NOS Alive 22 | O grande regresso dos Da Weasel
Melhor regresso de sempre? Sim, o slogan do NOS Alive 22 está correto, e a melhor confirmação disso foi o concerto dos Da Weasel.
Em 1993, um grupo de jovens da margem sul do Rio Tejo dava-se a conhecer ao público português, com o nome “Da Weasel”. Com um género invulgar, que juntava o hip-hop com rock/metal, a banda rapidamente começou a ganhar reputação. Assim sendo, logo nos primeiros anos, os Da Weasel ganharam a sua primeira experiência discográfica. Contudo, foi preciso esperar mais de 10 anos para o grupo alcançar outro patamar, com o album “Re-definições” (2004), composto por músicas como “Força”, “Re-Tratamento”, “GTA”, entre outras. Se as músicas da banda estavam por todas as rádios do país, o novo album valeu-lhe a nomeação de “Best Portuguese Act” nos MTV Europe Music Awards.
Os anos passaram, e em 2010, a banda decidiu colocar uma pausa por tempo indefinido. Alguns dos membros seguiram a sua carreira a solo, como é o caso de Carlão (Pac-man) e Virgul. Assim sendo, passados 12 anos após o último concerto dos Da Weasel, a banda voltou a juntar-se para um regresso ao NOS Alive 22, sendo que estiveram presentes na primeira edição do festival, no ainda “Oeiras Alive! 07”. Contudo, a chegada da pandemia atrasou os planos por três anos. Apesar disso, a notícia foi recebida com entusiasmo, com vários pessoas prontas a garantir o bilhete para voltarem a ver os Da Weasel.
Por isso, chegou o último dia de concertos no Passeio Marítimo de Algés, com o recinto esgotado, muito por “culpa” de Imagine Dragons e Two Door Cinema Club. Qualquer das maneiras, o recinto do palco principal estava (bastante) ansioso para verem ao vivo o grupo, que para muitos foi a banda favorita de juventude. Quando Carlão e companhia puseram os pés no palco, o público já estava ao rubro, pois já sabiam o que iriam esperar, com músicas como “Força” e “Re-tratamento”.
Desde do início do concerto, os “lideres” estavam bem definidos, com Carlão e Virgul encarregues de entreter e cativar o público da melhor maneira. E como seria de esperar, não decepcionaram. Com uma energia que parecia que o tempo não tinha passado pela banda, a dupla não parava no mesmo sítio. Entre andar de um lado para outro até dançar, este concerto era ideal para quem quisesse libertar-se. Assim sendo, nas músicas mais propicias à interação, como “GTA”, a dupla apelava ao público para saltarem o mais algo que conseguissem. Ninguém estava tímido, e para onde quer que se olha-se, as pessoas estavam todas a saltar.
Entre as músicas mais conhecidas e as restantes, as pessoas nunca deixaram de manifestar o seu entusiasmo e carinho pela banda. Mas um dos momentos mais bonitos, e arrepiante, foi quando Virgul pediu para o público cantar mais uma vez o refrão de “Re-Tratamento, e numa só voz, as pessoas presentes responderam a altura.
Foi um regresso especial, de uma das bandas mais conhecidas entre os portugueses, mas que superou todas as expectativas. Quando há reuniões deste género, os Da Weasel são exemplo a seguir. No final, não se sabe se este foi a última reunião da banda, mas foi um concerto memorável.
O próprio Álvaro Covões afirmou que foi DW a esgotar o Alive. O dia 9 de Julho esgotou ainda antes de Imagine Dragons serem anunciados.