Beetlejuice está de regresso ao cinema com Tim Burton
A Warner Bros. decidiu que o mundo ainda não está pronto para se livrar do demónio ás riscas que é Beetlejuice.
Depois do sucesso estrondoso de “Beetlejuice, Beetlejuice” (Max), a sequela não só ressuscitou a carreira de Tim Burton como provou que, às vezes, os fantasmas são melhores amigos do orçamento do que os algoritmos do streaming. Mas será que a terceira vez vai ser um encanto ou uma maldição?
Beetlejuice 3 está confirmado
Pam Abdy e Michael De Luca, os co-presidentes da Warner Bros., confirmaram à Deadline oficialmente que Beetlejuice 3 está em desenvolvimento. De Luca, com a cautela típica de quem lida com contratos e espíritos brincalhões, admitiu: “A tinta pode não estar seca nos contratos ainda, mas [isto vai acontecer] em breve.” E, convenhamos, quem mais além de Tim Burton poderia comandar outro capítulo desta saga?
O estúdio inicialmente planeava lançar “Beetlejuice, Beetlejuice” diretamente na “Max”, mas a dupla De Luca e Abdy salvou o filme de um destino digital. Assim, Burton, que originalmente pedia um orçamento de 150 milhões de dólares, acabou por aceitar cortes e transformar o projeto numa experiência cinematográfica. O truque? Os atores principais — Jenna Ortega, Michael Keaton, Winona Ryder e Catherine O’Hara — aceitaram salários menores no início, com promessas de percentagens nos lucros.
E que lucros. O filme superou a bilheteira mundial do original em apenas três dias. Com um opening weekend de 110 milhões só nos EUA, a sequela não só foi um sucesso comercial como marcou o regresso crítico de Burton. Depois de anos a lidar com as experiências que “destroem a alma” da Disney (sim, “Dumbo” quase o fez reformar-se), o realizador redescobriu a sua chama criativa no caos gótico de Beetlejuice.
Um Tim Burton preso no purgatório da Warner?
Há quem suspire por um Tim Burton a criar mundos originais, como nos tempos de “Edward Scissorhands” ou “Ed Wood”. Mas, por agora, a Warner Bros. parece determinada a mantê-lo no submundo dos blockbusters familiares — ainda que com zombies de fatos às riscas. A pergunta que fica no ar: será que Burton consegue equilibrar a sua visão artística com as exigências de um estúdio inegavelmente ávido por franchises?
Assim, o realizador já provou que Beetlejuice é a sua “Poção de Regeneração” profissional. Mas, enquanto esperamos pelo terceiro filme, vale a pena lembrar que até os melhores fantasmas podem perder o charme se forem invocados em excesso.
A Warner, é claro, está mais interessada em exorcizar as suas dívidas do que em preocupações criativas.
Estás pronto para outra dose de Beetlejuice, ou acha que já chega de ressuscitar os mortos? Deixa a tua opinião nos comentários.