O guia das séries canceladas em 2019
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É triste, mas não há como evitar, aqui ficam 50 das séries canceladas em 2019!
O mundo da televisão tornou-se menos feroz com a proliferação do streaming, mas ainda assim muitas séries são canceladas todos os anos, e as vítimas podem-se encontrar em inúmeros canais distintos. Para que não fiques a leste das alterações constantes à programação, essencialmente nos serviços norte-americanos, aqui ficam alguns dos destaques entre as séries que foram canceladas em 2019. Aguentem as lágrimas e venham descobri-las connosco!
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13 REASONS WHY (NETFLIX)
“13 Reasons Why” foi simultaneamente renovada e cancelada. Apesar de renovada para um quarto capítulo, foi desde logo anunciado que seria o último. O que é dizer muito sobre a série acerca de uma jovem adolescente que se suicidou e deixou cassetes a explicar as razões pelas quais decidiu abandonar este mundo. Ao fim de contas, a protagonista da série está morta desde o início, e o conteúdo arranja forma de continuar, focando-se antes nas ramificações de um suicídio numa comunidade de jovens, as quais são amplamente estudadas. A série tenta manter-se fiel às conclusões do mundo real.
Ou seja, esta é a primeira série que aparece na lista que é cancelada por estar mesmo na hora de acabar, e não devido a questões relacionadas com fundos.
A terceira temporada foi libertada em agosto de 2019 na Netflix, e por isso poderemos esperar o capítulo final em 2020.
ARROW (THE CW)
Uma popular série de super-heróis da CW, um dos seus géneros atualmente mais comuns, foi cancelada ao final de 8 temporadas. A última temporada iniciou-se a 15 de outubro deste ano, e terminará no início do próximo ano.
Dentro do seu género e do seu canal, há que dizer que esta é uma série muito apreciada e premiada, nomeadamente pela Academia de Ficção Científica de Hollywood. O protagonista da história é Stephen Amell, que dá vida a Oliver Queen, um vigilante que usa um capucho e se defende com arco e flecha, purgando a cidade onde vive de corrupção.
BALLERS (HBO)
Na HBO, dizemos adeus a “Ballers” ao fim de 5 temporadas, uma comédia desportiva protagonizada por Dwayne Johnson e John David Washington.
Ao longo da sua duração, a série foi nomeado a 4 Emmys, nas categorias de fotografia e edição.
O último episódio da série foi emitido no passado dia 13 de outubro de 2019. A série está disponível na plataforma HBO Portugal.
BOJACK HORSEMAN (NETFLIX)
Os criadores e produtores da série estavam prontos para mais alguns anos, mas a Netflix decidiu que estava na hora de dizer adeus, e a palavra de quem financia fala mais alto. Começamos esta lista com um muito, muito doloroso cancelamento, que foi recentemente confirmado. Bojack é uma das mais inventivas séries da televisão norte-americana, e é, de facto, uma pena “despachar” esta grande série de animação. “BoJack Horseman” começou a sua sexta e última temporada há muito pouco. A primeira metade, correspondente a 8 episódios, foi lançada a 25 de outubro. A segunda metade, que coloca um decisivo ponto final na série, será lançada em janeiro de 2020.
Narra “BoJack Horseman” a história de um célebre cavalo, estrela de uma sit-com nos anos 90, que desde o fim da série se dedica ao alcoolismo e nostalgia. Um magnífico e inventivo conteúdo, uma paródia de Halloween, um estudo sobre doença mental e vícios, sobre temáticas complexas como imigração e segundas gerações, direitos das mulheres, sexualidade, traumas familiares. Uma série que teve um episódio sem diálogos, episódios traumáticos com flashbacks ou até um episódio que é um longo, longo monólogo. No início, parece apenas uma paródia sobre os vícios de Hollywood, mas depressa se torna tão mais do que isso. “BoJack Horseman” é capaz de fazer rir e chorar em igual medida, e fará muita falta.
BROAD CITY (Comedy Central)
Chega ao fim, ao final de cinco vitoriosas temporadas, a série iniciada em 2014, que contou com 50 episódios e tornou célebres as criadoras e protagonistas Ilana Glaze e Abbi Jacobson.
“Broad City” segue duas mulheres, e a sua rotina em Nova Iorque. É feita de momentos, de eventos mundanos, de pequenas e grandes conquistas. É a história de Llana e Abbi, e o seu início da casa dos 30. Entre 2010 e 2011, as criadoras da série tinham já criado uma webseries do mesmo nome, que acabou por dar origem à série do canal Comedy Central. “Broad City” disse adeus em março deste ano.
CRAZY EX-GIRLFRIEND (THE CW)
Adeus a uma das séries mais criativas e originais dos últimos anos. “Crazy Ex-Girlfriend” é uma irreverente comédia romântica anti-romântica que assenta no género da paródia musical. Uma receita nunca antes vista. Um hino feminista, uma série de clichés invertidos, expectativas quebradas. Um argumento inteligente, números musicais exímios. Uma série para o qual a CW não parecia estar preparada, e que sempre teve ratings menores. Foi o acordo com a Netflix que permitiu à série protagonizada e co-produzida por Rachel Bloom conquistar novos públicos.
“Crazy Ex-Girfriend” terminou o seu período de exibição em 2019, a 5 de abril, com um episódio duplo que incluiu um especial – um concerto ao vivo com alguns dos maiores êxitos da série. Foi possivelmente a série mais premiada da CW. Rachel Bloom recebeu o Globo pela sua interpretação como Rebecca Bunch. Receberam ainda, aquando da temporada, Emmys pela coreografia do programa e pela sua paródia de “Another Day of Sun” de “La La Land”, intitulada “Anti Depressants Are So Not a Big Deal” , e foram nomeados a diversos outros pelas suas músicas originais, paródias de todo o tipo de género musical.
Esta série é um verdadeiro triunfo, criada por mulheres, narrada do ponto de vista feminino, tocando em temas sensíveis ligados a sexualidade, diversidade racial, saúde mental. Teve uma vida curta mas as suas criadoras tiveram a oportunidade de contar a história em quatro etapas que tinham inicialmente planificado.
CRIMINAL MINDS (CBS)
“Criminal Minds” é mais uma instituição que chega ao fim na CBS, depois de 15 temporadas e mais de 300 episódios.
O conteúdos, que se debruça sobre analistas do FBI, uma equipa de elite que realiza perfis psicológicos, tem uma longa história no canal, tendo arrancado em 2005. A série foi criada por Jeff Davis, também responsável por “Teen Wolf”. Davis diz adeus a esta popular série de investigação criminal, e prepara agora a série de acção “Aeon Flux”, um live-action de um conteúdo de animação.
DARK (NETFLIX)
Voltamos à Netflix, que cria muitas novas séries com os fundos dos seus maiores êxitos, mas que é também rainha nos cancelamentos. “Dark” é uma série de crime e mistério, a primeira produção alemã da Netflix, situada numa cidade alemã onde duas crianças desaparecem, criando tensões fraturantes entre as suas famílias. A história liga a mesma cidade a acontecimentos de 1986.
A última temporada será ainda exibida em 2020.
DIVORCE (HBO)
Mais uma série apreciada pela crítica que diz adeus após a terceira temporada. “Divorce”, como o nome indica, foca-se na experiência de separação de um casal. Começou em 2016 e é protagonizada por Sarah Jessica Parker (“Sex and the City”) e Thomas Haden Church (“Ela é Fácil”).
A série, terminada em agosto deste ano, valeu a Sarah Jessica Parker uma nomeação ao Globo de Ouro pela sua interpretação e à realizadora Reed Morano uma nomeação pela fotografia da série.
ELEMENTARY (CBS)
E chegamos a mais um conteúdo fundamental da CBS que diz adeus em 2019. Falamos de “Elementary”, que chega ao fim depois de sete temporadas. A série durou mais de 150 episódios, o que nos permite identificá-la como um sucesso. É esta uma versão moderna da narrativa de Sherlock Holmes, desta vez situada em Nova Iorque e com uma pequena inversão de papéis. Desta vez, Watson é uma mulher, Lucy Liu.
A série disse adeus em agosto, mas certamente vai deixar saudades.
EMPIRE (FOX)
Ao fim de seis temporadas, “Empire” diz adeus aos fãs. A série da FOX celebrizou e cimentou a já longa carreira de Taraji P. Henson, e só por isso já ficamos gratos.
Narra a história de um gigante do hip hop, que precisa de escolher um sucessor entre os três filhos, para que este tome controlo da sua milionária empresa. Entretanto, a sua ex-mulher planeia de que forme pode reclamar o que considera merecer.
FOREVER (AMAZON)
“Forever” é uma proposta bastante interessante da Amazon, mas apenas viu luz para uma temporada. A comédia dramática situada no reino do fantástico é protagonizada por Maya Rudolph e Fred Armisen, que pensam aqui sobre o que acontecerá no amor após a morte.
A série teve um início discreto e não evitou ser devorada. Esperamos ver estes ótimos atores noutros conteúdos futuros, para breve.
FRIENDS FROM COLLEGE (NETFLIX)
É um mau presságio, alguma série começada com “Friends”, “Friends With Money”, “Friends From College”, são premissas que, começando pelo nome, anunciam falta de originalidade.
“Friends From College” coloca em modo de reunião amigos próximos da universidade Harvard, que se aproximam agora dos 40 e que entretanto perderam o contacto. O seu conceito algo vago não conseguiu sobreviver à selva de conteúdos que se vão multiplicando. Ficou-se assim pelas duas temporadas.
Esta última temporada ficou disponível na Netflix no dia 1 de novembro de 2019.
FULLER HOUSE ( NETFLIX)
Da Netflix, chega também ao fim “Fuller House” ao fim de cinco temporadas. Para os mais distraídos, não nos referimos à série da década de 80 que celebrizou as irmãs Olsen, mas sim a continuação criada na Netflix em 2016, para a qual Bob Saget regressou.
Depois de 75 episódios e uma nomeação ao Emmy para Melhor Programa Infantil, a série familiar volta a despedir-se. Será de vez?
A última temporada será ainda exibida este ano.
FUTURE MAN (HULU)
Hulu, serviço de streaming celebrado maioritariamente celebrado pela criação “The Handmaid’s Tale”, e recentemente comprado pela Disney, chegará de certo a Portugal quando a plataforma Disney + cá chegar ao Velho Continente.
Ao fim de 34 episódios, a comédia “Future Man” chega ao fim na Hulu. Foi protagonizada por Josh Hutcherson (Peeta em “The Hunger Games”).
A série narra a fantástica história de Josh Futturman, recrutado para salvar o universo, ou antes, prevenir a extinção do ser humano através de viagens no tempo.
GAME OF THRONES (HBO)
“Game of Thrones”, possivelmente o maior sucesso da televisão no século XXI não foi assim bem cancelada, não no sentido de ser abandonada devido a falta de fundos ou interesse. O canal propôs novas temporadas, mas foram os criadores a decidir que estava na hora de terminar. Foi uma decisão bem polémica, para um conteúdo tão popular, a galinha dos ovos de ouro da HBO, principalmente se considerarmos que o criador da saga literária considera que seriam necessárias temporadas adicionais para não contar a história de forma apressada.
Bem ou mal terminada, a série épica de fantasia medieval emitiu o seu último episódio em maio deste ano. Os spin offs, talvez ainda no plural, são um dado adquirido.
GLOW (NETFLIX)
O anúncio chegou há pouco tempo, em setembro de 2019. A série protagonizada por Alison Brie (“Community”, “BoJack Horseman”) , sobre wrestlers femininas, tem os dias contados na Netflix. Tal como “13 Reasons Why”, a quarta temporada foi confirmada como a última. A data de estreia deste último capítulo não é ainda conhecida, mas tendo em conta que a comédia dramática teve temporada neste verão, é provável que o capítulo final seja lançado no próximo ano.
“GLOW”, acrónimo para “Gorgeous Ladies of Wrestling”, é baseado numa organização real e acompanha a vida pessoal e profissional de um grupo de mulheres que dedicam a vida ao wrestling na Los Angeles dos anos 1980.
GRACE AND FRANKIE (NETFLIX)
“Grace and Frankie” teve uma vida saudável na televisão via streaming. Foi, há pouco tempo, confirmada a sua sétima temporada, a sua última. A série narra a história de duas conhecidas que se tornam cúmplices, quando descobrem que os seus maridos são muito mais do que colegas de trabalho.
Protagonizada pelas lendas Jane Fonda e Lily Tomlin, e com Sam Waterson e Martin Sheen como os maridos, “Grace and Frankie” é uma inteligente comédia com temática LGBTI, que aborda uma situação problemática com humor, um espírito positivo e que apresenta protagonistas mais velhos, algo raro e de louvar. E, claro, não lhes apagando a sexualidade, o que é raro na representação de pessoas idosas no pequeno e grande ecrã.
A última temporada será em breve lançada na Netflix.
HOMELAND (SHOWTIME)
Entre as séries canceladas em 2019, é certo dizer que “Homeland” foi uma das que teve uma melhor viagem nos últimos anos. Durou 8 temporadas, e no seu pico, a série protagonizada por Claire Danes foi uma das mais faladas no panorama da ficção. Colocou no mapa os conteúdos que colocam as doenças mentais no seu epicentro, ao debruçar-se sobre uma operacional da CIA que sofre de doença bipolar, interpretada por Danes.
A série contou com 96 episódios e irá ainda exibir a sua derradeira temporada.
HOW TO GET AWAY WITH MURDER (ABC)
A série protagonizada por Viola Davis consta nesta lista depois de ser cancelada na sua sexta temporada, após quase 100 episódios. Foi este um popular drama criminal sobre tribunais e defesa de criminosos, como o nome indica, mas muito mais. A série perdeu muito folgo ao longo dos anos, e não é de espantar que tenha aqui o seu ponto final.
INTO THE BADLANDS (AMC)
“Into the Badlands”, da AMC, exibiu a sua terceira e última temporada no início de 2019, e conquista portanto o seu lugar nesta melancólica lista de séries canceladas em 2019. Esta foi uma série de aventura e acção, uma narrativa sobre guerreiro, sobre senhores feudais, sobre valores distintos e distantes.
Uma imaginativa narrativa pós-apocalíptica que diz agora adeus.
IZOMBIE (THE CW)
O cancelamento de “iZombie” não foi surpresa alguma, tendo já sido anunciado no ano anterior. Terminou assim com a sua quinta temporada a série criada por Rob Thomas (“Veronica Mars”, sobre uma médica que decide trabalhar numa morgue policial e ajudar a resolver crimes quando se torna zombie e tem de abandonar o seu internato de cirurgia num prestigiado hospital.
Izombie é uma série fora da caixa, e um dos conteúdos de comédia mais apreciados da CW nos últimos anos, embora os ratings nunca tenham sido excelentes. Não péssimos, meramente razoáveis. Por isso, o cancelamento era inevitável. Entretanto, Liv Moore e as suas múltiplas personalidades divertiram-nos e nunca o apocalipse zombie teve uma razão de existência tão absurda e ao mesmo tempo hilariante.
JANE THE VIRGIN (THE CW)
Em 2019, a CW perdeu as suas comédias mais preciosas, entre elas “Jane the Virgin”, que figura então nesta lista de séries canceladas em 2019. Protagonizada pela revelação Gina Rodriguez, “Jane” é uma adaptação de uma novela hispânica e resulta na perfeição. O seu espírito faz lembrar um pouco “Ugly Betty” e o seu mix entre comédia e emoção foi sempre perfeito.
Sem nunca se levar a sério, “Jane the Virgin” corresponde a todos os clichés de novelas, e consegue agradar a quem detesta o formato. Foi também uma das séries mais representativas dos últimos tempos. Situada em Miami, o elenco é diverso e existe também uma preocupação na inclusão de relações LGBTI, nomeadamente explorando os meandros da bisexualidade de forma relaxada.
Estava na altura de terminar, com esta quinta temporada, é certo que Gina terá novos voos e projectos a desenvolver, e Jane ficará sempre na história da CW, pois o Globo de Ouro vencido por Gina Rodriguez, aquando da primeira temporada, foi o primeiro de sempre para o canal.
LEGION (FX)
Adeus ao drama de ficção científica “Legion”, dado por terminado em agosto do presente ano.
Este drama narrou a vida de Davis Haller, um perturbado jovem diagnosticado com esquizofrenia. Depois de um encontro invulgar, descobre poderes especiais capazes de mudar a sua vida para sempre.
A série foi criada por Noah Hawley, um dos mais bem-sucedidos autores no mundo da televisão norte-americano. Hawley escreveu ou co-escreveu os 40 episódios até agora lançados da série e mais de 40 episódios do sucesso “Bones”.
LUCIFER (FOX)
A esta lista de séries canceladas em 2019, junta-se outro popular conteúdo de super-heróis, “Lucifer”, que chega ao fim na Netflix ao fim de 5 temporadas. Contudo, tudo tem um fim e a série baseada em personagens da DC Comics começou forte mas foi perdendo espectadores. A sua derradeira temporada será ainda exibida, nos próximos meses.
MADAM SECRETARY (CBS)
O canal de alcance generalista CBS parece ter de facto muitos títulos, e muitos títulos populares neste guia de séries canceladas em 2019. Adicionamos ao grupo mais uma “vítima”, “Madam Secretary”, que diz adeus depois de seis temporadas. O drama político protagonizado pela talentosa Téa Leoni viu exibidos 120 episódios. A última temporada está neste momento a decorrer, caminhando para o sexto de dez episódios. Por isso, dirá adeus ainda este ano.
A série foi criada por Barbara Hall, nomeada no passado pela produção de conteúdos dramáticos como “Joan of Arcadia” (2003) ou “I’ll Fly Away” (1991).
MARVEL’S JESSICA JONES (NETFLIX)
Com a letra “M”, entramos na nossa odisseia de conteúdos da Marvel que figuram entre as séries canceladas entre 2018 e 2019. Isto porque a Netflix estava a trabalhar sobre diversos conteúdos baseados nestes personagens, e com a fusão entre a Marvel e a Disney e a criação da futura nova plataforma “Disney +” estes conteúdos são forçados a chegar ao fim. Tendo em conta que a Disney é detentora da Marvel Studios, todos e quaisquer conteúdos baseados nos seus personagens terão de transitar necessariamente ou ser criados de raiz na nova plataforma, para desgosto dos fãs destas inúmeras séries que tiveram de dizer adeus. “Daredevil” emitiu a última temporada no final de 2018, para despeito dos fãs, “Iron Fist e “Luke Cage” também e “Jessica Jones” idem aspas, mas pelo menos teve direito a fechar o arco com a sua terceira temporada.
A última temporada saiu no verão deste ano, e permitiu-nos despedir de uma das personagens mais carismáticas da sempre emblemática Krysten Ritter (“Don’t Trust the B*tch in Apartment 23”, “Breaking Bad”). Jessica Jones é uma detective com força sobre-humana, atormentada por fantasmas do passado na forma de um perigoso ex-namorado.
MARVEL’S THE PUNISHER (NETFLIX)
“The Punisher” é mais uma série que viu a sua vida encurtada devido às razões acima descritas. Protagonizada por Jon Bernthal (“The Walking Dead”), esta é uma história de vingança. 188 na lista de séries mais populares do IMDB, a série foi nomeada nos Emmy Awards para Melhor Coordenação de Duplos, sem grande surpresa, considerando que este é um conteúdo bem-sucedido de acção.
A série foi também bem-sucedida junto da Academia de Ficção Científica, indicada para mais do que um prémio. Emitiu a sua última temporada em janeiro de 2019.
MODERN FAMILY (ABC)
No início de 2019, “Modern Family” foi cancelada, sendo confirmada uma última temporada, a décima primeira, e há que dizer que já estava bem na hora. Esta série arrastou-se para lá do razoável, pois ao fim de mais de uma década é complicado manter a originalidade.
Esta “Família Muito Moderna”, como é intitulada em português, pretende reflectir exactamente essa lógica. Seguimos três núcleos familiares, Jay Pritchett, pai de família, voltou a casar com uma mulher colombiana mais nova, o seu filho Mitchell tem um parceiro e adota uma menina asiática. Seguimos ainda a vida da outra filha de Jay, Claire, casada e com três filhos, a mais convencional dos três centros da narrativa.
A série foi, durante largos anos, uma das séries mais populares em todo o mundo, recipiente de inúmeros prémios e audiências muito positivas. A série começou em 2009 e ao longo dos 10 anos que já dura celebrizou os seus interpretes, nomeadamente a fogosa Sofia Vergara, que se tornou uma figura incontornável na cultura pop com a sua Gloria. Vários dos interpretes da série foram nomeados diversas vezes aos Emmy Awards, entre eles Julie Bowen, Ed O’Neill, Sofia Vergara, Ty Burrel, Jesse Tyler Ferguson e até Elizabeth Banks pela sua hilariante personagem esporádica Sal. Quanto aos miúdos das famílias, cresceram frente à câmara e fizeram-se já homens e mulheres.
240 Episódios depois, “Modern Family” está neste momento a emitir a sua derradeira temporada.
MR. ROBOT (USA NETWORK)
Mais uma que doeu certamente aos inúmeros fãs. Chegou a altura, ao final da quarta temporada, “Mr.Robot”. A série que celebrizou Rami Malek chegou e venceu com a sua primeira temporada, sobre um hacker com uma atitude rebelde, com o pano de fundo de uma enorme conspiração. O conteúdo televisivo com vibes de “Clube de Combate” parecia imbatível, por isso é até algo surpreendente que as audiências tenham diminuído e que a série diga adeus ao fim de apenas quatro anos. A última temporada começou a ser emitida nesta temporada de outuno.
Esta série valeu ao seu intérprete principal um Emmy para Melhor Ator numa Série Dramática e diversas outras nomeações ao Emmy e aos Globos de Ouro.
NO GOOD NICK (NETFLIX)
Aqui está uma série que não viveu para lá da primeira temporada. Uma aposta recente da Netflix, dividida em duas partes, como o gigante de streaming tem feito muito ultimamente. A comédia dramática arrancou com 20 episódios iniciais, emitidos em abril e agosto. Não verá uma segunda temporada.
Em “No Good Nick”, uma família vê a sua vida virada do avesso quando uma jovem lhes aparece à porta. A jovem tem uma agenda que passa por vingar o seu pai, mas a família demora a aperceber-se que algo está errado…
ORANGE IS THE NEW BLACK (NETFLIX)
Já era sabido, mas não é por isso menos doloroso. Uma das séries mais amadas e populares da Netflix lançou a sua última temporada, a sétima, em julho de 2019. Dizemos adeus às presidiárias de Litchfield, com todas as pontas bem atadas e fechadas.
Esta comédia dramática, que brinca com os limites da definição tanto de comédia como de drama, nunca chegou a sofrer uma queda significativa. Antes, terminou organicamente, nos seus próprios termos, um luxo e uma benção rara na selva dos conteúdos televisivos.
No fundo, terminar com esta sétima temporada apenas significa que estava na hora. As suas estrelas estão a tornar-se mais ocupadas e visíveis, com menos tempo para as gravações e o orçamento não cresce, antes pelo contrário, para as séries que duram há mais anos. “Orange is the New Black” há de ser sempre um dos conteúdos mais queridos do catálogo da plataforma, isso dificilmente mudará.
NOW APOCALYPSE (STARZ)
“Now Apocalypse” é uma série do canal Starz, mais conhecido por emitir “Outlander”. O conteúdo de comédia teve uma vida muito curta, durante uns meros 10 episódios, emitidos em março deste ano. Agora, diz adeus, provavelmente para sempre.
Seguimos as aventuras do protagonista Ulysses e dos seus amigos Carly, Ford e Severine, na sua busca por amor, sexo e fama em Los Angeles, Ulysses está ligeiramente paranóico, e os seus sonhos são premonições. Será que a monstruosa conspiração com que sonha é verdadeira ou está apenas a fumar demasiada erva?
PREACHER (AMC)
A AMC diz adeus a “Preacher” em 2019, uma aventura fantástica que brinca com o sobrenatural, ao confrontar um padre com um vampiro e a sua ex-namorada, os seus ajudantes improváveis numa busca por Deus. Um conteúdo subversivo, que deu que falar na altura em que estreou. Ao fim de quatro temporadas e 43 episódios, diz adeus.
O episódio final foi emitido há muito pouco tempo, no final de setembro de 2019. “Preacher” pode ser encontrado no catálogo da AMC Portugal.
SANTA CLARITA DIET (NETFLIX)
“Santa Clarita Diet”, da Netflix, sofreu um dos destinos mais tristes que uma série cancelada pode receber. A ficha foi removida da tomada sem grande consideração pela equipa e criadores, e portanto, está para sempre terminada num cliffhanger. A criadora da série lamentou o cancelamento, reforçando a paixão por este projecto. Uma comédia perfeitamente louca, com um equilíbrio estranho entre o bizarro e o dramático.
Este era um projecto importante nos anos recentes da carrreira de Drew Barrymore, protagonista e produtora executiva dos 30 episódios da série. Contudo, as suas credenciais não chegaram para a salvar. Supomos que talvez nunca saibamos como iria acabar esta história. Devido a uma cláusula da Netflix, os seus conteúdos não podem ser recebidos por outras estações aquando do cancelamento, pelo menos durante os primeiros anos. Ainda assim, esperamos que daqui a 4, 5 ou 6 anos sejamos capazes de recuperar as aventuras de Sheila e Joel.
A série de comédia conta a história de um casal comum de agentes imobiliários, com uma perfeita e aborrecida vida suburbana. Tudo muda quando Sheila cospe uma bola de carne e come o vizinho. O que se segue é hilariante e ridículo, mas acima de tudo entretenimento eficiente.
SILICON VALLEY (HBO)
A HBO está de momento a exibir a sexta e última temporada da comédia “Silicon Valley”. A série situa-se nos anos 80, e como o nome indica, segue o período áureo do desenvolvimento de tecnologia no famoso Silicon Valley.
A série consta no top de televisão do IMDB, no lugar 184 e no seu historial conta com duas nomeações ao Globo de Ouro, entre 14 prémios e 88 outras nomeações.
SUITS (USA NETWORK)
SUPERNATURAL (THE CW)
Sim, parece impossível, mas ao final de quase 15 anos, e já na sua 15ª temporada, o mais bem-sucedido e longo conteúdo da CW Network vai mesmo despedir-se dos seus inúmeros fãs. Uma série que parecia que iria durar para sempre, “Supernatural” irá para sempre imortalizar os seus interpretes Jared Padalecki e Jensen Ackles nos seus respetivos papéis de Sam e Dean Winchester, e para já Misha Collins no papel do anjo Castiel. Os interpretes dos irmãos Winchester participaram num número impressionante de 327 episódios de longo formato de 40 minutos. Muitas voltas e reviravoltas depois, e a CW começou em outubro a emitir a derradeira temporada do fenómeno “Supernatural”. É o fim de uma era.
“Supernatural”, como a maioria deve saber, é uma narrativa sobre anjos e demónios, sobre céu e acima de tudo inferno, repleta de transformações e de mortes reversíveis. Começou por ser um conteúdo muito focado em mitos e lendas urbanas, e na busca de um demónio em específico. Depois, a história acabou por se focar muito mais no drama familiar, que mudou uma e outra vez. Teve os seus momentos altos e os seus momentos mais infelizes. Depois de o criador original ter abandonado o barco no final da quinta temporada, quando acabou de contar a narrativa que tinha originalmente planeada talvez estivesse na hora de dizer adeus, mas os bons resultados de audiências fizeram com que “Sobrenatural” durasse 15 anos. Um até já e até sempre para os manos mais cobiçados da televisão norte-americana!
THE AFFAIR (SHOWTIME)
A série dramática sobre um escritor e uma jovem empregada de mesa que se envolvem numa relação extra-conjugal, a qual transforma as suas vidas para sempre, chega ao fim após cinco temporadas. Durante o seu decurso, as atrizes Maura Tierney e Ruth Wilson foram distinguidas com Globos de Ouro pelos seus papéis na série.
A última temporada terminou mesmo ontem, com o último episódio a ser exibido na americana “Showtime”.
THE BIG BANG THEORY (CBS)
É verdade, é o fim de uma era. “The Big Bang Theory” foi uma das mais populares comédias norte-americanas de todo o sempre. Por mais que o conteúdo tenha perdido interesse, piada e no geral tenha esquecido qual a sua motivação ao longo dos anos, não deixa de ser um dos conteúdos de comédia que mais anos durou, e com uma influência gigante na cultura pop. “The Big Bang Theory” foi importantíssimo para colocar a cultura geek num mapa mais mainstream, e brilhou através da sua estrela Jim Parsons, o interprete do estranho e especial Sheldon Cooper. O ator foi nomeado seis vezes ao Emmy pelo seu papel, tendo vencido quatro vezes.
A série atou, até bem de mais, todos os nós possíveis imaginários, todas as pontas. Os personagens terminaram felizes, casados, com filhos e mais adultos, embora menos interessantes. Num total de 281 episódios, que culminou com o final a 16 de maio de 2019. O legado da série continua com o spin off “Young Sheldon”, sobre a infância do prodígio Sheldon Cooper. Jim Parsons é produtor desta continuação do universo.
THE DEUCE (HBO)
A bem recebida série “The Deuce” chega ao fim com a sua terceira temporada na HBO. A produção protagonizada por James Franco e Maggie Gyllenhaal centra-se na Nova Iorque dos anos 70 e 80 do século XX, repleta de vícios, porno e prostituição.
A série emitiu o seu último episódio há poucos dias, mais precisamente no dia 28 de outubro. O conteúdo valeu a Maggie Gyllenhaal uma nomeação aos Globos de Ouro em 2018. Despede-se agora na marca dos 25 episódios. Encontra-se disponível na plataforma de streaming HBO Portugal.
THE GIFTED (FOX)
A FOX abandona este ano o conteúdo “The Gifted”, adicionando-o à lista de séries canceladas em 2019.
A série foi protagonizada, entre outros intérpretes, por Stephen Moyer, que se tornou uma cara familiar com a sua prestação como Bill na série “True Blood”. “The Gifted”, ao longo de 29 episódios, narrou a história de mutantes que procuram arranjar forma de conciliar a sua existência com a do resto da humanidade.
THE GOOD PLACE (NBC)
A NBC cancela, na temporada de 2019/2020, “The Good Place”, que está neste momento a exibir os seus últimos episódios. A série protagonizada por Kristen Bell (“Veronica Mars”) e Ted Danson (“Cheers”) chega ao fim no seio de uma maravilhosa recepção crítica e junto do público, no seu auge e na quarta temporada.
Por tudo isto, não termina devido às suas más audiências ou enredo gasto, mas devido a algo bastante precioso. O desejo de respeitar a planificação do criador Michael Schur (criador de “Parks and Recreation”). Foram quatro temporadas projectadas, e depois de concluídas, a comédia mais imaginativa da televisão norte-americana chega ao fim. Será certamente recordada durante muito tempo, mesmo figurando entre as séries canceladas em 2019.
THE MAN IN THE HIGH CASTLE (AMAZON)
A série vencedora de dois Emmys “The Man in the High Castle”, para a sua fotografia e genérico inicial, é cancelada pela Amazon ao final de quatro temporadas. A última temporada será lançada a 15 deste presente mês, e contará com 10 episódios.
“The Man in the High Castle” é uma distopia baseada no romance do mesmo nome, escrito por Philip K. Dick, autor também do livro que originou o filme “Blade Runner”, e, assim, um dos mais importantes autores de ficção científica e distopias da literatura do século XX.
A série mostra uma América alternativa na qual as forças da Alemanha Nazi ainda dominam, depois dos Aliados terem perdido a Segunda Guerra Mundial. As tensões crescem entre o Império do Japão e a Alemanha Nazi, com consequências dramáticas para múltiplas peças neste jogo de poder. A série é bastante divergente do livro, não tivesse um livro pequeno sido transformado numa série com 40 episódios. A recepção foi sempre algo morna, e a série chega agora ao fim.
THE OA (NETFLIX)
Um drama fantástico que se encontra nesta lista de séries canceladas em 2019. “The OA” narra a história de uma jovem que costumava ser cega, e que retorna a casa com a vista curada, despertando muitas atenções pelo caminho. Será um milagre ou será esta jovem perigosa?
Contou apenas com 16 episódios, e viu o seu último lançamento no início deste ano.
UNBREAKABLE KIMMY SCHMIDT (NETFLIX)
Entre 2015 e 2019, a Netflix criou o conteúdo “Unbreakable Kimmy Schmidt”, uma narrativa fora da caixa sobre uma jovem no início da casa dos 30 que se comporta como uma adolescente, altura em que foi raptada e obrigada a permanecer num culto durante anos, culto este liderado pelo Reverendo Richard Wayne interpretado por John Hamm, hilariante no papel. Esta série foi criada pela grande Tina Fey, escritora do “SNL” durante muitos anos, criadora de “Mean Girls” e da série “30 Rock”, esta última inspirada na sua experiência no “Saturday Night Live”. Foi ainda co-criada por Robert Carlock, um dos criadores de “Friends” (1994) e “30 Rock” (2006).
Kimmy é um conteúdo muito especial, sobre uma jovem única e ao longo das suas 4 temporadas, acumulou um impressionante número de 18 nomeações aos Emmy Awards, entre muitas outras nomeações e vitórias. Pelas suas prestações, todos os membros com mais destaque do elenco receberam nomeações. O mais nomeado foi Tituss Burgess, seguido de Ellie Kemper, a “nossa” Kimmy, Jane Krawoski (“30 Rock”) foi também indicada pela sua hilariante Jacqueline Voorhee e até Tina Fey e John Hamm foram nomeados pelas suas participações como guest stars.
Uma comédia especial, que termina agora mas que certamente não será esquecida.
VEEP (HBO)
Com “Veep” a chegar ao fim com a sua sétima temporada uma questão pertinente que se coloca é…quem é que vai agora ganhar todos os anos o Emmy de Melhor Atriz de Comédia? Verdade seja dita, Julia não venceu este ano, mas esta comédia tornou-a uma das pessoas com mais Emmys na história da cerimónia.
Uma comédia política nas linhas de “Commander in Chief” ou “Parks and Recreations”, narra a história de Selina Meyer, vice-presidente dos Estados Unidos da América. A série concluiu em maio deste ano.
VIKINGS (HISTORY CHANNEL)
“Vikings” está no ar desde 2012, e foi a primeira série de ficção do canal História, sendo em Portugal emitida na AMC. Esta série nomeada para 13 prémios Emmy ao longo da sua história, começa a emitir a sua derradeira temporada em dezembro deste ano.
Este conteúdo de ficção tenta abordar uma perspectiva histórica mais ou menos exacta, mas ao mesmo tempo cumpre uma curiosa função, a de humanizar uma família de Vikings, um grupo visto como tirânico ao longo da história.
WILL & GRACE (NBC)
Estamos numa era na qual as séries têm o poder incrível de ser canceladas várias vezes. “Will & Grace” foi uma das comédias de situação da viragem do milénio. A série beneficiou desta nova vaga de sequelas, remakes e continuações inesperadas, e com isso em mente, regressou em 2017, depois de ter sido cancelada, na oitava temporada, em 2005.
Por isso, “Will & Grace”, uma série que se iniciou em 1998, emite assim o seu último episódio já em 2020, 22 anos depois, mas não porque tenha durado 20 temporadas. Ainda assim, acaba com o número muito simpático de 11 temporadas e quase 250 episódios. A história sobre Grace, a designer de interiores e o seu melhor amigo gay, o advogado Will, talvez fosse já um pouco ultrapassada para os dias de hoje, mas tem ainda assim um lugar inequívoco na cultura pop. Ao longo da sua vida, foi nomeada a 30 globos de ouro e muitos outros Emmy Awards, entre outros prémios. Debra Messing (Grace) foi quem conseguiu uma carreira mais estável no cinema, no rescaldo da série.
YOU’RE THE WORST (FXX)
Ao fim de 5 temporadas e 62 episódios, “You’re the Worst” chega ao fim. Uma série sobre um casal tóxico e auto-destrutivo, incapaz de conciliar as suas posições sobre a vida e amor. O seu último episódio foi emitido em abril.
Esta comédia foi criada por Stephen Falk, produtor e argumentista norte-americano, que trabalhou em séries como “Weeds” ou “Orange is the New Black”.
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Qual destas séries deixará mais saudades? E para qual já estava na hora?
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