incidente preocupante durante as filmagens de Maria Callas

Há momentos na arte em que uma interpretação transcende a mera representação e se torna uma alquimia quase mística, como a de Angelina Jolie ao interpretar Maria Callas.

Sumário:

  • Angelina Jolie mergulha numa transformação profunda para interpretar Maria Callas, com sete meses de preparação vocal, aulas de italiano e um estudo intenso da diva;
  • O filme “Maria” explora a relação entre maternidade, vocação artística e sacrifício, refletindo também a experiência pessoal de Jolie com a sua mãe;
  • A atuação de Jolie combina autenticidade vocal com emoção visceral, posicionando-a como uma forte candidata ao Óscar de Melhor Atriz.
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No labirinto de hotéis nova-iorquinos onde as histórias de Hollywood são feitas, Angelina Jolie prepara-se para desvendar um dos seus papéis mais desafiantes: Maria Callas, a divina diva que transformou a ópera de um mundo de elite num palco de paixões universais. Mais do que um filme, “Maria” é uma viagem íntima aos bastidores de um génio incompreendido.

A metamorfose de Angelina Jolie

Maria Angelina Jolie
© Pablo Larraín

Transformar-se em Maria Callas não foi para Angelina um mero exercício de caracterização. Foi uma imersão total que exigiu sete meses de treino vocal, aulas de italiano e um estudo quase forense da vida da cantora. As suas próprias palavras revelam a profundidade deste desafio: “Quando comecei a cantar, quase sempre desmaiava . Era como se o meu corpo não compreendesse esta exigência física brutal.”, diz a atriz à USA Today.

O realizador Pablo Larraín, que já transformou Natalie Portman e Kristen Stewart em ícones cinematográficos, vê em Jolie algo de extraordinário. “Quando ela está a atuar, nunca é auto-consciente”, revela. E é precisamente essa capacidade de dissolução na personagem que faz de “Maria” algo mais do que um simples filme biográfico.

As sombras da maternidade

maria festival de veneza
“Maria” © Pablo Larraín

Curiosamente, o filme torna-se também um tributo velado à própria mãe de Angelina, Marcheline Bertrand. A história de Callas – uma mulher moldada e simultaneamente aprisionada pelas expectativas maternas – ressoa profundamente com a experiência pessoal de Jolie. “A minha vida foi tão formada pelo amor da minha mãe”, confessa. “Maria tinha uma mãe que era realmente horrível. Foi forçada a ter sucesso, pressionada constantemente, criticada.”

O filme não é apenas uma narrativa sobre Callas, mas um estudo profundo sobre a relação entre mães, filhas e as pressões invisíveis que moldam vocações artísticas. Larraín compara a performance de Callas a uma ginasta olímpica – um momento de perfeição que exige décadas de sacrifício. A produção, filmada em Budapeste, trouxe inclusive desafios inesperados. Jolie brinca sobre o “treino de cães” – os seus co-protagonistas caninos que só respondiam a comandos em húngaro.

Com sete meses de preparação vocal, Jolie não apenas interpreta Callas – ela ressuscita-a. As suas vocalizações são um híbrido inteligente, misturando as suas próprias interpretações com gravações originais da diva, criando uma camada de autenticidade que promete conquistar a crítica. Os especialistas em prémios já apontam Jolie como forte candidata ao Óscar de Melhor Atriz – seria a sua terceira nomeação após “Interrompida” e “Changeling”.

Alguma vez pensaste em que ponto o nosso sofrimento se transforma em arte? Partilha a tua opinião sobre esta experiência de Angelina Jolie nos comentários.



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