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As 10 melhores trilogias da história do cinema e onde as ver no Streaming

Numa galáxia não muito distante, alguém teve a brilhante ideia de contar histórias em três partes. Coincidência ou não, criou-se uma das fórmulas mais bem-sucedidas da sétima arte, as trilogias.

Quando falamos de trilogias cinematográficas, entramos num território sagrado da sétima arte. Não é por acaso que alguns dos momentos mais memoráveis do cinema aconteceram em histórias contadas em três partes. É como se existisse algo de mágico neste formato – nem curto demais para deixar a história pela metade, nem longo demais para perder o rumo. Hoje, vamos explorar as melhores trilogias já criadas.

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As 10 melhores trilogias do cinema

Star Wars Disney+
© LucasFilm

10. Star Wars: A Trilogia Original

Comecemos pelo óbvio, mas nem por isso menos extraordinário. A trilogia original de Star Wars não é apenas uma série de filmes – é um fenómeno cultural que alterou permanentemente o ADN do cinema. De “Uma Nova Esperança” a “O Regresso de Jedi”, George Lucas não criou apenas uma space opera – inventou um novo vocabulário cinematográfico.

O que torna esta trilogia verdadeiramente especial é como cada filme consegue simultaneamente funcionar como uma peça independente e como parte de um todo maior. O crescimento de Luke Skywalker espelha a própria evolução técnica dos filmes, especialmente em “O Império Contra-Ataca” que continua a ser a obra-prima da saga. E sim, sabemos que hoje existem mais filmes de Star Wars do que grãos de areia em Tatooine, mas nada supera a magia do original. Vê a magia desta trilogia no Disney+.


ficção científica back to the future
Michael J. Fox e Christopher Lloyd em “Regresso ao Futuro” (1985) |©Universal Pictures

9. Regresso ao Futuro

Se existe uma trilogia que conseguiu manter a consistência de qualidade ao longo dos três filmes, é “Regresso ao Futuro”. Com a química perfeita entre Michael J. Fox e Christopher Lloyd, cada viagem temporal é uma lição em como entrelaçar comédia, aventura e coração numa única embalagem.

O génio desta trilogia reside na forma como cada filme expande o universo sem perder a essência do original. Do 1955 ao Velho Oeste, passando pelo 2015 que imaginávamos ter hoverboards (ainda estamos à espera), cada filme é uma carta de amor à possibilidade de mudar o nosso destino. E convenhamos, nunca um DeLorean foi tão bem aproveitado – nem mesmo nos anúncios da época. Não percas esta viagem pelo tempo e vê a trilogia na Prime Video.


“Guardiões da Galáxia” | © 2017 – Marvel/Disney

8. Guardiões da Galáxia

Quando James Gunn nos apresentou uma árvore que só diz três palavras e um guaxinim com problemas de raiva como heróis, muitos duvidaram. Três filmes depois, essa mesma árvore e esse mesmo guaxinim fizeram-nos chorar mais do que gostaríamos de admitir.

Os Guardiões da Galáxia realizaram o impossível: humanizaram o espaço sideral. Entre mixtapes nostálgicas que resgatam memórias esquecidas e piadas que funcionam em qualquer galáxia, esta trilogia provou que, mesmo no vasto e, às vezes, saturado universo da Marvel, ainda há espaço para histórias verdadeiramente únicas. Gunn não nos ofereceu apenas heróis; ofereceu-nos personagens com falhas, traumas e corações gigantes escondidos sob armaduras de sarcasmo e bravura. No final, Guardiões da Galáxia não é apenas sobre salvar o universo, mas sobre encontrar um lugar nele — e, mais importante, encontrar aqueles com quem queremos compartilhá-lo. Vê esta trilogia galáctica no Disney+.


Capitão América Guerra Civil
Capitão América: Guerra Civil | © NOS Audiovisuais

7. Capitão América

A trilogia do Capitão América no Universo Cinematográfico Marvel destaca-se como uma das mais coesas e impactantes graças à maneira como evolui tanto a história como o personagem principal. Steve Rogers começa como o “bom soldado da propaganda americana” em “O Primeiro Vingador”, mas a sua jornada leva-o a um confronto profundo com o que significa ser um herói num mundo em constante mudança. Os filmes capturam o contraste entre a pureza do idealismo de Rogers e as realidades mais sombrias do mundo moderno, culminando numa reflexão fascinante sobre lealdade, sacrifício e identidade.

O que eleva esta trilogia é a sua capacidade de adaptação, sem nunca comprometer o núcleo moral de Steve. Cada filme traz uma abordagem distinta: o primeiro é uma homenagem nostálgica aos filmes de guerra clássicos; o segundo, “O Soldado do Inverno”, transforma-se num thriller político inspirado nos anos 70, explorando a desconfiança institucional; e o terceiro, “Guerra Civil”, é uma obra-prima de drama interligado e construção de universo. Os irmãos Russo, em particular, foram essenciais para esta transformação, trazendo complexidade e nuance a um herói que podia ter sido apenas unidimensional, tornando-o um reflexo das tensões e dilemas contemporâneos.

“Capitão América: Guerra Civil” é, indiscutivelmente, o ponto alto do MCU.  O conflito entre Steve e Tony Stark é magistralmente construído, baseado em anos de histórias e numa lógica de causa e efeito que respeita a consistência interna da narrativa. Além disso, o filme aproveita ao máximo a premissa de reunir heróis com histórias individuais para um confronto emocionalmente carregado, deixando uma marca que o MCU, até hoje, não conseguiu igualar em profundidade e impacto. Vê esta trilogia no Disney+.


Indiana Jones
Harrison Ford em “Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Perdida” | © LucasFilm Ltd.

6. Indiana Jones

A trilogia original de Indiana Jones (sim, estamos a ignorar propositadamente certas continuações) é uma obra-prima de aventura e ritmo cinematográfico. Spielberg e Lucas criaram uma personagem que é simultaneamente um herói clássico e profundamente humano – afinal, quem não tem medo de cobras?

Indiana Jones é o perfeito equilíbrio entre o mito e a mortalidade. Com o chicote na mão e o chapéu desgastado na cabeça, ele é simultaneamente um eco dos heróis das matinés dos anos 30 e um homem cheio de falhas: impulsivo, teimoso e frequentemente vítima das suas próprias escolhas. Essa mistura de carisma e vulnerabilidade faz com que o público se relacione com ele, mesmo quando enfrenta desafios que ultrapassam o humano, como arcas místicas e templos amaldiçoados. E é precisamente essa dualidade que mantém a trilogia tão intemporal.

Cada filme tem a sua própria identidade dentro de uma estrutura de aventura sólida: “Os Salteadores da Arca Perdida” é uma corrida contra o tempo, cheia de mistério e espetáculo; “O Templo Perdido” mergulha num tom mais sombrio, com perigos que testam os limites físicos e psicológicos do herói; e “A Grande Cruzada” mistura humor e coração, explorando a relação entre Indy e o seu pai. Spielberg e Lucas nunca se contentaram com fórmulas repetidas – cada filme é uma evolução, uma exploração de temas universais como fé, sacrifício e a eterna luta entre o bem e o mal, tornando a trilogia tão rica quanto os tesouros que Indy procura.

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© Renaissance Pictures

5. Evil Dead

Sam Raimi provou que às vezes o melhor terror é aquele que nos faz rir entre os sustos. A trilogia Evil Dead começa como puro terror numa cabana isolada, evolui para uma obra-prima de horror-comédia com “Evil Dead II”, e culmina na loucura gloriosa que é “Army of Darkness”. Poucos realizadores teriam a audácia de transformar uma série de terror numa aventura medieval com motosserras.

Bruce Campbell como Ash Williams criou um dos protagonistas mais carismáticos do género, transformando-se de uma vítima aterrorizada num herói trapalhão com uma motosserra por mão. É a única trilogia que consegue fazer-nos gritar de medo num momento e rir às gargalhadas no seguinte, sem nunca perder a sua essência groovy.


filmes na tv
Tom Cruise naquela que é porventura a cena mais icónica da saga Missão: Impossível © Paramount Pictures

4. Mission: Impossible

Antes de Tom Cruise começar a pendurar-se em aviões de verdade, a trilogia original de “Mission: Impossible” estabeleceu as fundações para o que viria a tornar-se um dos franchises de ação mais respeitados do cinema. De Brian De Palma a J.J. Abrams, cada realizador trouxe a sua visão única para as aventuras de Ethan Hunt.

O primeiro filme é um thriller de espionagem sofisticado, o segundo é uma explosão de ação estilizada por John Woo, e o terceiro humaniza Hunt com um toque mais pessoal. A evolução é notável, mas a qualidade mantém-se consistente – tal como o hábito de Cruise em correr em todos os filmes como se estivesse atrasado para um compromisso importante. Vê esta trilogia na Netflix.


SHAUN of the dead | comédias perfeitas do início ao fim
Kate Ashfield e Simon Pegg em “Zombies Party – Uma Noite… de Morte” |© 2004 Rogue Pictures. All Rights Reserved.

3. The Cornetto Trilogy

Edgar Wright, Simon Pegg e Nick Frost criaram algo único com a sua “trilogia do cornetto”. “Shaun of the Dead”, “Hot Fuzz” e “The World’s End” não partilham personagens ou histórias, mas são unidos por um estilo visual distintivo, humor inteligente e, claro, gelados Cornetto.

Cada filme é uma homenagem amorosa a um género diferente – zombies, filmes de ação e ficção científica – enquanto simultaneamente os subverte e reinventa. É a prova de que comédia inteligente e referências pop podem coexistir com narrativas emocionalmente satisfatórias. E sim, nunca uma cerca de jardim foi tão heroicamente saltada. Vê esta trilogia na Netflix.


Marlon Brando
The Godfather | © 1972 Paramount Pictures

2. O Padrinho

Francis Ford Coppola criou mais do que uma trilogia sobre crime organizado – ele pintou um retrato épico da América do século XX através da lente de uma família siciliana. Os dois primeiros filmes são frequentemente considerados entre os melhores já feitos, e mesmo o terceiro (sim, aquele com Sofia Coppola) tem os seus momentos de brilhantismo.

A forma como Coppola entrelaça temas de família, poder e corrupção moral criou um novo paradigma para o cinema dramático. E convenhamos: depois desta trilogia, nenhum casamento siciliano no cinema voltou a ser o mesmo. Vê esta trilogia na Netflix.


Lord of the Rings
Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel | © Canal Hollywood

1. O Senhor dos Anéis

Chegamos finalmente ao topo da montanha, ou melhor, Mount Doom. A trilogia “O Senhor dos Anéis” de Peter Jackson não é apenas a melhor trilogia já feita – é um dos maiores feitos da história do cinema. Filmada continuamente durante 438 dias na Nova Zelândia, esta adaptação da obra-prima de Tolkien redefiniu o que é possível alcançar no cinema.

Da Comarca a Mordor, Jackson e a sua equipa criaram um mundo tão rico e detalhado que parece realmente existir. Cada filme é melhor que o anterior, culminando no épico “O Regresso do Rei” que arrecadou 11 Óscares – igualando o recorde absoluto. O que torna esta trilogia verdadeiramente especial é como equilibra espetáculo visual com profundidade emocional. Não são apenas filmes sobre uma demanda para destruir um anel – são sobre amizade, coragem, e a luta entre o bem e o mal que existe em cada um de nós. Vê esta trilogia na Prime Video.

Chegámos ao fim da nossa jornada pelas melhores trilogias do cinema. Mas a verdadeira magia está na discussão que vem a seguir – concordas com estas escolhas? Que outras trilogias mereciam estar nesta lista?

Partilha connosco a tua opinião sobre o poder mágico do número três no cinema!



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