Maggie Smith em Downton Abbey |© Focus Features

Grandes curiosidades sobre Maggie Smith

Perdemos a grande Dama Maggie Smith, aos 89 anos de idade, no dia 27 de setembro de 2024. O seu legado, tanto em papéis cómicos como dramáticos, é gigante. De “Harry Potter”, claro, a “Downton Abbey”, e muito mais, há tanto a dizer sobre a sua longa e estupenda carreira. 

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Perdemos, no dia 27 de setembro de 2024, a grande atriz britânica Maggie Smith, aos 89 anos de idade. Muito além dos seus papéis icónicos como Violet Crawley em “Downton Abbey” e Minerva McGonagall em “Harry Potter”, a intérprete foi uma figura essencial do palco e do pequeno e grande ecrã ao longo de muitas décadas. A sua carreira, essa começou nos anos 50, na inglesa Oxford Playhouse, e prolongou-se até agora. Ao todo, contabilizou mais de 70 anos de experiência na representação.

Aqui ficam algumas curiosidades acerca desta figura emblemática que tantas saudades vai deixar!

Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2 – Uma cena icónica quase cortada

Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2 (2011)
Photo by Warner Bros. Pictures – © 2011 WARNER BROS. ENTERTAINMENT INC. HARRY POTTER PUBLISHING RIGHTS

O último filme da saga Harry Potter contém batalhas sem fim, numa disputa derradeira em e por Hogwarts. Aqui, há precisamente um confronto entre o Professor Snape (Alan Rickman) e a Professora McGonagall. Esta cena esteve para ser rescrita e substituída por uma outra personagem.

Ao fim de contas, Maggie Smith já somava 76 anos de idade na altura em que estes momentos de cinema foram capturados. Mas J.K Rowling insistiu que a cena se desenrolasse exatamente como no romance original, e assim foi.


Recipiente da Triple Crown of Acting

Maggie Smith Downton Abbey
©ITV

Já todos ouvimos falar de concluir o EGOT (Emmy, Grammy, Oscar, Tony), mas há um outro grupo também muito restrito e prestigiado no mundo da representação: a ‘Triple Crown of Acting’.

A excelente atriz Maggie Smith, que perdemos no dia de ontem, foi uma das recipientes desta honra, tendo já vencido o Óscar, o Emmy e o Tony. Só lhe faltou mesmo o Grammy (mais associado a feitos no ramo da música e por isso, muitas vezes, ‘vedado’ a atores que não gravem álbuns musicais).

No que diz respeito a Prémios da Academia, levou não uma mas duas estatuetas, por “Quando a Primavera Acaba” e a também por “Um Apartamento na Califórnia”.  O Emmy, conquistou-o naturalmente pela série “Downton Abbey” (3 vezes), disponível em Portugal na Prime, mas também por “My House in Umbria”. Por fim, o Tony foi-lhe entregue em 199o por “Lettice and Lovage”.

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Neste grupo muito limitado constam ainda 16 outras atrizes que a mantêm em muito boa companhia: Ingrid Bergman, Shirley Booth, Liza Minnelli, Rita Moreno, Maureen Stapleton, Jessica Tandy, Audrey Hepburn, Anne Bancroft, Vanessa Redgrave, Ellen Burstyn, Helen Mirren, Frances McDormand, Jessica Lange, Viola Davis e Glenda Jackson.


Uma das atrizes com mais Prémios BAFTA conquistados

Maggie Smith in Quarto com Vista Sobre a Cidade (1985)
Quarto Com Vista Sobre a Cidade | © Curzon Film Distributors

Ter sido reconhecida como Dama da Coroa Britânica ou ter o ‘Triple Crown of Acting” não é o único feito de Maggie Smith, longe disso. Com cinco BAFTAs conquistados no decurso da sua carreira, os Prémios da Academia Britânica de Cinema, Smith é também uma das mais aclamadas figuras desta Academia.

Conquistou-os com as suas prestações marcantes nos filmes:

  • The Prime of Miss Jean Brodie;
  • A Private Function;
  • A Room with a View;
  • The Lonely Passion of Judith Hearne;
  • Tea with Mussolini;

Três destas distinções foram atribuídas em anos consecutivos, com “A Private Function” (1984). “A Room With a View” (1985) e ainda “The Lonely Passion of Judith Hearne” (1987). Isto numa altura em que Maggie Smith era conhecida pelas suas prestações em comédias corrosivas e dramas românticos, como protagonista no grande ecrã.


Deu vida a Shakespeare no National Theatre

all the kings men maggie smith
© BBC

Como mencionado, o teatro foi onde Maggie Smith começou nos anos 50. E, a partir dos anos 60, a sua casa foi o prestigiante National Theatre. É agora recordada, pelos seus colegas do teatro, como a mestre do “Zinger”.

O trabalho da Dama Maggie Smith nos palcos é tão memorável como o que se desenrolou no cinema. Por exemplo, no início dos anos 60 trabalhou com o famoso realizador  Laurence Olivier no Old Vic, isto durante a primeira temporada do National Theatre. Recordamos que esta é uma instituição essencial do teatro britânico e da qual Maggie Smith é indissociável.

Por lá, Shakespeare foi um dramaturgo cujas peças interpretou por diversas vezes. Um dos papéis mais icónicos de Maggie Smith, na tradição de Shakespeare, foi Desdemona em Othello, precisamente oferecido por Sir Laurence Olivier.

O West End britânico, o distrito dos teatros equiparável à Broadway norte-americana, irá diminuir a intensidade das suas luzes durante dois minutos no dia 1 de outubro, pelas 7 da tarde, em sua memória. Assim se reconhece o seu contributo para as artes do palco.

Continuaremos a prestar homenagem a Maggie Smith, uma atriz incomparável e que deixa um legado que tanto diz à MHD! 



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