© CM Palmela

Carlos Alberto Moniz voltou ao Capitólio com uma importante personagem dos anos 90

Carlos Alberto Moniz marcou a geração dos anos 90 com as cantigas do Tio Carlos. De regresso ao Capitólio, estivemos à conversa sobre as suas memórias.

Sumário:

  • O Capitólio é um importante local para a cultura portuguesa, do teatro à música;
  • O cantautor Carlos Alberto Moniz marcou os mais jovens nos anos 90 com as cantigas do Tio Carlos;
  • 30 anos depois, o compositor fez dois espetáculos especiais e recorda os melhores momentos dos anos 90.
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Corria o ano 1992, e as crianças portuguesas passavam as tardes depois da escola a aprender tudo sobre o mundo animal com as cantigas do Tio Carlos. Hoje, mais de 30 anos depois, toda essa geração ainda hoje tem o genérico bem firme na memória. Por isso o Capitólio vai viajar no tempo com essa geração, com um espetáculo de duas sessões da Arca de Noé.

Desta forma Carlos Alberto Moniz convidou os miúdos e graúdos a fazer amigos entre os animais mais uma vez, num espetáculo trouxe de volta a magia dos anos 90. Além disso e para celebrar este regresso, o cantautor reeditou também o tema do genérico, com a participação de vários artistas nacionais, e lançou-o no Spotify e restantes plataformas digitais. A ocasião não passou em branco e estivemos à conversa com Carlos Alberto Moniz.


Os bons velhos tempos

©Rui Ribeiro, MHD 2018

MHD: Como é que se sente em voltar a trabalhar num espetáculo/programa que marcou a cultura portuguesa nos anos 90?

CAM: Estar de novo em palco, desta vez com orquestra e vozes ao meu lado, será um prazer redobrado. As canções infantis, particularmente aquelas dedicadas ao mundo animal, serão sempre uma das minhas formas favoritas de comunicar com os mais pequenos, e trazer de volta este programa que marcou tantos portugueses na altura é um enorme privilégio. O carinho que ainda se sente pela Arca de Noé foi o que nos fez dar este passo para o trazer de volta, e lançámos também uma nova gravação do genérico do programa, onde juntei as crianças do SubCoroAlcântara e os seus pais, bem como vários artistas portugueses como a Rita Redshoes, Rogério Charraz, Rui Filipe, Fernanda Lopes, Janita Salomé e a minha filha Inês Fonseca, que também cantava na versão original, com apenas 4 anos.

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MHD: Quais são as principais mudanças que teve em conta neste novo espetáculo, 30 anos depois?

CAM: Dos anos 90 para os dias de hoje, muita coisa mudou, mas o carinho que os portugueses têm pela Arca de Noé mantém-se. Para este espetáculo, quis trazer de volta a essência do programa que marcou tanta gente, apenas com um toque um pouco mais fresco, para que tanto os novos miúdos e os graúdos que me acompanharam nas suas infâncias pudessem passar uma boa sessão a aprender tudo sobre o mundo animal. Desta vez, decidimos também lançar a nova versão do genérico, para avivar a memória e ensaiar as novas gerações para o espetáculo, onde, das 200 canções criadas, selecionamos algumas das mais representativas que muitos ainda se recordam.


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MHD: Programas educativos deste género são cada vez mais raros na televisão portuguesa, na sua opinião ainda haverá espaço para criar algo deste tipo nos dias de hoje?

CAM: Com o advento de dezenas e dezenas de canais de televisão a competição entre eles tornou-se muito mais aguerrida. Os canais lutam segundo a segundo pelo protagonismo de ter mais “share” do que os outros, isso torna difícil “gastar tempo” de antena em programas educativos, que, apesar de fazerem falta, não geram tantas audiências como os mais sensacionalistas ou de consumo rápido. As próprias crianças mudaram muito ao longo dos anos. Há que puxar pela imaginação e criar novos formatos consentâneos com o ritmo de vida do tempo em que vivemos e que apelem às crianças de hoje.

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MHD: De volta aos anos 90, qual foi a situação que mais lhe marcou a fazer este programa?

CAM: A Arca de Noé proporcionou-me a oportunidade única de, ao longo de cinco anos, criar dezenas de canções em parceria com José Jorge Letria que chegaram a centenas e centenas de jovens que, ainda hoje, quando se cruzam comigo, fazem questão de me dizer o carinho que ainda têm pelo programa.

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