Eis todas as referências escondidas nos primeiros minutos de Dune: Prophecy da Max
Prepara-te para entrar num universo onde cada frame carrega séculos de história, e as decisões do passado ecoam numa galáxia inteira: “Dune: Prophecy” promete redefinir a ficção científica na televisão.
Sumário:
- “Dune: Prophecy” explora a complexa mitologia de “Dune”, centrada numa guerra milenar contra máquinas pensantes que dominaram a galáxia;
- A série detalha a Jihad Butleriana, uma revolta humana contra a inteligência artificial, que resultou na destruição das máquinas e na criação de uma nova ordem galáctica;
- As Cinco Grandes Escolas surgem como alternativas à tecnologia proibida, com soluções como humanos especializados em cálculos e manipulação genética para garantir a sobrevivência humana.
“Dune: Prophecy” chega aos ecrãs como uma verdadeira odisseia científica, mergulhando os espectadores de imediato na complexa e fascinante mitologia de “Dune”. Nos seus primeiros 20 minutos, a série não poupa na densidade do lore, mas não esclarece muito. A série relata a longa e sangrenta guerra dos humanos contra as “máquinas pensantes” que dominaram a galáxia. Mas explora apenas o final do conflito e o impacto da perda das máquinas nas pessoas. A guerra durou 100 anos, mas não explica como começou nem o que define uma “máquina pensante”. Neste artigo vamos esclarecer como a humanidade passou a odiar as máquinas e como a guerra transformou a galáxia.
A guerra sagrada contra a inteligência artificial
Há dez mil anos, antes de Paul Atreides (Timothée Chalamet) sequer pensar em nascer, a humanidade vivia completamente dependente das “máquinas pensantes” – um termo que englobava qualquer computador, robô ou sistema de inteligência artificial capaz de executar tarefas complexas. Máquinas criadas para que os seres humanos não tivessem de pensar. O Omnius, uma mente coletiva artificial, governava com eficiência matemática, até decidir que os humanos eram dispensáveis e escravizou a humanidade.
A rebelião, liderada por Serena Butler, transformou-se na conhecida Jihad Butleriana – uma guerra santa que durou um século e dizimou bilhões de vidas. Os Butlerianos acreditavam firmemente que criar uma máquina à semelhança da mente humana era um pecado fundamental, um conceito tão profundamente enraizado que seria posteriormente inscrito na Bíblia Católica Laranja: “Não criarás uma máquina à semelhança da mente humana”.
A batalha final, travada em Corrin, não só derrotou as máquinas pensantes como estabeleceu as bases de uma nova civilização galática, completamente livre de dependência tecnológica. É por isso que o robo-lagarto de Pruitt (Charlie Hodson-Prior) no primeiro episódio de “Dune: Prophecy” causa tanto alvoroço – mesmo com o pai a insistir que não passava de um simples brinquedo.
As Grandes Escolas de Dune
Com as máquinas eliminadas, surgiu um desafio monumental: como substituir funções tecnológicas sem recorrer à tecnologia proibida? A solução revelou-se através do nascimento das Cinco Grandes Escolas.
A Guilda Espacial monopolizou as viagens interestelares. Depois disso, surgiram as Escolas Médicas Suk e os Mestres da Espada de Ginza. Os Mentats emergiram como “computadores humanos”, capazes de realizar cálculos e análises estratégicas com precisão robótica. A Irmandade Bene Gesserit iniciou o seu projeto de manipulação genética para “direcionar” o futuro da humanidade. Cada escola desenvolveu capacidades que permitiram à humanidade não apenas sobreviver, mas prosperar num universo onde a tecnologia era vista como uma ameaça existencial.
Caro leitor, os primeiros 20 minutos de “Dune: Prophecy” são muito mais do que uma simples introdução – são um manifesto sobre o poder da resiliência humana, sobre escolhas que definem civilizações inteiras. Mas a verdadeira questão que fica no ar é: estamos nós, no nosso mundo atual, assim tão longe deste cenário distópico? Ou será que já caminhamos perigosamente próximo do abismo tecnológico que os Butlerianos tanto temiam? Continua a descobrir todos os paralelos com a nossa realidade com “Dune: Prophecy” na Max.
Agora que conheces a história por trás da guerra que moldou uma galáxia, o que achas do paralelo entre a ficção de ‘Dune: Prophecy’ e o nosso mundo atual? Deixa-nos a tua opinião nos comentários!