Interview with the Vampire | Alan Taylor revela a complexidade da nova série do AMC
À conversa com Alan Taylor, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a sua experiência a trabalhar em “Interview with the Vampire”, a nova série do AMC.
Depois de uma breve passagem pelo grande ecrã, Alan Taylor está de regresso às séries de TV que o tornaram famoso em todo o mundo. O cineasta foi responsável por realizar alguns dos maiores episódios da série “Game of Thrones“, um projeto que lhe abriu as portas a embarcar para o cinema com “Thor: O Mundo das Trevas“, “Exterminador: Genisys” e “Os Santos Mafiosos de Newark“. No entanto, nos anos mais recentes o cineasta tem regressado à televisão, estando responsável por episódios de séries como “No Meio da Multidão” e “Interview with the Vampire”.
Ao longo da sua carreira na TV Taylor conseguiu quatro nomeações para os Emmy, não só com “Game of Thrones“, mas também com “Mad Men” e “Os Sopranos“. Os esforços na realização deste último projeto deram-lhe mesmo direito a levar a cobiçada estatueta para casa.
Em “Interview with the Vampire” o cineasta teve a oportunidade de realizar os dois primeiros episódios da série, estabelecendo o estilo visual e sonoro de toda a obra. Em entrevista com o realizador, tivemos a oportunidade de descobrir não só o que o atraiu para o projeto, mas também a influência da cidade de Nova Orleães na série, bem como o papel da música na história.
Os novos episódios da série chegam ao AMC, todas as segundas-feiras, pelas 22h10.
ALAN TAYLOR EM ENTREVISTA
Como é que se envolveu neste projeto e o que é que o atraiu para o material?
Li o romance há anos, na altura em que me mudei para Nova Iorque e, de alguma forma, o meu entusiasmo com o romance e o meu entusiasmo por estar em Nova Iorque fundiram-se na minha memória. Sempre adorei o livro e recebi uma chamada para me encontrar com Rolin Jones e Mark Johnson. Depois de uma conversa e de um jantar, em que falámos apenas de Anne Rice e de vampiros, o assunto ficou arrumado. Parecia que estávamos todos na mesma página sobre o que nos estava a entusiasmar.
Porque é que era tão importante filmar em Nova Orleães?
Adoro a cidade e um dos prazeres de fazer esta série é o facto de ser uma carta de amor a Nova Orleães, tanto quanto aos vampiros. O afeto de Anne Rice pela cidade influenciou a sua visão de tudo isto. A sua escrita faz referência a locais muito específicos da cidade e foi um ponto de orgulho e um sinal de respeito filmar na Royal Street, na Gallier House, a casa que ela escolheu para melhor representar o local onde Louis, Lestat e Claudia teriam vivido no Bairro Francês.
Existem cenas ou passagens chave do livro que o inspiraram quando estava a desenvolver a visão para os episódios que realizou?
Uma das coisas que impressiona qualquer pessoa que leia o primeiro romance é o facto de passar pelo processo de transformação com Louis. É ele que nos leva a ultrapassar o limiar, contando-nos a história do que é ser humano e a nossa luta contra a condição humana, até ao sentimento de libertação, mas também a maldição que envolve a criação e a passagem da fronteira para o vampirismo. Isso foi muito forte para mim no romance, e a fase inicial em que Louis é trazido para esta nova vida foi uma das principais histórias que eu queria poder contar.
Em que é que se basearam para criar o visual geral dos vampiros?
Em termos do aspeto dos nossos vampiros, tomámos decisões desde o início com base na mitologia de Anne Rice. O seu aspeto não é monstruoso ou aterrador. Comportam-se frequentemente de forma aterradora e as suas ações e a sua psicologia são por vezes monstruosas, mas o seu aspeto é uma espécie de beleza humana elevada. Vemos isso com Lestat pela primeira vez, porque ele é extremamente atraente. Com Louis, ele passa de um tipo bem-parecido mas normal para algo mais elevado; a sua pele torna-se perfeita, as suas unhas têm o brilho que é descrito nos romances e os seus olhos tornam-se de um verde iridescente. Isso faz parte do fascínio da vida de vampiro, é uma espécie de perfeição da aparência humana e do poder e, claro, da imortalidade. Ao mesmo tempo, tem também elementos monstruosos, vergonhosos, degradantes e horríveis.
Qual a importância da música em “Interview with the Vampire”?
Não se pode fazer uma série de época passada em Nova Orleães e não ter música em todo o lado. Andando pelo Bairro Francês, a música chega-nos de todas as direções. Rolin adora música e já encenou óperas no passado. Juntamente com os talentos de Lestat, a música ia entrar na série em grande estilo. Temos o compositor Daniel Hart, cujo currículo é realmente sofisticado e belo, a tratar não só da partitura mas também dos temas e referências da época.
PROMO | AMC APRESENTA INTERVIEW WITH THE VAMPIRE
Estás a acompanhar os novos episódios da série no AMC? O que pensas dos desenvolvimentos até ao momento?