Era esta a divisão dos ganhos dos Beatles

Tendo sido a banda mais influente dos anos 60, não surpreende que os Beatles tenham lucrado muito com os concertos e os discos vendidos. 

Começaram a surgir em 1957, quando Paul McCartney se juntou à banda de John Lennon da altura. O conjunto chamava-se “The Quarrymen”, e George Harrison juntou-se no ano a seguir à entrada de McCartney. No entanto, o nome “The Beatles” só nasceu em 1960, e Ringo Starr só se juntou à banda para preencher a secção rítmica em 1962.

Desde aí, o crescimento do grupo foi astronómico, devendo-se muito a Brian Epstein, o manager da banda. Foi Epstein quem idealizou o estilo inicial dos quatro músicos que, a par de dois discos muito concisos e inovadores, lançaram os jovens britânicos.

Então, entre 1962 e 1964, a banda ganhou cada vez mais destaque no panorama da música internacional, e um dos maiores passos que deu foi a tour de 1964 pelos EUA. O momento mais marcante foi quando foram tocar ao programa de Ed Sullivan, o qual foi visto, em direto, por 73 milhões de pessoas.

Com esta rápida ascensão veio o constante aumento do lucro, o que fez com que os Beatles se tornassem numa das bandas mais ricas dos anos 70. Ora, visto que muito do sucesso do conjunto se devia ao espírito visionário de Brian Epstein, 25% dos lucros iam para o manager. O resto era dividido igualmente por George, Ringo, Paul e John.

Porém, não é segredo para nenhum fã da banda que os maiores compositores eram Lennon e McCartney. Assim, a divisão do dinheiro entre os membros mudou, acabando com os mais criativos a receber uma maior parte dos lucros.

A banda desfez-se em 1970. No entanto, Paul McCartney manteve-se como um dos músicos mais bem pagos da indústria.

“I WANT TO HOLD YOUR HAND” | THE ED SULLIVAN SHOW

De acordo com a empresa do grupo, a Apple Corps, a banda alcançou o valor de 17 milhões de libras em vendas de discos só entre 1962 e 1970. Estes valores explicam o peso que os Beatles tiveram nessa década e demonstram toda a sua influência na música daí em diante.

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Diogo Nuno Moreira

É licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e encontra-se de momento a realizar o estágio profissional da Ordem dos Advogados. É músico, tendo feito parte da banda Duque Província, e continua a lançar músicas a solo. Tem também um livro de poemas publicado. É editor da secção de música da revista desde abril de 2024. Os seus interesses principais são rock, pop, e blues, escrevendo frequentemente sobre artistas clássicos como os Beatles, os Pink Floyd, Eric Clapton, entre outros. Toca guitarra elétrica, o que o faz ter um interesse especial pelos músicos que mais se destacam neste instrumento.

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