Sequela de Joker faz história… pelos piores motivos
Às vezes, o riso mais perturbador de Joker não vem da piada, mas do próprio fracasso.
Sumário:
- Apesar do sucesso inicial de “Joker,” a sua sequela enfrenta um declínio crítico e comercial acentuado, refletido nos Razzies;
- Com atuações de Joaquin Phoenix e Lady Gaga, o filme transformou-se de um fenómeno premiado num fiasco de bilheteira;
- Por fim, o contraste com o primeiro filme levanta questões sobre os riscos de explorar sucessos anteriores.
A indústria cinematográfica prepara-se para um momento de ironia ácida: a sequela de um dos filmes mais aclamados da última década encontra-se perigosamente próxima de se tornar um pesadelo comercial e crítico. “Joker: Loucura a Dois” não é apenas um filme – é um estudo sobre como a magia pode escapar-se das mãos mesmo dos mais talentosos.
O declínio de um fenómeno cinematográfico
A queda de Joaquin Phoenix de ícone de cinema para potencial vencedor da Framboesa de Ouro (Razzie Award) representa uma narrativa tão dramática quanto qualquer um dos seus papéis. Com sete nomeações nos Golden Raspberry Awards, o filme tornou-se o favorito para conquistar os prémios que ninguém ambiciona ganhar.
A trajetória de “Joker: Loucura a Dois” é um autêntico desastre de proporções cinematográficas. Onde o primeiro filme tinha conquistado o público, a crítica e até um Óscar para Phoenix, esta sequela parece ter conseguido o feito quase impossível de transformar o génio num fiasco. A bilheteira reflete essa queda: uns meros 200 milhões de euros, um quinto do sucesso original, um número que faz mais chorar do que rir.
As críticas têm sido implacáveis, com o Festival de Cinema de Veneza a dar o tom inicial de desencanto. Lady Gaga, partilhando o palco com Phoenix, também foi arrastada para esta voragem de mediocridade, concorrendo a prémios de pior atriz e pior dupla no grande ecrã.
A máquina dos prémios de mau gosto
Os Razzies, conhecidos como os “Óscares dos maus”, transformaram-se no tribunal supremo do mau cinema. Com cerca de 1200 críticos e profissionais da indústria a votarem, a competição tornou-se um ritual anual de humilhação coletiva para as maiores estrelas de Hollywood.
Para além de “Joker: Loucura a Dois”, outros filmes partilham este pouco invejável pedestal. “Megalopolis” de Francis Ford Coppola, “Borderlands“, e “Reagan” também estão na corrida para os títulos mais vergonhosos do ano. Dakota Johnson com “Madame Web” e Cate Blanchett em “Borderlands” competem pelo pouco prestigiante título de pior atriz.
A cereja no topo deste bolo de mediocridade? A estreia de Jerry Seinfeld na realização com “A Batalha das Pop-Tarts”, um filme tão improvável que parece ter nascido de uma aposta após umas quantas bebidas, também ganhou uma nomeação na 45.ª edição dos The Razzies.
Já alguma vez saíste de um cinema com uma sensação tão amarga que gostavas de pedir o dinheiro e as horas de volta? Partilha connosco a tua pior experiência cinematográfica nos comentários.