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“Estraguei a cena”, Marion Cotillard confessa erro neste filme de Christopher Nolan

Mesmo as estrelas mais brilhantes, como Marion Cotillard,  têm os seus momentos de eclipse. Por vezes, são precisos anos de coragem para admitir que nem tudo correu como planeado.

No vasto universo do cinema, existem momentos que se tornam lendários pelos motivos mais inesperados. Em 2012, “The Dark Knight Rises” (Max) encerrou a aclamada trilogia de Christopher Nolan sobre o Cavaleiro das Trevas, arrecadando mais de mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais. No entanto, entre as explosões espetaculares e as sequências de ação memoráveis, um pequeno momento de alguns segundos continua a gerar discussão mais de uma década depois.

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A suposta morte de Talia al Ghul, interpretada por Marion Cotillard: ao invés de um último suspiro arrebatador, a atriz, sentada no banco do condutor, ofereceu um suspiro, um estremecimento e uma inclinação de cabeça que pareceram mais um “pronto, já está” do que uma despedida trágica. Inevitavelmente, os fãs questionaram: estaria a atriz a representar uma morte ou a fingir uma sesta à la “Mãe, já me deito em cinco minutos”? O momento devia ser de tensão máxima, um clímax dramático digno de uma vilã calculista. No entanto, a execução foi… digamos, peculiar. Por conseguinte, a internet não perdoou. Memes surgiram. Vídeos de análise multiplicaram-se. Ora exaltavam a estranheza do momento, ora tentavam encontrar justificações para o inusitado. Todavia, o consenso era claro: algo ali saiu ao lado.

Marion Cotillard quebra o silêncio sobre a cena mais criticada da sua carreira

Marion Cotillard - The Dark Knight Rises
“Marion Cotillard” | © Warner Bros.

Vencedora do Óscar e uma das atrizes mais respeitadas do cinema mundial, Marion Cotillard decidiu finalmente abordar frontalmente um dos momentos mais controversos da sua carreira. Em entrevista ao “Les rencontres du Papotin“, a atriz francesa admitiu sem rodeios: “Não consegui acertar naquela cena. Não encontrei a posição certa, não encontrei a forma adequada… Estava stressada. Por vezes acontece estragarmos alguma coisa. E sim, eu estraguei a cena.”

A cena em questão, que ocorre no final de “The Dark Knight Rises”, mostra a morte da sua personagem, Talia al Ghul. O momento, que devia ser dramático e comovente, tornou-se involuntariamente célebre pela sua execução pouco natural, com muitos fãs a considerarem que quebra a tensão dramática do clímax do filme.

Anos antes, em 2016 numa entrevista ao “Allocine“, Cotillard já tinha abordado o assunto com uma perspetiva diferente: “Por vezes há falhas, e quando vemos isto no ecrã, pensamos: ‘Porquê? Porque é que mantiveram esta take?’ Mas ou culpamos todos ou não culpamos ninguém. Achei que as pessoas reagiram exageradamente porque foi difícil ser identificada apenas com esta cena. Quando estou a dar o meu melhor para encontrar a autenticidade em cada personagem que interpreto, é difícil ser conhecida apenas por este momento.”

O impacto de um momento numa carreira brilhante

Marion Cotillard
Extrapolations © Apple TV+

É fascinante como alguns segundos podem ganhar vida própria na cultura popular. A cena tornou-se um fenómeno da internet, gerando memes e discussões intermináveis, apesar do filme ter sido um sucesso retumbante nas bilheteiras, arrecadando mais de mil milhões de dólares com um orçamento de 250 milhões.

Para Cotillard, uma atriz cujo talento já foi reconhecido com os mais prestigiados prémios do cinema, incluindo o Óscar de Melhor Atriz por “La Vie en Rose“, esta admissão demonstra uma humildade refrescante num mundo onde as estrelas raramente admitem as suas falhas.

A honestidade da atriz em reconhecer este momento menos conseguido serve como uma lembrança de que mesmo os melhores profissionais podem ter dias menos bons, e que a perfeição, mesmo no cinema de grande orçamento, nem sempre é atingível.

Quando foi a última vez que, como Marion Cotillard,  admitiste publicamente um erro profissional? Partilha connosco a tua experiência nos comentários.



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