Esta personagem de Harry Potter mudou de atriz quatro vezes sem ninguém reparar
Quatro atrizes, oito filmes da saga Harry Potter, e, surpreendentemente, quase ninguém reparou na mudança. Mas porquê?
Se há algo que o cinema nos ensinou é que a consistência é sagrada — especialmente numa saga como “Harry Potter” da Warner Bros., onde cada detalhe é escrutinado por milhões de fãs. No entanto, por entre os fiéis retratos de Harry, Hermione e Ron, houve uma personagem que passou despercebida… e não por falta de aparições, mas por uma sucessão silenciosa de rostos. E, ao contrário do recasting de Dumbledore (justificado pela trágica morte de Richard Harris), esta troca constante não teve explicação óbvia. Até agora.
Pansy Parkinson teve quatro atrizes em Harry Potter
Nos bastidores de “Harry Potter”, Pansy Parkinson nunca foi considerada uma peça fundamental. A redução drástica da sua presença nos filmes refletiu-se na abordagem relaxada do casting. Katherine Nicholson, a primeira a encarnar a personagem em “A Pedra Filosofal” e “A Câmara dos Segredos“, mal apareceu em cena, sem falas ou relevância. Era, literalmente, mais uma figurante entre os alunos dos Slytherin.
Quando “O Prisioneiro de Azkaban” chegou, Genevieve Gaunt assumiu o papel, ganhando um pouco mais de visibilidade (lembram-se dela a rir-se do Draco após o incidente com o hipogrifo?). Mas, tal como a predecessora, desapareceu sem explicação.
A terceira Pansy, Lauren Shotton, surgiu em “Harry Potter e a Ordem da Fénix” — novamente sem créditos ou impacto. A verdade é simples: os realizadores não viam a personagem como prioritária. Enquanto nos livros Pansy era uma presença constante, a provocar Hermione e a bajular Draco, os filmes cortaram-na quase por completo. E, sem diálogos ou cenas-chave, não havia motivo para manter a mesma atriz. “Se a personagem não fala, não há necessidade de consistência”, parece ter sido o lema não escrito. Até que, subitamente, tudo mudou.
Scarlett Byrne: A Pansy que (finalmente) ficou
Foi só em “O Príncipe Misterioso” que Pansy Parkinson ganhou voz — e, com ela, uma atriz fixa. Scarlett Byrne herdou o papel nos três últimos filmes, beneficiando do tom mais sombrio da saga. Em “Os Talismãs da Morte – Parte 2“, Pansy teve o seu momento mais icónico: a cena em que grita “Ele está ali! Apanhem-no!”, sugerindo que Hogwarts entregasse Harry Potter a Voldemort.
Byrne trouxe uma ferocidade que as antecessoras nunca tiveram oportunidade de explorar, mas a pergunta mantém-se: porque é que o estúdio não se preocupou em estabelecer a personagem antes?
A resposta está na economia narrativa. “Harry Potter” já sofria inegavelmente com a dificuldade de adaptar centenas de páginas em filmes de duas horas — e personagens secundárias como Pansy foram sacrificadas. Assim, curiosamente, o mesmo aconteceu com Lavender Brown, inicialmente interpretada por atrizes negras (sem falas) antes de Jessie Cave assumir o papel, causando controvérsia. No caso de Pansy, porém, as trocas passaram incólumes. Afinal, quantos de vocês se lembravam de que ela teve quatro caras diferentes?
Consegues imaginar Harry Potter com uma Pansy mais desenvolvida? Deixa a tua opinião nos comentários.