O Direwolf sai da extinção diretamente para os braços de George R. R. Martin (Game of Thrones)
O Direwolf, conhecido como o Lobo-Terrível, foi uma espécie que viveu no continente americano. A sua descoberta ocorreu em 1858 e rapidamente se perceberam as semelhanças a animais modernos com o Lobo Cinzento, bem como os traços que o tornam único e temível.
Estimativas colocam o seu peso entre os 60 e os 110kg, longe dos 68kg máximo de um lobo comum. A sua mandíbula, preenchida com dentes grandes, possuía uma força não encontrada em nenhum canídeo moderno. Contudo, infelizmente a espécie extinguiu-se há cerca de 10.000 anos, na mesma altura em que uma extinção em massa matara a maioria das suas presas.
O Direwolf nos livros e série “Guerra dos Tronos”
O seu tamanho torna o Direwolf num predador de respeito e é natural que tenha feito parte de muitas obras literárias ao longo dos anos. Por exemplo, este animal marca presença em livros como “The Dire Wolves Chronicles” de Alyssa Rose Ivy, “Running with Direwolves” de Lily Harlem e, claro, “A Song of Ice and Fire” de George R. R. Martin (conhecido em Portugal como “As Crónicas de Gelo e Fogo“).
No primeiro livro da saga, “Guerra dos Tronos“, Robb Stark e Jon Snow encontram seis crias de Direwolf ou Lobo-Terrível, uma espécie canina que na história todos acreditam estar extinta a sul da Wall. Elas são partilhadas pela Casa Stark, nomeadamente, por Jon Snow (Ghost), Robb Stark (Grey Wind), Sansa Stark (Lady), Arya Stark (Nymeria), Bran Stark (Summer), e Rickon Stark (Shaggydog).
Enquanto na série da Max, apenas dois Direwolves permanecem vivos (Ghost e Nymeria), nos livros de George R. R. Martin, quatro continuam presentes (Ghost, Nymeria, Summer e Shaggydog).
O Lobo-Terrível já não está extinto, permanecendo a salvo nos braços de George R. R. Martin
Há alguns dias, o autor de “Game of Thrones” e “Fire & Blood” (inspiração da série da Max “House of the Dragon“), avisou os fãs que tinha boas notícias em breve. Muitos pensaram que se tratava do lançamento do novo livro mas a verdade era muito mais surpreendente.
Ben Lamm, George Church e Beth Shapiro, responsáveis da Colossal Biosciences, revelaram ao mundo a existência da primeira espécie animal “de-extinta” – o Direwolf ou Lobo-Terrível. O feito foi alcançado graças a uma mistura de engenharia genética e ADN conservado.
Os primeiros filhotes são os gémeos Romulus e Remus (um deles segurado por George R. R. Martin numa fotografia partilhada no seu Not a Blog), e a terceira cria é uma fêmea chamada Khaleesi, numa homenagem ao universo de “Game of Thrones”.
Infelizmente, como muitos especialistas referem, o nosso “novo” Lobo-Terrível não é um exemplar 100% fidedigno. “O que a Colossal produziu é um Lobo Cinzento, com algumas características do Direwolf, por exemplo, um crânio maior e pêlo branco. É um híbrido” – explica o Dr. Nic Rawlence, paleogeneticista da Universidade de Otago. Ele refere que o ADN do Direwolf é demasiado antigo e fragmentado para a criação de um clone exato.
Contudo, a Colossal Biosciences sublinha o facto do Lobo Cinzento ser o parente mais próximo do Direwolf. “Eles são geneticamente semelhantes”, diz a Dra. Beth Shapiro. “Nós focámos-nos nas sequências de ADN que nos levam a característica do Lobo-Terrível e depois modificámos as células do Lobo Cinzento”.
Foram escolhidas duas cadelas para “mãe adotiva”. O parto de Romulus e Remus aconteceu em outubro de 2024 por cesariana, de forma a diminuir possíveis complicações. Já o parto da Khaleesi decorreu em janeiro deste ano. As três crias vivem numa propriedade privada nos EUA de localização desconhecida.
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