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Emilia Pérez quebra novo recorde e faz história nos Óscares 2025

Um dos filmes mais polémicos de 2025, “Emilia Pérez” acaba de quebra um novo recorde e já faz parte da história da cerimónia.

Sumário:

  • A longa-metragem protagonizada por Zoe Saldana e Karla Sofía Gascón, é um musical centrado na história de uma traficante de droga transexual;
  • “Emilia Pérez” junta-se a “Colisão” e “Green Book” como um dos mais controversos filmes nomeados a Melhor Filme nos Óscares;
  • O filme arrecadou umas impressionantes 13 nomeações aos Óscares, o que o coloca para sempre na história da cerimónia de premiações.
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“Emilia Pérez” é um musical, que dá a conhecer a história de um traficante de droga que decide passar por uma operação de transição de género. A longa-metragem, protagonizada por Zoe Saldana e Karla Sofía Gascón, estreou nos cinemas nacionais no LEFFEST, o Festival de Cinema de Lisboa, em novembro de 2014, e é agora um dos filmes favoritos na corrida aos Óscares da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Realizado pelo cineasta francês, Jacques Audiard, ao longo do último ano, o filme tem percorrido vários festivais de cinema internacional, como o Festival de Cannes e o TIFF, através dos quais tem vindo a angariar um grande apoio da indústria. A longa-metragem chegou mesmo a vencer o prémio do júri para Audiard, de Melhor Elenco e Melhor Compositor em Cannes. Desde então, “Emilia Pérez” já deu que falar nos Golden Globes, onde arrecadou 4 vitória, incluindo na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical.

“Emilia Pérez” tem demonstrado ainda sucesso noutras celebrações da indústria, alcançando 11 nomeações aos BAFTA, 10 nos Critics Choice Awards e 3 nos SAG Awards. Agora, o filme volta a ser o centro das atenções, tendo ao angariar umas impressionantes 13 nomeações aos Óscares. No entanto, esta decisão não caiu bem entre os espectadores que, desde a sua estreia direcionada ao público em geral, têm vindo a demonstrar opiniões divididas.

Emilia Pérez faz história nos Óscares

Zoe Saldana em Emilia Pérez (2024)
© 2024 PAGE 114 – WHY NOT PRODUCTIONS – PATHÉ FILMS – FRANCE 2 CINÉMA

Com as suas 13 nomeações aos Óscares, “Emilia Pérez” torna-se no filme mais nomeado este ano, sendo acompanhado de perto por “Wicked” e “O Brutalista” com 10 nomeações cada, e “A Complete Unknown” e “Conclave” com 8. Desta forma, a longa-metragem de Jacques Audiard já entra para a história das cerimónias da Academia, quebrando o recorde de filme em língua estrangeira mais nomeado de sempre nos Óscares, ultrapassando “Roma” (10) e “Parasitas” (6).

É de lembrar que, apesar da sua história decorrer em grande parte no México sobre personagens mexicanas, “Emilia Pérez” é uma produção francesa falada maioritariamente em espanhol e francês. Também na história da Academia de Hollywood, fica a nomeação de Karla Sofía Gascón, que se torna a primeira mulher transgénero nomeada na categoria de Melhor Atriz Principal. Desta forma, o filme encontra-se nomeado nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro (por França), Melhor Caracterização, Melhor Banda Sonora, Melhor Som, Melhor Realizador, Melhor Musica Original (com duas canções distintas), Melhor Atriz Principal, Melhor Atriz Secundária, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Filme.

Em Portugal, o filme arrecadou pouco mais do que 36 mil euros após a sua estreia em sala, o que fica aquém dos 10 milhões de euros angariados mundialmente. No agregador de críticas, Rotten Tomatoes, o filme revela-se o nomeado com a menor aprovação entre os críticos com apenas 76%. Manohla Dargis, do New York Times, refere que “Audiard criou Emilia para assustar e distrair, mas é o desempenho de Gascón que centra e fundamenta a história, e é a atriz que finalmente dá ao filme um verdadeiro interesse. Ela é o coração e a alma do projeto”.

Por sua vez, Stephanie Zacharek, da TIME Magazine, esclarece que “Um filme como ‘Emilia Pérez’ – uma longa-metragem que, em vez de apelar à aceitação trans, apenas a trata como um dado adquirido – parece ainda mais um fogo de artifício cinematográfico, feroz e glorioso, um ato radical de imaginação com bondade no coração”.

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