Joker: Loucura a Dois | A origem perturbadora do novo filme de Joaquin Phoenix e Lady Gaga
Um sonho febril de Joaquin Phoenix entrelaçou-se com a visão pouco convencional de Todd Phillips, dando origem a “Joker: Loucura a Dois”, um musical psicótico que promete abalar Hollywood.
Sumário:
- O filme “Joker: Loucura a Dois” nasceu de um sonho de Joaquin Phoenix sobre Arthur Fleck como um performer, levando o realizador Todd Phillips a explorar um formato musical inesperado.
- Inicialmente pensado como um espetáculo da Broadway, o projeto evoluiu para um musical cinematográfico que combina loucura e música.
- Com um orçamento maior e uma estética ousada, o filme desafia as convenções dos musicais tradicionais, levantando questões sobre se essa abordagem será um sucesso ou um fracasso nas bilheteiras, ao mesmo tempo que provoca debate e controvérsia.
Ninguém esperava que um dos filmes mais aguardados de 2024 tivesse nascido de um sonho. Mas foi exatamente isso que aconteceu com “Joker: Loucura a Dois”, a sequela do filme que arrecadou mais de mil milhões de dólares em 2019. “O objetivo deste filme é fazer com que pareça que foi feito por loucos”, revela Todd Phillips numa entrevista á Variety, realizador de ambos os filmes da saga. “Os doentes é que mandam no hospício.” E, de facto, a génese do projeto não poderia ter sido mais surreal.
A loucura de Joker tem método
Joaquin Phoenix, o ator oscarizado que dá vida ao perturbador Arthur Fleck, confessou a Phillips um sonho peculiar que teve pouco antes do fim das filmagens do primeiro “Joker”. Nele, via-se no palco, a contar piadas e… a cantar. “Acordei a sentir-me eufórico e liguei-lhe, na esperança de que ele quisesse fazer um espetáculo comigo.”, recorda Phoenix na mesma entrevista.
Este sonho febril acabaria, eventualmente, por se transformar num pesadelo logístico extremamente complicado. A dupla chegou, inclusive, a considerar seriamente a possibilidade de levar o espetáculo para a Broadway, mas a dura realidade, rapidamente, se impôs. “Quando começámos realmente a pensar nisso, percebemos que eram precisos quatro anos para montar algo assim. E será que o Joaquin ia mesmo dar seis meses da sua vida para fazer isto todas as noites em palco?”, questiona, de forma reflexiva, Phillips.
No entanto, a semente estava plantada. A ideia de Arthur encontrar finalmente uma forma autêntica de se expressar através da música persistiu, enquanto Phillips e o seu co-argumentista, Scott Silver, começavam a planear meticulosamente o regresso a Gotham City.
Um risco calculado ou loucura pura?
Com um orçamento significativamente maior do que o original, o filme “Joker: Loucura a Dois” representa, sem dúvida, um risco considerável para a Warner Bros. No entanto, para Phillips, isso é parte do fascínio que o projeto oferece. “Adoro o caos que vem com isso”, diz ele. “A maioria de nós anda por aí com esta versão que apresentamos ao mundo, mas há este lado sombrio. E estou sempre fascinado com as pessoas quando essa máscara escorrega e este outro lado emerge.”
Phillips sabe que está a arriscar muito. O primeiro filme já foi controverso, com críticos a acusá-lo de romantizar a violência. “Estava a ser pintado como um provocador”, recorda. “Como se estivesse a tentar provocar reações.” E mesmo que a sequela não cative a todos, podemos sempre reviver o primeiro Joker, que está disponível em Portugal na Netflix ou na Max, e relembrar a intensidade da história que nos trouxe até aqui.
Uma coisa é certa: esta sequela, sem dúvida, vai dar que falar. Como diz Phillips: “Houve dias no set em que olhavas à tua volta e pensavas: ‘Que raio é que fizemos?'”
E tu, o que achas desta direção musical para a sequela de “Joker”? Será um golpe de génio ou uma aposta arriscada demais? Partilha a tua opinião!
Pior filme que vi no cinema em toda a minha vida. Fiquei com vontade de discutir com os funcionários que me venderam bilhete, mesmo sabendo que eles não têm culpa. Que desilusão.