76º Festival de Cannes | Jeanne du Barry e Johnny Depp na abertura
O 76º Festival de Cannes vai abrir a 16 de Maio com o filme ‘Jeanne du Barry’, realizado pela actriz-realizadora francesa Maïwenn e com o regresso de Johnny Depp aos ecrãs no papel de Luis XV.
‘Jeanne du Barry’, de Maïwenn, com um ‘entronizado’ Johnny Depp vai abrir o 76º Festival de Cannes e terá a sua estreia mundial na Croisette e logo a seguir nas salas de cinema francesas com distribuição da Netflix. A sexta longa-metragem da actriz-realizadora, conhecida sobretudo pelos seus filmes ‘Polisse’ (2011) e ‘Meu Rei’ (2015), será exibida a 16 de maio (terça), no primeiro dia do Festival e no ecrã do Grand Théâtre Lumière, logo após a habitual cerimónia de abertura. Neste seu novo filme, ‘Jeanne du Barry’ (ou ‘La Favourite’), a própria Maïwenn interpreta a heroína com o nome homónimo ao lado de Johnny Depp e Benjamin Lavernhe, Melvil Poupaud, Pierre Richard, Pascal Greggory e India Hair. Este filme é uma obra de época, sobre a vida, ascensão e queda da favorita do rei Luís XV.
Jeanne Vaubernier (Maïwenn), uma bela filha do povo, ávida por ascender socialmente, aproveita-se dos seus encantos para sair de sua baixa condição de classe. O seu amante, o Conde Du Barry, que enriqueceu muito graças às lucrativas galanterias de Jeanne, pretende apresentá-la ao rei. Para isso, organiza um encontro por meio do influente Duque de Richelieu. Este encontro, supera todas as expectativas, porque entre Luís XV (Johnny Depp) e Joana, acontece um amor à primeira vista. Com a cortesã, o rei magnânimo, parece reencontrar o seu gosto pela vida, tanto que não vai mais prescindir de Jeanne e vai mesmo torná-la a sua favorita oficial, título aliás com que o filme será comercializado em França: ‘La Favorite’. Porém, ninguém quer que uma simples rapariga de rua, chegue à Corte e ganhe tal influência sobre o Rei, o Bem Amado. A realizadora, argumentista, atriz e produtora, Maïwenn estreou-se com ‘Pardonnez-moi’, (2006), a sua primeira longa-metragem. O seu cinema em geral, está imbuído de uma certa realidade vivida, inspirando-se livremente na sua própria vida e experiência, para moldar as suas personagens e argumentos. Os temas da busca da identidade, a auto-construção e a família em sentido amplo, estão efectivamente no centro da sua obra cinematográfica, sobretudo como realizadora que desafia as convenções sociais. Em 2011, ganhou o Prémio do Júri no Festival de Cannes, pela sua primeira selecção para a Competição, com o seu filme ‘Polisse’. Quatro anos depois, Maïwenn voltou à Seleção Oficial com o magnífico ‘Meu Rei’, pelo qual Emmanuelle Bercot ganhou o Prémio de Melhor Atriz.
JVM