Sol da Caparica 2022 | Entrevista a Virgul
Depois de sair do palco principal do Sol da Caparica 2022, conversamos com Virgul sobre a digressão, próximos projetos e se haverá outra reunião dos Da Weasel.
No virar do milénio, Virgul deu-se a conhecer como integrante da banda Da Weasel. As músicas com um ritmo acelerado e letras que ficavam na memória, de Norte a Sul de Portugal, os Da Weasel eram altamente reconhecidos. Com vários êxitos, como por exemplo, “Re-tratamento”, “Dúia” e “Dialectos de Ternura”, o sucesso da banda alcançou várias gerações. Desse modo, após o fim da banda em 2010, milhares de pessoas continuavam a ouvir as músicas. Os membros da banda acabaram por seguir caminhos diferentes, com maior destaque para as carreiras a solo de Carlão e Virgul. Assim sendo, Virgul alcançou uma carreira notável.
Depois de 2017 e 2018, Virgul regressa ao Parque Municipal Santo António da Caparica, um mês depois de marcar presença noutro festival, no NOS Alive!, dessa vez na desejada reunião dos Da Weasel. Assim sendo, tivemos à conversa com o artista, depois do final do concerto.
[para Virgul] Estás a ter um ano em grande, cheio de concerto. Tiveste o incrível reencontro com os Da Weasel. Agora na terceira vez no Sol da Caparica, como é actuar no Sol da Caparica 2022, e o que representa?
V: Para mim é muito especial tocar aqui, estou a tocar em casa. Cresci aqui, sou do Monte da Caparica e conheço isto como as palmas das minhas mãos. Com a família toda aqui, com amigos de longa data que não vejo há muito tempo, que acabo por os ver, como estou em casa. Apesar de todo o carinho, as pessoas são mais calminhas, como consigo ir lá para fora na boa. Aproveito para ir beber um copo e divertir-me também. Mas sobretudo é o facto de estar em casa, poder dar aos meus, neste caso à minha terra, aquilo que melhor sei fazer. Acaba por ser muito gratificante estar aqui, a curtir com eles neste pequeno festival familiar. É especial, é a terra que me viu crescer. Na primeira ou segunda vez encontrei aqui uma professora, depois há essas situações, de pessoal que me conhece desde de sempre.
[para Virgul] A tua última música foi lançada este ano, “O tempo passa”. Há dois anos foi o teu último álbum. Qual é o próximo projeto?
V: Eu ando a gravar música nova, não álbum para já, mas estou a começar coisas novas. Um single, dois singles, e depois logo se vê. Agora também é assim que as coisas funcionam. Vários singles e depois lanças um EP. Mas agora é focar e continuar a acabar a turnê. Graças a Deus, o trabalho não tem faltado, tenho andado a tocar. Mas mais que tudo, quero apresentar algo novo. E quem sabe, para a próxima ter uma turnê nova. Um espetáculo completamente novo.
[para Virgul] Como é que foi o concerto com os Da Weasel. Quais foram os sentimentos que te passaram na mente? O que é que sentiste do público? Haverá uma próxima reunião?
V: A palavra certa é gratificante. Nós sentimo-nos muito gratos pelo facto de ter passado tanto tempo e as pessoas continuarem com um grande gosto pelas músicas de Da Weasel, por uma grande paixão de aquilo que viveram nesses anos enquanto os Da Weasel estavam em turnê e tocávamos bastante. Foi um turbilhão de emoções, foi saudade, foi nostalgia. O facto de ver ali várias gerações. Os pais depois acabavam por passar a música para os filhos. Para nós é muito especial, podermos ver que a nossa música com uma longevidade tão grande. E espero que assim continue.
[para Virgul] Haverá mais uma reunião?
V: Confesso que ainda não falámos sequer. Falámos uma vez por causa de outros assuntos, mas não sobre o que sentimos, ou que não sentimos, o que vamos ser, o que é que vai ser. É deixar passar um bocadinho as férias de verão, o pessoal também quer estar com a família. E depois logo se vê.
TRAILER | O SOL REGRESSA À COSTA COM SOL DA CAPARICA 2022