Florence Pugh brilha no filme mais sombrio da Marvel até hoje
Florence Pugh parece ter decidido que está na hora de deixar o público um pouco… desconfortável.
Os “Thunderbolts” chegam aos cinemas como um sopro de ar fresco no Universo Cinematográfico Marvel. Não são os heróis brilhantes de “Avengers“, nem os palhaços cósmicos de “Guardians of the Galaxy“. São os tipos que ficam no canto do bar prontos para fazer o trabalho sujo que os bonzinhos não têm estômago para encarar. Assim, segundo as primeiras reações, este pode ser uma das performances mais surpreendentes da Florence Pugh em anos.
Florence Pugh rouba o espetáculo em “Thunderbolts”
Se há algo em que os críticos parecem concordar, é que Florence Pugh, a nossa Yelena Belova desde “Black Widow“, é a estrela indiscutível deste filme. Descrita como “superbamente intensa” e “o coração dramático” da narrativa, Pugh não só domina cada cena como transforma “Thunderbolts” numa experiência emocionalmente pesada – algo que, convenhamos, não é exatamente o padrão Marvel.
Matt Neglia, do “Next Best Picture“, resume bem: “Thunderbolts é um dos materiais mais sombrios da Marvel até hoje, e pertence claramente a Florence Pugh, que carrega grande parte do peso dramático do filme.” E não está sozinho nisso. Lewis Pullman, no papel do perturbado Sentry, também recebe elogios por uma atuação “complexa e cheia de conflitos internos”.
Mas não é só o drama que impressiona. Emily Murray, crítica de cinema, afirma que este é “facilmente um dos melhores filmes da Marvel em muito tempo”, destacando a química entre Florence Pugh e o elenco e uma história que, surpreendentemente, consegue ser emocional sem cair no melodrama barato. E sim, há quem admita ter derramado uma lágrima – algo raro num universo onde os vilões geralmente são derrotados com piadas prontas.
Por que este filme pode a Marvel para sempre?
A Marvel anda inegavelmente numa encruzilhada. Depois de “Captain America: Brave New World” ter sido recebido com ombros encolhidos, o estúdio precisa de um sucesso que reacenda a chama – e “Thunderbolts” parece estar a postos para isso. Não só pelo elenco carismático (Florence Pugh como o Yelena Belova continua a ser uma das melhores escolhas de casting da Marvel), mas pela ousadia de mergulhar em temas como trauma e redenção sem açúcar em cima.
Brandon Norwood nota algo interessante: “O foco no desenvolvimento dos personagens e nas cenas de ação práticas fazem este filme parecer a Marvel de antigamente.” Será que, depois de anos a depender de CGI e piadas rápidas, o estúdio está finalmente a relembrar que personagens bem escritos são tão importantes quanto efeitos especiais?
Assim, Jake Schreier, o realizador, já tinha dado a dica: “O objetivo era fazer algo diferente. Se conseguirem imaginar um filme da Marvel feito por quem costuma trabalhar em filmes indie, é mais ou menos isso que queríamos.” E, pelo visto, conseguiram.
Está a Marvel finalmente a crescer, ou “Thunderbolts2 será apenas um feliz acidente num mar de fórmulas repetidas? Deixa a tua opinião nos comentários.
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