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House of the Dragon: Esta terrível decisão de Aemond não está nos livros

Aemond Targaryen foi uma das personagens principais do novo episódio de “House of the Dragon” e uma das suas terríveis decisões não existe nos livros de George R. R. Martin. (Nota editorial: Artigo contém spoilers do episódio 4).

Sumário:

  • Aemond Targaryen tem sido uma das personagens principais da nova temporada de “House of the Dragon”, e toma agora um papel ainda mais importante depois dos eventos do episódio 4;
  • Na série, quando Aegon e Sunfyre luta contra Rhaenys e Meleys, Aemond comanda Vhagar a incendiar os quatro, uma decisão complexa e que não existe nos livros;
  • A batalha nos livros é sucinta mas as diferenças realçam as personagens e tornam-nas mais complexas. Se queres saber como, descobre mais neste artigo.
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Interpretado por Ewan Mitchell, ator de “Saltburn“, “The Lost Kingdom” e “High Life“, Aemond Targaryen é um dos antagonistas de “House of the Dragon”. A sua ambição e frieza foram responsáveis pela morte do jovem Lucerys, filho de Rhaenyra, e no novo episódio da história inspirada em “Sangue e Fogo“, de George R. R. Martin, as suas decisões continuam a causar o caos.

Sabemos pela primeira temporada que o filho de Alicent Hightower (Olivia Cooke), e do rei Viserys Targaryen (Paddy Considine), tem o desejo de governar. Até aqui, este seu objetivo tem-se mostrado em algumas cenas mas nada fora feito com o claro intuito de usurpar o irmão, Aegon (Tom Glynn-Carney). Isto muda em “The Red Dragon and the Gold“.

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A decisão de Aemond criada para “House of the Dragon”

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Aemond Targaryen (Ewan Mitchell) © Theo Whiteman/HBO

Durante os eventos de “The Red Dragon and The Gold“, Aemond Targaryen e Ser Criston Cole (Fabien Frankel), criam uma armadilha para chamar a atenção de Rhaenyra (Emma D’Arcy), e dos seus dragonriders. O plano é um sucesso quando no campo de batalha de Rook’s Rest, aparece Rhaenys Targaryen (Eve Best), e Meleys. Contudo, o dragão da Rainha Que Nunca Foi, não é o único a marcar presença.

Cansado de se sentir inútil, Aegon foge de King’s Landing com Sunfyre, acabando em combate direto com um dragão bem maior e mais experiente que o seu. É neste momento que, em “House of the Dragon”, Aemond sobe aos céus com Vhagar e, vendo Meleys atacar Sunfyre, o príncipe decide comandar o dragão para incendiar os dois.

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Apesar da situação complicada, com um Sunfyre ferido e em constante ataque, a decisão de Aemond é bastante controversa. Deixa muito a pensar se a decisão foi deliberadamente tomada para usar Meleys como uma desculpa e matar o irmão, conquistando para si o trono que tanto deseja. Mais tarde, Ser Criston encontra os dois Targaryen – Aemond com a espada em mão e Aegon no chão, sublinhando a ideia de que o Kinslayer se preparava para assassinar mais um membro da família.

A polémica e terrível decisão de usar o comando Dracarys contra Aegon, Sunfyre, Rhaenys e Meleys não existe nos livros, tendo sido criada para “House of the Dragon”. Isto dá ênfase à determinação de Aemond e também o torna num antagonista mais interessante e maquiavélico, trabalhando nas sombras, à semelhança de Daemon (Matt Smith), seu tio. Mas esta não é a única alteração.

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A Batalha de Rook’s Rest em “Sangue e Fogo”

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Aemond Targaryen (Ewan Mitchell) © Theo Whiteman/HBO

Consultando o fórum mais completo do universo de George R. R. Martin, A Wifi of Fire and Ice, descobrimos que o plano de criar uma armadilha não provém de conversas secretas entre Ser Criston Cole e Aemond. Na realidade, é um esforço do agora Hand do rei e Aegon. Na série, o facto do rei não estar a par de nada, alimenta a sua sensação de inutilidade e desespero que o leva a impulsivamente entrar no conflito.

No livros que inspiram “House of the Dragon”, Ser Cole lidera um exército de quase 3000 soldados, entre Cavaleiros e mercenários, e dizima algumas Casas que se mantinham aliadas dos Black, matando-os ou convencendo-os a se juntarem aos Green. O último dos destinos era Rook’s Rest. O seu governador, o Lord Staunton, tinha sido alertado do perigo iminente e consegue refugiar-se atrás da muralha. Quando as provisões começam a escassear, ele pede ajuda a Rhaenyra.

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Em resposta, Rhaenys Targaryen e Meleys juntam-se à batalha, sendo recebidas com arqueiros e escorpiões – as bestas gigantes usadas para abater dragões. Saindo relativamente ilesas, cavaleira e dragão atacam os soldados mas acabam surpreendidas pela verdade arma de Cole: Aegon e Aemond, às costas de Sunfyre e Vhagar.

Os irmãos aparecem lado a lado para defrontar Rhaenys e Meleys e algumas das cenas que vemos na série, são retiradas de “Sangue e Fogo“. Por exemplo, Meleys de facto ataca o pescoço de Sunfyre, levando Aemond a cair sobre a inimiga (em vez da incinerar), deitando as três criaturas ao chão – como vemos acontecer quando Vhagar e Meleys duelam.

Da queda sobrevivem são e salvos apenas Aemond e Vhagar. Meleys é completamente destruída e tanto ela como Rhaenys morrem no impacto. Já Aegon quase morre, acabando por ser salvo, condenado a viver em sofrimento. No final, Aemond, Criston e o exército sobrevivente, consegue capturar Rook’s Rest e o Lord Staunton é morto.

Em suma, a luta é muito menos épica e bastante resumida. “House of the Dragon” oferece-nos alguns momentos adicionais como o duelo entre Vhagar e Meleys, e a cena fantástica em que Aemond leva Vhagar pelo chão, atacando sorrateiramente a cavaleira e o seu dragão quando se preparam para chegar à segurança do oceano – um lembrar do que acontece com Lucerys e Arrax na primeira temporada.

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Apesar de ter sido bom vermos os irmãos a lutarem a lado a lado, e um Aegon mais assertivo. A série da Max, de George R. R. Martin e Ryan Condal, torna os eventos mais interessantes, problemáticos e complexos. Aegon é tanto vilão como vítima, Aemond é cruel mas entendemos o seu desejo por poder, tomando as rédeas da batalha de um irmão inútil e sem experiência.

Ao mesmo tempo, se a queda de Aegon tem enormes consequências na narrativa de “Sangue e Fogo“, podemos imaginar o quanto estas irão aumentar com a decisão de Aemond. Lembrando que este se encontra amaldiçoado pelo facto de ter assassinado um familiar. O que farão os deuses quando ele repete este pecado, agora contra o próprio irmão.

Qual a tua opinião desta alteração? Curioso por ver os próximos episódios de “House of the Dragon”?



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