Superman, de James Gunn, vai alterar origem do herói da DC
O próximo filme do Superman pode estar prestes a reescrever décadas de mitologia — e nem todos vão gostar.
Desde que Jerry Siegel e Joe Shuster o trouxeram para a banda desenhada em 1938, Superman tem sido sinónimo de poder, esperança e, acima de tudo, origem extraterrestre. Kal-El, o menino de Krypton, nunca foi humano — e essa sempre foi a essência da sua história. Mas e se, no novo universo cinematográfico da DC, as regras tivessem mudado? E se, de repente, o último filho de Krypton fosse classificado como… metahumano?
Superman é (oficialmente) um Metahumano no DCU?
A notícia surgiu de onde menos se esperava: o livro infantil “Superman: Welcome to Metropolis“. A sinopse do livro deixa claro desde o início: Clark Kent chega a Metrópolis e passa a equilibrar ativamente o seu trabalho no Daily Planet com a sua identidade secreta; além disso, as palavras oficiais descrevem-no como “um poderoso metahumano”. O problema? Metahumanos, no universo DC, são humanos com habilidades sobre-humanas — resultado de acidentes, mutações ou experiências genéticas. Barry Allen (Flash) foi atingido por um raio. Victor Stone (Cyborg) sobreviveu a uma explosão alienígena. Mas Superman? Ele nasceu assim.
A sua força, visão de calor e até o voo não vêm de um acidente de laboratório — são consequência da sua biologia kryptoniana sob o sol amarelo da Terra. Classificá-lo como metahumano é, no mínimo, estranho. Será um erro? Um spoiler disfarçado? Ou uma mudança intencional no cânone do DCU?
James Gunn, o arquiteto do novo universo cinematográfico da DC, ainda não se pronunciou. No entanto, surgem duas possibilidades: por um lado, a classificação pode ser um equívoco — afinal, livros infantis nem sempre passam pela revisão dos fãs mais dedicados; por outro, o filme pode realmente explorar uma narrativa em que o mundo ainda desconhece a origem alienígena do Superman. Se for o caso, faz sentido que, nos primeiros dias do herói, as pessoas assumam que ele é apenas mais um humano com superpoderes.
O que esperar do filme
Alterar a origem do Superman não é como trocar o fato do Batman. A sua condição de estrangeiro é central para a sua mitologia. Ele é um refugiado, um sobrevivente, um símbolo de como a diferença pode ser uma força para o bem. Assim, reduzi-lo a “apenas mais um metahumano” apaga parte do que o torna único.
Claro, há inegavelmente precedentes para reinterpretações. Em Smallville, Clark passou anos a questionar se era humano antes de aceitar o seu legado kryptoniano. Em Superman & Lois, a série retrata ativamente o medo de que as pessoas vejam o Superman como uma ameaça extraterrestre; além disso, ela desenvolve esse temor ao longo da narrativa para destacar o conflito entre a sua origem alienígena e a sua humanidade.. Mas chamá-lo de metahumano não é uma nuance — é uma redefinição.
Assim, o filme, com data de estreia para 11 de julho, terá de esclarecer esta questão. Será que David Corenswet interpretará um Superman que ainda não revelou as suas origens? Ou a DC está mesmo a riscar Krypton do mapa? Enquanto isso, os fãs debatem: será que um erro num livro infantil pode ser o prenúncio de uma mudança maior?
Acreditas que o Superman deve manter-se inalienável — ou está na altura de redefinir o Homem de Aço? Deixa a tua opinião nos comentários.