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LEGO Senhor dos Anéis, a Crítica | The Shire surpreende apesar do pequeno tamanho

O novo set LEGO Icons Lord of the Rings: The Shire leva-nos até ao encantador cantinho dos hobbits. Com muito menos peças, mas cumpre para os fãs.

Após o sombrio set de Mordor com o impressionante Barad-Dûr em 2024, a LEGO regressa a um cenário mais luminoso e acolhedor da Terra Média com The Shire, o novo set da linha LEGO Icons inspirado no universo de “O Senhor dos Anéis”. Composto por 2017 peças e nove minifiguras exclusivas, este set representa Bag End – a mítica casa de Bilbo Baggins – e recria a memorável festa do 111.º aniversário do hobbit, tal como vista em “A Irmandade do Anel“.

O set está disponível com um preço de 269,99€. Da mesma forma, até dia 8 de Abril, os compradores também receberam o pequeno set promocional Sméagol & Déagol, conhecido também como GWP (gift with purchase, presente com compra). Nesse sentido vamos analisar este set por partes, que apesar de ser muito menor no que toca a peças, consegue estar ao nível dos outros.

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A construção de Bag End desenrola-se de forma fluída, dividida em três secções principais, com 15 sacos numerados e três manuais de instruções. O design permite que três pessoas construam simultaneamente, promovendo a vertente social da experiência, como a LEGO tem reforçado nos últimos anos. Apesar de não recorrer a técnicas de construção particularmente complexas, o set proporciona uma montagem agradável e acessível, adequada até para construtores menos experientes.

Bag End destaca-se pelo seu aspeto orgânico, com encostas onduladas em verde mate – uma escolha intencional do designer Kenyon Brady para criar um efeito mais natural, evitando o brilho plástico das versões anteriores. A vegetação, a árvore e elementos como o estendal com roupa dão vida ao ambiente pacífico do Shire.


O interior de Bag End tem mais detalhes do que aparenta

LEGO The Shire
© Foto de David Passos

O interior de Bag End é surpreendentemente rico. Inclui o hall de entrada, a sala de estudo e o salão principal com lareira – os três espaços mais relevantes da narrativa em “O Senhor dos Anéis“. Entre os detalhes mais interessantes estão os tapetes impressos (felizmente não em autocolante), janelas inclinadas construídas com técnicas engenhosas, e dois mecanismos móveis: um para revelar o Anel no fogo e outro para simular o desaparecimento de Bilbo durante o seu discurso.

Os cenários interiores são preenchidos com livros, cartas, velas e retratos (uma possível referência ao realizador Peter Jackson e à produtora Fran Walsh), criando um ambiente acolhedor e cheio de referências cinematográficas.

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Já fora de casa, na festa de Bilbo, esta parte merecia um pouco mais de protagonismo, quiçá desenvolver mais um pouco das mesas em frente do aniversariante, como acontece no filme. Ainda assim todas as partes juntas recriam os momentos que acontecem no filme. Inclusive, a divertida parte de Merry e Pippin é lembrada no set, com a possibilidade de mudar de cabelo e as minifiguras têm dual face, para representar o que acontece no filme após acenderem o dragão.


Minifiguras: o verdadeiro tesouro em LEGO Icons Senhor dos Anéis: The Shire

LEGO Minifiguras
© Foto de David Passos

Se há um ponto onde o set LEGO Icons Senhor dos Anéis: The Shire brilha sem reservas, é nas minifiguras. O set inclui nove personagens exclusivas, entre elas Frodo, Bilbo, Sam, Pippin, Merry, Rosie Cotton, Gandalf, e os hilariantes Odo e Mrs. Proudfoot. Os hobbits surgem trajados para festa, com pormenores metálicos, pernas curtas com pés descalços moldados e expressões faciais alternadas.

Gandalf reutiliza o torso da versão de Rivendell, mas com nova cabeça e barba. Rosie Cotton destaca-se com uma saia nova, enquanto Mrs. Proudfoot exibe uma peça inédita em forma de saia esculpida – um toque de design surpreendente para uma figura secundária. Esta atenção ao detalhe eleva o valor estético e colecionável do conjunto.


Um regresso nostálgico e bem conseguido mas com peso na carteira

LEGO Bilbo Baggins
© Foto de David Passos

Apesar das suas qualidades visuais e nostálgicas bem conseguida, o set enfrenta críticas para um problema eterno – o preço. Nesse sentido, devido ao seu elevado preço por peça, o rácio ultrapassa os 10 cêntimos por peça que muitos fãs consideram uma referência. Comparativamente, Rivendell (com mais de 6000 peças) e Barad-Dûr (com cerca de 5400) oferecem melhor valor em termos de volume e complexidade.

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Ainda assim, para fãs devotos do Shire e de Bag End e de toda a Terra Média, este set será certamente gratificante. Para os que procuram um set icónico da trilogia, Rivendell continua a ser a melhor aposta em termos de escala, impacto visual e conteúdo. The Shire é uma ode ao início da jornada da Irmandade, um tributo minucioso a Bag End e aos seus habitantes. A construção é fluída, o design encantador, e o conjunto de minifiguras notável.

Tens os outros sets da gama? Para ti, qual é o ponto forte deste set? E o ponto fraco?



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