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Antes de A Quiet Place, Emily Blunt foi assombrada por este filme de terror

Há feridas que nem o tempo cura — e, no caso de Emily Blunt, algumas delas vêm com banda sonora assustadora.

Emily Blunt é daquelas atrizes que consegue transformar até o papel mais banal em algo memorável. Quer esteja a interpretar uma assistente de moda implacável em “O Diabo Veste Prada“, uma soldado em “Edge of Tomorrow“, ou a esposa resiliente em “A Quiet Place“, há uma qualidade magnética no seu trabalho — uma combinação de charme, intensidade e um toque de humor que a torna irresistível no ecrã. No entanto, por trás dessa fachada de estrela de Hollywood, há uma mulher que, tal como muitos de nós, tem os seus fantasmas cinematográficos. E um, em particular, deixou-lhe uma cicatriz duradoura.

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O filme que aterrorizou Emily Blunt

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© 2023 PARAMOUNT PICTURES

Em 2018, numa entrevista à Yahoo, Emily Blunt confessou algo que poucos esperariam de uma atriz conhecida por enfrentar cenários pós-apocalípticos e criaturas alienígenas: ela tem um medo visceral de filmes de terror. E não é um receio qualquer — foi moldado por uma experiência traumática com um dos clássicos do género.

“Sou muito medricas, mas todos os meus amigos estavam a ver ‘Scream’, então achei que também devia ir”, admitiu. O resultado? Um trauma duradouro. “Foi a brutalidade do filme, alguém com uma faca enorme a perseguir-me dentro da minha própria casa.” Wes Craven, o mestre por trás da saga Scream, teria se sentido orgulhoso (ou talvez um pouco culpado) ao saber que a sua sátira aos slashers dos anos 90 assombrou uma das atrizes mais talentosas da sua geração.

O curioso é que Emily Blunt acabou por brilhar num filme de terror — “A Quiet Place” — onde o silêncio era mais aterrador do que qualquer grito. Mas, enquanto atriz, ela estava do outro lado da câmara, o que talvez tenha tornado a experiência menos assustadora. Para o público, porém, o filme foi um exercício de tensão quase insuportável. E, no entanto, nada se compara ao pavor que “Scream” lhe causou.

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Uma estrela que tem medo do próprio género

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John Krasinsky e Emily Blunt em “Um Lugar SIlencioso”| © (2018) Paramount Pictures

Há uma ironia deliciosa no facto de Emily Blunt, que protagonizou um dos filmes de terror mais aclamados da última década, evitar o género como quem foge do diabo. “A Quiet Place” exigiu dela uma performance física e emocionalmente exigente — desde dar à luz em silêncio até lidar com a ameaça constante de criaturas que caçam pelo som. E, no entanto, foi “Scream”, com a sua violência crua e o suspense psicológico, que a marcou para sempre.

O que isto nos diz? Que o medo é profundamente pessoal. Enquanto alguns espectadores riem-se das mortes exageradas de “Scream”, outros, como Emily Blunt, sentem-se invadidos por uma ansiedade genuína. A brutalidade não está necessariamente no que é mostrado, mas no que é sugerido — na ideia de que o perigo pode espreitar em qualquer esquina, disfarçado de normalidade.

E, no entanto, é essa mesma capacidade de se conectar com o medo que faz de Emily Blunt uma atriz tão convincente em papéis tensos. Ela não está a fingir — ela sabe o que é sentir-se vulnerável. E talvez seja essa a verdadeira razão pela qual o seu desempenho em “A Quiet Place” foi tão eletrizante.

Qual é o filme que te assustou de tal forma que nunca mais o quiseste rever? Partilha a tua experiencia mais assustadora nos comentários.



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