Antes de A Quiet Place, Emily Blunt foi assombrada por este filme de terror
Há feridas que nem o tempo cura — e, no caso de Emily Blunt, algumas delas vêm com banda sonora assustadora.
Emily Blunt é daquelas atrizes que consegue transformar até o papel mais banal em algo memorável. Quer esteja a interpretar uma assistente de moda implacável em “O Diabo Veste Prada“, uma soldado em “Edge of Tomorrow“, ou a esposa resiliente em “A Quiet Place“, há uma qualidade magnética no seu trabalho — uma combinação de charme, intensidade e um toque de humor que a torna irresistível no ecrã. No entanto, por trás dessa fachada de estrela de Hollywood, há uma mulher que, tal como muitos de nós, tem os seus fantasmas cinematográficos. E um, em particular, deixou-lhe uma cicatriz duradoura.
O filme que aterrorizou Emily Blunt
Em 2018, numa entrevista à Yahoo, Emily Blunt confessou algo que poucos esperariam de uma atriz conhecida por enfrentar cenários pós-apocalípticos e criaturas alienígenas: ela tem um medo visceral de filmes de terror. E não é um receio qualquer — foi moldado por uma experiência traumática com um dos clássicos do género.
“Sou muito medricas, mas todos os meus amigos estavam a ver ‘Scream’, então achei que também devia ir”, admitiu. O resultado? Um trauma duradouro. “Foi a brutalidade do filme, alguém com uma faca enorme a perseguir-me dentro da minha própria casa.” Wes Craven, o mestre por trás da saga Scream, teria se sentido orgulhoso (ou talvez um pouco culpado) ao saber que a sua sátira aos slashers dos anos 90 assombrou uma das atrizes mais talentosas da sua geração.
O curioso é que Emily Blunt acabou por brilhar num filme de terror — “A Quiet Place” — onde o silêncio era mais aterrador do que qualquer grito. Mas, enquanto atriz, ela estava do outro lado da câmara, o que talvez tenha tornado a experiência menos assustadora. Para o público, porém, o filme foi um exercício de tensão quase insuportável. E, no entanto, nada se compara ao pavor que “Scream” lhe causou.
Uma estrela que tem medo do próprio género
Há uma ironia deliciosa no facto de Emily Blunt, que protagonizou um dos filmes de terror mais aclamados da última década, evitar o género como quem foge do diabo. “A Quiet Place” exigiu dela uma performance física e emocionalmente exigente — desde dar à luz em silêncio até lidar com a ameaça constante de criaturas que caçam pelo som. E, no entanto, foi “Scream”, com a sua violência crua e o suspense psicológico, que a marcou para sempre.
O que isto nos diz? Que o medo é profundamente pessoal. Enquanto alguns espectadores riem-se das mortes exageradas de “Scream”, outros, como Emily Blunt, sentem-se invadidos por uma ansiedade genuína. A brutalidade não está necessariamente no que é mostrado, mas no que é sugerido — na ideia de que o perigo pode espreitar em qualquer esquina, disfarçado de normalidade.
E, no entanto, é essa mesma capacidade de se conectar com o medo que faz de Emily Blunt uma atriz tão convincente em papéis tensos. Ela não está a fingir — ela sabe o que é sentir-se vulnerável. E talvez seja essa a verdadeira razão pela qual o seu desempenho em “A Quiet Place” foi tão eletrizante.
Qual é o filme que te assustou de tal forma que nunca mais o quiseste rever? Partilha a tua experiencia mais assustadora nos comentários.