Atriz de Bridgerton rejeita nova série de Harry Potter da HBO
Há nomes que, quando mencionados, acendem debates como fósforos em palha seca. J.K. Rowling, a autora de Harry Potter, é um deles.
A autora que deu ao mundo a magia de Harry Potter já não é só a mulher por trás da varinha mais famosa da literatura. Nos últimos anos, tornou-se uma figura inegavelmente polarizadora, uma espécie de Voldemort para uns e de Dumbledore para outros, dependendo de quem se pergunta. E agora, com o anúncio da nova série da HBO baseada no seu universo, a controvérsia voltou a escalar—desta vez com uma estrela de Bridgerton a atirar lenha para a fogueira.
Nicola Coughlan rejeita série Harry Potter da HBO com desdém
A querida Penelope Featherington da série Bridgerton, não está com meias medidas. Num gesto que mistura ativismo e desprezo, a atriz irlandesa partilhou um artigo intitulado “This is a New Low for J.K. Rowling” e acrescentou um comentário certeiro sobre o próximo projeto da HBO: “Guardem o vosso novo Harry Potter, rapazes. Não tocava nisso nem com um poste de três metros.”
Assim, a provocação não surgiu do nada. Rowling tem sido inegavelmente uma voz ativa no debate sobre os direitos das pessoas trans no Reino Unido, celebrando recentemente uma decisão do Supremo Tribunal britânico que definiu “mulher” com base no sexo biológico. Coughlan, que já tinha chamado a decisão de “nojenta e repugnante”, não perdeu a oportunidade de alinhar-se inegavelmente contra a autora—e, por tabela, contra o novo Harry Potter.
Não é a primeira vez que o elenco original da saga se distancia das opiniões de Rowling. Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint já se manifestaram em apoio à comunidade trans, com Radcliffe a afirmar: “Mulheres trans são mulheres. Dizer o contrário apaga a identidade e dignidade das pessoas trans.” Assim, Rowling respondeu na plataforma X com ironia a uma publicação que perguntava “Que ator/atriz arruína um filme para vocês?”: “Três palpites. Desculpem, mas não resisti.”
O preço da polarização
Assim, o que começou como uma discussão sobre identidade de género transformou-se numa guerra cultural—e a saga Harry Potter está no epicentro. A HBO, que investiu milhões na nova série, agora enfrenta inegavelmente um dilema: como vender um produto ligado a uma figura tão divisiva? A magia do mundo Potter já não é suficiente para apaziguar os ânimos, e o apoio de estrelas como Coughlan ao boicote pode inegavelmente significar problemas de casting e audiência.
Rowling, por outro lado, parece inabalável. Se antes era vista como a autora benevolente que inspirou uma geração, hoje é uma causa célebre para alguns e um ícone controverso para outros. Assim, a sua recusa em recuar das suas posições—mesmo sob fogo cruzado de fãs e colegas—mostra uma convicção rara no mundo das celebridades, onde o silêncio costuma ser a estratégia mais segura.
E assim, o que era para ser um renascimento glorioso do mundo mágico na HBO arrisca-se a ser mais um capítulo na longa batalha entre a arte e o artista. Será que os fãs conseguirão separar a autora da obra? Ou a sombra das opiniões de Rowling vai ofuscar para sempre o feitiço de Harry Potter?
Consegues imaginar um mundo onde a magia sobrevive às polémicas do seu criador? Partilha a tua opinião nos comentários.