Dragon Age: The Veilguard © 2024 Electronic Arts Inc.

Dragon Age: The Veilguard, a Crítica | Valerá mesmo a pena?

Finalmente regressamos ao mundo de Dragon Age. Mas será que ainda vale a pena?

Desde o primeiro Dragon Age Origins que esta sega tem um espaço especial no coração de muitos jogadores que adoram grandes e complexos RPGs cheios de fantasia. Depois de vários jogos seguidos de alguns anos de espera, a Bioware leva-nos uma vez mais a este universo, agora para explorarmos novos locais, novas personagens, e novos inimigos. A questão é se a qualidade ainda lá está.

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A verdade é que para mim, Dragon Age Origins é o melhor jogo da saga, seguido de muito perto por Dragon Age Inquisition. Agora, quando começamos a jogar, não precisamos de muitas horas para percebermos que o foco no detalhe está aqui, o mundo gigante também e estas são as bases necessárias para que tudo o resto corra melhor. Começando pela parte gráfica, este é um jogo que nos apresenta, constantemente, um design fantástico, quer seja nas personagens ou nos cenários.

A sensação de escala é excelente e as texturas são boas, mas é o design que faz a diferença. Tudo parece no sítio certo durante todo o jogo. É pena notar-se que em alguns cenários a qualidade gráfica não é tão boa, mas existem muitos momentos em que vale a pena parar de jogar e ficar só a ver a beleza dos cenários. Já agora, são precisas mais de 100 horas para se fazer mesmo tudo neste jogo…


Dragons, magia e muitas lutas no novo “Dragon Age”

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Dragon Age: The Veilguard © 2024 Electronic Arts Inc.

Tal como esperado nestes jogos, começamos pelo criador de personagens, e posso dizer-vos que é grande. Muito grande. Têm muito por onde escolher e podem criar a vossa personagem em poucos minutos ou demorarem horas. Depende apenas do detalhe a que querem chegar e de todas as opções que querem explorar. Muito bom!

A seguir falo-vos da componente sonora. Dragon Age é conhecido por boas bandas sonoras, bons efeitos sonoros e vozes bem criadas. Aqui temos isso tudo, e apesar de o trabalho não ser fantástico, o destaque está na banda sonora, que ajuda a criar o ambiente certo, quer seja uma grande batalha, os mistérios de uma masmorra ou a paz de uma planície.

Olhando para a jogabilidade, em relação aos menus, este é um jogo que é complexo mas intuitivo. Nunca me senti perdido, mas é preciso algum tempo para se retirar partido de todas as combinações que se podem criar e de tudo o que podemos planear e criar. Nota-se claramente que a Bioware tentou simplificar um conceito que normalmente é complexo e extenso. Conseguiu em certa parte, mas acho que se perdeu algo pelo caminho.

Na parte do sistema de combate, o jogo não tem falhas, apesar de também não ser revolucionário. É fácil percebermos como avançar, nunca morri por falha da jogabilidade, mas tive pena que os meus companheiros controlados pelo jogo não consigam distinguir-se durante os combates.

Resumidamente, todos eles acabam por copiar de alguma forma o que eu faço com a minha personagem, o que é pena, porque as personagens perdem a sua identidade quando estão a combater. Este detalhe estraga a parte estratégica do jogo, que deveria ser muito melhor e que levaria o jogo para um outro patamar de desafio.

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Contudo, as batalhas são sempre divertidas e intensas. Gostei da sua diversidade e o destaque vai para as batalhas contra os Dragões e outros bosses que vamos encontrando e que elevam a experiência, sendo, provavelmente, o ponto mais alto do jogo. Salientar ainda que a nível gráfico, as batalhas não têm quebras, com exceção das últimas onde acontece tanta coisa que se notam alguams quebras no meio de toda a confusão. Nada de especial, mas nota-se.

Mas agora olhemos para história e personagens. Sinceramente, gostei bastante da maioria das personagens do jogo, apesar de notar que algumas apresentam algumas características que me parecem algo forçadas nas suas personalidades para se tentar diversificar mais cada uma delas. No global, o trabalho está bem feito, com destaque para alguns diálogos muito bons sem que as personagens percam a sua identidade. Na parte da história, temos aqui um bom enredo, principalmente pela sua coerência na qualidade. Com isto o que quero dizer é que as missões secundárias são muito boas, devem ser jogadas, oferecem muito à história e são essenciais até para as missões finais do enredo principal.

Globalmente, este é um Dragon Age com muita qualidade. Falha em alguns aspetos e parece forçar outros, mas a história, as personagens e a crítica que deixa é bastante interessante. Sendo um jogo em que tanto as missões principais como secundárias são de grande qualidade, é difícil sentirmos alguma repetição ou desgaste. No entanto, os temas explorados no enredo poderão não agradar a todos os jogadores que queiram algo mais focado noutros pontos, como a construção do mundo, a intriga política ou religiosa. Este é o melhor Dragon age de todos? Não. Mas é um bom jogo? Claramente. Mas preparem-se, porque é grande. Muito grande!

Já conhecias? Ficaste com vontade de experimentar?

  • Gráficos - 88
  • Enredo - 85
  • Jogabilidade - 81
  • Som - 86
Overall
85
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  1. Impudicus 16 de Novembro de 2024

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