©Chappell Roan.com/ Sabrina Carpenter.com/ Disney+

O melhor da pop em 2024: Da tour de Taylor Swift à libertação de Charli XCX

Eis o cenário, uma pop em altas nos anos de 2023 e 2024. O presente verão promete superar todas as expectativas e o nível de entusiasmo rivaliza com o estado da música pop na viragem da milénio, mas desta vez as fórmulas e uniformização dão lugar a uma ênfase na autoria e auto-determinação. Exploramos o reino encantado dos número 1s no feminino, de Taylor Swift a Sabrina Carpenter, e o crescimento estupendo da pop sáfica! 

A experiência feminina chegou ao seu cúmulo de representatividade na cultura popular no verão de 2023 – Taylor Swift explodiu com a primeira parte da sua “The Eras Tour”, na altura nos Estados Unidos, Beyoncé arrasou na Europa com a digressão Renaissance e o filme da “Barbie” quebrou todos os recordes e provou, de uma por todas, que conteúdos centrados na perspectiva da mulher, e da rapariga, também têm o potencial para vender.

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Um ano marcante para a pop: 2024 confirma as tendências dos novos anos 20

Um ano depois, os ventos de mudança não se fizeram sentir na música e cultura pop, antes pelo contrário. Quanto muito, constatamos que esta tendência de ênfase na experiência feminina subjectiva continua forte e quiçá até mais arrojada.

Taylor Swift continua a sua Eras Tour, agora na Europa e a somar marcos tal qual como no verão passado; Charli XCX e Lorde deixaram o mundo num reboliço com uma das canções pop mais honestas de…sempre; e nomes como Sabrina Carpenter e Chappell Roan anunciaram-se como novas mega estrelas da pop a uma velocidade fenomenal.

Aqui fica uma vistoria, muito geral, de tudo o que a pop nos tem dado, muito ancorada numa vontade profunda de exteriorizar toda e qualquer emoção na forma de uma canção viciante e capaz de ficar verdadeiramente no ouvido!


Taylor Swift , o clube dos poetas torturados (e muita música ao vivo!)

taylor swift e o sucesso da pop em 2023/2024
Taylor Swift na “The Eras Tour” | ©Disney+

Com muito a acontecer na pop contemporânea em 2024, entre digressões, lançamentos e estrelas que se tornaram gigantes (apenas aparentemente) do dia para a noite, o epicentro dos grandes eventos continua a ser a longa e multimilionária “The Eras Tour”, a digressão mais bem sucedida de todo o sempre (cada vez por uma diferença maior).

Em 2024, Taylor Swift lançou “The Tortured Poets Department” e continuou na estrada, com um acto adicional acrescentado ao seu gigante concerto de quase 3.5 horas. Com todo o seu poderio, lá foi direta para o primeiro lugar da Billboard e assim continua nos Estados Unidos (já com 10 semanas de permanência, de abril a julho).

Ao seu lado, o mundo continuou a girar e as estrelas pop que motivou e inspirou alcançaram um sucesso semelhante, nalguns casos devido ao seu envolvimento direto.

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Gracie Abrams com o seu The Secret of Us | #1 no Reino Unido e Austrália

É este o caso de Gracie Abrams, cantautora de 24 anos que se afirma como uma das maiores “discípulas” de Swift. Na semana em que subiu ao palco de Wembley (a 23 de junho) ao lado de Taylor Swift para interpretar o seu novo dueto “Us.” , a jovem norte-americana Gracie Abrams lançou também o seu segundo disco de originais, que estreou em número 1 no Reino Unido, onde Taylor Swift esteve em digressão, e chegou a este lugar ainda na Austrália.

O estilo confessional e acústico de Gracie Abrams é abençoado, em 2024, pela colaboração próxima com Aaron Dessner (dos “The National”) na produção de todo o disco, sem dúvida nenhuma facilitada pela amizade e colaboração entre Swift e Dessner desde 2020 (Dessner colaborou em “Folklore”, “Evermore” e em todos os projetos de Taylor Swift desde então).

A colagem de Gracie Abrams à atual maior estrela da pop é inegável. “Us.”, o dueto que tanto ajudou a catapultar o seu disco, é a música número 5 do segundo disco de Abrams, o lugar que Taylor Swift costuma dedicar, na sua discografia, ao longo de 11 discos, à canção mais triste de cada álbum.

Curiosamente, Gracie decidiu reservar este tema, que canta com Swift, para o quinto momento do seu próprio disco. Uma decisão muito pouco inocente e inteligente. Ao lado de Abrams e Swift, estão ainda Dessner e Jack Antonoff na produção. Precisamente a equipa de produtores atual de Swift.

Mas há grandes movimentos a acontecer na pop que nada, mesmo nada têm a ver com o poderio de Taylor Swift. Que o diga Charli XCX, que em 2024 é finalmente uma música livre e com verdadeiro livre arbítrio!


Charli XCX em estado de graça, como a BRAT que é

Numa nota totalmente distinta, 2024, e mais especialmente o relevante verão de 2024 (no que à pop diz respeito), viu também uma estrela atingir o estado mais puro, natural, caótico e não domado: falamos de Charli XCX.

“Brat” surgiu como um autêntico cometa pop! Fê-lo com um marketing infalível e uma estética limpa e simples, mas profundamente memorável. Sem papas na língua e sem comprometer a sua visão artística por ninguém (os dias de “Boom Clap” estão bem longe), e certamente não por editora alguma, Charli XCX chegou a novos voos com o seu último disco e os singles de lançamento como “Von Dutch” e “360” deixavam a premonição bem viva: “I’m Everywhere, I’m so Julia”.

A Honestidade refrescante e única do remix com Lorde

E se o lançamento de “Brat” falou por si, transformando a internet numa nuvem verde repleta de memes, frenesim e referências diversas, o momento áureo do lançamento deste novo álbum disco chegou com um remix muito especial.

A 7 de junho, quando saiu o disco de originais, a canção “Girl, so confusing” gerou logo muita discussão online. O tema encontra a cantora inglesa a falar sobre a sua relação de amizade complexa com uma cantora com um percurso profissional semelhante a a especular se a sua amizade é ou não real.

Muita “tinta” virtual correu e a especulação de que este tema era, de facto, sobre a nova zelandesa Lorde, foi confirmada assim que na já icónica “Parede Brat” passou a poder ler-se “Lorde”.

O remix inovador “The girl, so confusing version with lorde” foi lançado no final do mês e, como profetizado nas letras, deixou a internet num verdadeiro estado de emergência. A música completa a versão prévia, lançada originalmente em “Brat”, com um novo verso escrito e cantado por Lorde, no qual a cantora responde às letras originais. Com refrescante e desarmante honestidade, a cantora fala sobre ciúmes, percepções que induzem em erro, rivalidade feminina, receios e distúrbios alimentares, e ainda da amizade que em último caso a une a Charlie XCX.

A canção encaminha-nos mais ainda para esta nova era luminosa da pop: mais vibrante, mais transparente, mais fiel aos sentimos dos seus intérpretes. E, por agora, sem novos álbuns de Harry Styles, The Weeknd ou qualquer um dos poucos “rapazes da pop”, são as mulheres, de Taylor Swift a Lorde e Charli XCX, que expressam os seus sentimentos mais fortes e profundos na forma de canção.


Sabrina Carpenter com o seu número 1 e novos patamares de fama

Sabrina Carpenter e uma nova superestrela pop em 2024
©Sabrinacarpenter.com

“É preciso 10 anos para se tornar um sucesso do dia para a noite”: é esta a frase que a internet repete mais incessantemente sobre Sabrina Carpenter e a sua ascensão em 2024.

Há não muito tempo, Carpenter era conhecida como simplesmente “a outra” no triângulo romântico de “Sour”, o álbum de lançamento de Olivia Rodrigo. Tal como Rodrigo, Carpenter surgiu na indústria como uma estrela da Disney. Mas isto numa fase em que o Disney Channel já não tinha o mesmo poderio e já não criava mega estrelas como Miley Cyrus, os Jonas Brothers ou Selena Gomez. Há muito que não o faz com o mesmo impacto, não como com esta geração, a de 92!

Sabrina Carpenter tem uma discografia longa, mas até 2023 o seu repertório era bastante genérico em sonoridade e não escalava os tops. No último ano, tudo começou a mudar com o confessional “Emails I Can’t Send”. Munida de uma nova estética de pin-up algo provocadora mas também bastante inócua, e uma maquilhagem mais arrojada, Carpenter arranjou um novo estilo e músicas mais apelativas.

De “Feather” a “Nonsense” com os seus deliciosos outros provocadores (que mudam em cada concerto), começou a produzir uma pop mais chamativa, e com baladas como “Because I Liked a Boy” conseguiu inverter a fama de destruidora de lares construída no disco de Rodrigo.

E aqui entra novamente o efeito Swift. Uma fã de longa data de Taylor Swift, em 2023 Sabrina Carpenter foi anunciada com o ato de abertura de Swift na América Latina, para um total de 3 países e 8 datas (além de ter sido o opener em todas as datas na Austrália). A sua estrela continuou a subir e na primavera de 2024, o lançamento de “Expresso” tornou-a uma sensação de internet. Do videoclipe divertido e provocador ao ritmo viciante, aqui ficaram todos os ingredientes para uma ascensão rápida.

Passado pouco tempo, Sabrina Carpenter lançou “Please, Please, Please”, mais precisamente no dia 6 de junho, um dia antes de “BRAT” ser apresentado ao mundo. Que semana para a pop contemporânea! “Please, Please, Please” tornou-se o primeiro número 1 de Sabrina Carpenter, beneficiando de uma performance recente no festival Coachella e também do próprio sucesso prolongado de “Expresso”.

“Please, Please, Please” é também um marco importante para o seu único produtor, Jack Antonoff, que atingiu agora um número 1 motivado por uma colaboração não com Taylor Swift. O que ajudou também? O  videoclipe da música, com o namorado de Carpenter, Barry Keoghan, num delicioso papel de “bad boy” embaraçoso.

Já o novo disco de originais de Sabrina Carpenter, o seu 7.º, Short N’ Sweet, sai no dia 23 de agosto e promete, sem dúvida, ser o seu disco mais bem sucedido até agora e muito provavelmente número 1. Como produtor principal conta com Jack Antonoff, que parece estar a trabalhar, uma vez mais, para o Grammy de Produtor do Ano Não Clássico ( o produtor e vocalista dos Bleachers venceu Produtor do Ano nos últimos três anos consecutivos, pela sua colaboração prolífica com Swift e Lana del Rey e pela forma como continua a moldar descaradamente a paisagem da pop do aqui e agora).

Quanto à jovem Sabrina Carpenter, de 25 anos, ainda vamos ouvir falar muito, mas muito mesmo dela!


Astronómico crescimento da popularidade de Chappell Roan & Pop Sáfica

Pop em 2024: de Taylor Swift a Chappell Roan
©iamchappellroan.com

Chappell Roan é uma cantora pop que também já batalhou muito para chegar ao estrelato e que, no verão de 2024, ao lado de Sabrina Carpenter, se encontra numa escalada de popularidade impressionante. Se gostas deste género (a pop) e não conheces Chappell e o seu som, tal está certamente para mudar muito em breve!

Aos 26 anos, e depois de um contrato discográfico deitado por terra em consequência da pandemia, Chappell Roan tem apenas um disco de originais cá fora, mas que álbum.

Aclamado criticamente e em expansão clara junto do público, “The Rise and Fall of a Midwest Princess foi lançado a 22 de setembro de 2023, mas depois de algumas apresentações memoráveis em talk shows, de uma prestação icónica no Coachella e de um set perante uma gigante plateia no famoso Gov Ball, em Nova Iorque, no início de junho, Roan encontra finalmente apelo mainstream.

Por terras lusas, o seu primeiro single depois de “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, “Good Luck, Babe“, já começa a ter tração nas rádios e a sua chegada anuncia-se à medida que a jovem irá embarcar, nos próximos meses, numa digressão europeia para lá de esgotada.

Outros hinos sáficos (lésbicos) que já produziu incluem “Red Wine Super Nova”, uma canção cada vez mais ouvida pela internet fora e ainda “Pink Pony Club”, a música perfeita para a celebração do Pride Month. Curiosamente, foi o “não sucesso” inicial desta última canção que fez com que a antiga discográfica de Chappell Roan largasse o seu contrato. Mas hoje, e prestes a tornar-se uma das novas grandes certezas da pop, compreendemos o quanto a falta de promoção pode comprometer um catálogo musical promissor.

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Muito se tem escrito sobre o “sucesso do dia para a noite” vivido por Chappell Roan. No início de julho, a cantora contava com 4 singles no top 100 de singles da Billboard e, depois de não estar sequer no top 100 de álbuns, o seu disco aproximava-se perigosamente do top 10.

Na semana de publicação deste artigo, a 6 de julho a Billboard reportava o álbum de Taylor Swift ainda em 1.º lugar pela 10.ª semana consecutiva, com a sua amiga Gracie Abrams a estrear-se em segundo lugar, Billie Eilish em 4.º e Chappell extraordinariamente já em 6.º e a subir semana após semana. Porque é tal extraordinário? Pois este álbum não foi lançado há um ou dois meses, mas quase há um ano!

Chappell Roan, produzida por Dan Nigro (que assina também os temas de Olivia Rodrigo), propõe um regresso à pop mais animada, deixando de lado as divas de vozes roucas e o seu sem fim de baladas tristes que têm dominado o género. Os seus temas são verdadeiros hinos, à individualidade e à experimentação sexual. Este é o seu verão, sem dúvida, mas a sua narrativa está apenas a começar.


Pop Sáfica e as suas representantes: De Girl in Red a King Princess

Chappell Roan é sem dúvida a mais emblemática representação da pop gay nos últimos tempos, com os seus hinos como “Red Wine Super Nova” e a recente “Good Luck, Babe” de 2024. Todavia, a ideia de uma pop sáfica (de Safo, a poeta da ilha de Lesbos) tem vindo a tornar-se cada vez mais notória no universo da música e cultura popular.

girl in red no alive 2023
girl in red na sua primeira passagem por Portugal © David Passos / MHD

Por exemplo, perguntar “Do You Listen to Girl in Red” é, de acordo com o dicionário urbano, uma forma discreta de perguntar a uma rapariga se é gay. Girl in Red, que vimos recentemente no NOS Alive, é outra representante livre e popular desta nova pop aberta à exposição da sexualidade sem tabus ou reservas. Este ano, poderemos vê-la no Vodafone Paredes de Coura. Também recentemente, “King Princess”, outra cantora queer muito aclamada, passou pelo palco secundário do Alive onde apresentou ícones da pop sáfica como “Your Pussy is God” ou Talia“.

Também em 2024 a muito popular cantora pop Billie Eilish lançou o novo e aguardado disco de originais “Hit Me Hard and Soft”. Além disso, saiu do armário e juntou-se a este não uniforme mas notório fenómeno da pop sáfica. No seu novo álbum, um hino para a nova geração na música “Lunch”, em que inequivocamente afirma, sem qualquer timidez, e explicita como nunca antes: “I Could Eat That Girl for Lunch”.

Junta-se, por exemplo, Renée Rapp, a atriz e cantora de “The Sex Lives of College Girls” e do novo “Mean Girls”, conhecida agora pelos seus papéis memoráveis como bissexual ou lésbica, e que recentemente saiu também do armário.

Outros exemplos emblemáticos de grandes estrelas da pop sáfica incluem Boygenius e a sua “cabecilha” Phoebe Bridgers, St. Vincent ou o trio feminino MUNA. Considerando o ano de Chappell e companhia, a proliferação de música sobre amor queer no feminino está aqui para ficar.


Outros pontos altos a não esquecer no mundo da pop e em 2024

Olivia Rodrigo GUTS World Tour

GUTS World Tour Olivia Rodrigo
©Photo credit: Paula Busnovetsky & Miles Leavitt/ OliviaRodrigo.com

Olivia Rodrigo, outra grande discípula, senão a maior, do estilo confessional de Taylor Swift, não lançou nenhum disco em 2024, mas este não deixou de ser também o seu ano.

O sucesso inegável da jovem continua a solidificar-se e embora a prequela de “Hunger Games”, a ” A Balada dos Pássaros e das Serpentes”, não tenha deixado grande mossa na cultura popular, o seu tema original “Can’t Catch Me Now” foi uma das grandes canções do final de 2023/ início de 2024.

Além disso, Rodrigo está de momento em plena digressão mundial com o seu segundo disco de originais, “GUTS”, e há já conversas em torno de um terceiro álbum para breve. Uma vez mais, este é só o princípio. Passámos pela Guts World Tour em Lisboa e testemunhámos o desabrochar da maior estrela da pop a nascer nos últimos anos.

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Ariana Grande lança um “breakup album” profundamente conceptual

ariana grande
© Netflix

Ariana Grande, sempre uma das maiores e mais transversais estrelas pop deste milénio desde a sua “entrada em cena”, está sempre em altas mesmo quando não tem álbuns a sair. Mas a 8 de março de 2024, Grande lançou “Eternal Sunshine”, um álbum curto, coeso, que a vê unir forças com a super-força da pop, o produtor sueco Max Martin (Britney Spears, Katy Perry, Taylor Swift), que conta com 77 (!!) singles top 10 na Billboard ao longo da sua carreira.

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Um álbum conceptual, baseado, sem grande surpresa, no filme de culto “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”, vê Ariana Grande a abraçar o seu lado mais melancólico e vulnerável e a refletir acerca do seu recente casamento falhado. Tirando o single de lançamento “Yes, And?”, “Eternal Sunshine” é um álbum quase desprovido de grandes músicas animadas, as quais foram todas escolhidas como âncoras promocionais.

Este é o seu disco mais calmo e dramático, o outro lado do frenesim mediático em torno da sua vida pessoal. A sua voz, essa está mais forte que nunca. Com menos notas altas mas  muito mais profundidade.


Até Katy Perry regressa com KP6, já a ser promovido

E eis que 2024 é um ano tão forte para a pop, da ascensão de estrelas com carreiras longas à celebração da Eras Tour de Taylor Swift, que até uma antiga super princesa da pop estará de volta em breve. Falamos de Katy Perry, que depois de uma estadia longa na residência de Las Vegas, e após um álbum de pandemia que mal se fez notar (“Smile”, de 2020), prepara um regresso em grande.

Há duas quinzenas que Katy Perry promove “Woman’s World”, o single de lançamento do seu 6.º álbum. Os rumores dizem-nos que Max Martin e Shellback, as estrelas suecas, estarão presentes na equipa de produção; bem como Dr. Luke, um produtor que caiu em desgraça devido a acusações de abuso sexual. Esta equipa, embora feita de grandes estrelas, parece ter em falta a frescura dos produtores mais afamados e bem sucedidos do aqui e agora: de Antonoff a Nigro e mais além.

Os snippets iniciais de “Woman’s World” apontam para um hino feminista algo genérico, com uma sonoridade que em nada se distingue de tudo o que Perry fez antes. Será que este será mais um regresso falhado, não obstante a enorme projeção? Será que a pop bubblegum de Perry tem lugar num mundo onde este género se faz agora de desarmante honestidade, das baladas às músicas mais animadas?

Ou será que o grande ano de 2024, com a música pop na linha da frente, será suficiente para salvar a grande dúvida no campo dos regressos? Outros astros do passado tentaram e falharam este ano, do novo disco de Justin Timberlake ao regresso de Sia. Está tudo em aberto e aqui estaremos para ver!

Fãs de música pop, de Taylor Swift a Charlie XCX, concordam com a ideia de que 2024 tem sido particularmente especial? 



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