Scooby-Doo chega ao streaming com um novo projeto live-action
Zoinks! A Netflix vai surpreender com uma emocionante nova aventura para o icónico Gangue do Mistério de Scooby-Doo
A Netflix decidiu que é hora de sacudir o pó das velhas fitas VHS e trazer Scooby-Doo para o século XXI. O projeto, promete desconstruir a clássica dinâmica do gangue original, explorando como é que um grupo de adolescentes desajustados e um cão com um apetite descomunal se tornaram os caçadores de monstros mais famosos da cultura pop.
Netflix confirma o regresso de Scooby-Doo (com direito a scooby-snacks)
O projeto, desenvolvido por Josh Appelbaum e Scott Rosenberg (Cowboy Bebop), não será uma adaptação dos desenhos animados, mas algo novo. E não, não vai ser uma animação, vai ser uma série live-action de oito episódios (Variety). Assim, segundo a logline oficial, acompanharemos “…o último verão de Shaggy e Daphne num acampamento, onde um encontro com um solitário cachorro Great Dane perdido…” — sim, o nosso herói de quatro patas — “…os arrasta para um crime sobrenatural.” Junta-se-lhes Velma, a cética de óculos, e Fred, o rapaz com um fascínio por armadilhas elaboradas, numa história que promete mistério e comédia.
Peter Friedlander, vice-presidente de séries da Netflix, não esconde o entusiasmo: “A Mistérios S.A. está de volta! Estamos comprometidos em agradar aos fãs de longa data e abrir um mundo de aventuras para uma nova geração de ‘meddling kids'” (ou “miúdos intrometidos”, numa tradução livre). Greg Berlanti (Arrow, Riverdale), produtor executivo, recorda com carinho as suas primeiras experiências em Hollywood ao lado dos lendários criadores de Scooby-Doo, Bill Hanna e Joe Barbera, garantindo que a série honrará o espírito da dupla.
Não é a primeira incursão live-action do gangue — os filmes com Freddie Prinze Jr. e Sarah Michelle Gellar arrecadaram milhões nos anos 2000 —, mas será a primeira vez que a história será contada em formato serializado. E, considerando o sucesso de “One Piece” e “Avatar: The Last Airbender” na plataforma, a Netflix parece confiante em transformar desenhos animados em ouro.
Por que é que isto importa?
Além do óbvio apelo nostálgico, Scooby-Doo sempre foi um espelho das obsessões culturais de cada época. Nos anos 60, era uma paródia aos scoop jornalísticos e aos filmes B de monstros; nos 2000, tornou-se uma comédia teen cheia de trocadilhos e catchphrases. Agora, numa era dominada por true crime e teorias da conspiração, faz todo o sentido que Velma e companhia regressem — ainda que com um toque sombrio.
Clancy Collins White, da Warner Bros., sublinha: “Não é mistério porque é que o público ainda adora estas personagens após meio século.” E é verdade: no fundo, Scooby-Doo é inegavelmente sobre amizade, coragem (mesmo quando disfarçada de cobardia) e a ideia reconfortante de que os monstros raramente são reais. Mas, desta vez, a pergunta que se impõe é: e se alguns forem?
Assim, a Netflix aposta que sim. Entre sustos, diálogos afiados e referencias para os fãs, a série promete equilibrar o tom do original com uma irreverencia inegavelmente contemporânea. Resta saber se os espectadores vão aderir ao reboot ou se, como velhos hábitos, vão preferir os desenhos animados. Uma coisa é certa: o Shaggy já deve estar a fugir a sete pés, mas nós ficaremos colados ao ecrã.
Achas que a série vai captar o espírito do original, ou será mais um caso de um “fantasma” que devia ter ficado no armário? Partilha a tua opinião nos comentários.