Sopro de TNDM II.

Teatro D. Maria II apresenta três espectáculos no Festival de Viena deste ano

O Teatro D. Maria II apresenta três espectáculos no Festival de Viena, um dos mais importantes festivais culturais de toda a Europa, que decorrerá entre 9 de maio e 19 de junho na capital austríaca.

O Festival de Viena, Wiener Festwochen, foi fundado em 1951 e dá a conhecer espetáculos e artistas em áreas como o teatro, dança, música e artes visuais. É aclamado como um dos mais importantes festivais culturais de toda a Europa.

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Este ano, o Festival receberá Sopro, uma criação de Tiago Rodrigues com produção do Teatro Nacional D. Maria II (TNDM II). O espectáculo irá subir ao palco da capital austríaca nos dias 7 e 8 de junho. Sopro estreou em julho de 2017 no Festival de Avignon, em França, e chegou em Novembro do mesmo ano à Sala Garrett do TNDM II. Vencedor do Globo de Ouro de “Melhor Peça/Espetáculo” em 2018, esteve em digressão nacional e internacional desde o final de 2017 e regressou no início deste ano ao palco do TNDM II. Sopro é o espetáculo que nos dá a conhecer o trabalho do ponto, numa homenagem ao teatro e a quem o faz.

O que aconteceria se um teatro se desmoronasse e nos seus escombros só encontrássemos um sobrevivente: o ponto? A protagonista de Sopro não é uma atriz mas uma mulher chamada Cristina Vidal, que trabalha como ponto no D. Maria II, há mais de vinte e cinco anos. Acompanhada em palco por seis atores e centenas de fantasmas, esta guardiã de uma profissão em vias de extinção vai evocar as histórias reais e ficcionais de um teatro agora em ruínas. Que teatro habita a sua imaginação e a sua memória? Que mundo nos pode dar a ver usando apenas o seu sopro invisível?

Para além deste espetáculo, o Festival de Viena 2019 recebe também duas coproduções do TNDM II: Ensaio para uma Cartografia e Bacantes – Prelúdio para uma Purga.

Da encenadora Mónica Calle, Ensaio para uma Cartografia será apresentado de 13 a 15 de maio. Baseado no texto Os Sete Pecados Mortais de Bertolt Brecht, este espectáculo terá sido iniciado em 2014 e o seu fim encontra-se agendado para 2021 e por isso serão sete anos a traçar esta cartografia individual e de conjunto.

É também a construção de uma família, a procura de uma religação, através do erro, da falha, da insegurança, da inevitabilidade da imperfeição, da fragilidade e da transformação do corpo, mas também da força, da exigência e do rigor. Celebrar a vida. Como é que se recomeça? Como é que se continua? A partir dos ensaios de orquestra de grandes maestros e dos movimentos do ballet clássico, um grupo de atrizes dança.

Bacantes – Prelúdio para uma Purga, da bailarina e coreógrafa Marlene Monteiro Freitas, apresenta-se em Viena a 18 e 19 de maio. Vencedor do Leão de Prata da Bienal de Veneza em 2018, este clássico do teatro é um autêntico combate de aparências e dissimulações.

Em Eurípides, está presente o delírio e o irracional. Manifesta-se a ferocidade e o desejo de paz, a selvajaria e a aspiração a uma vida simples. Encontram-se, no seu texto, direções contraditórias, elementos que chocam, corpos íntegros que se desmembram e crenças testadas ao limite. Este é o mundo, moral e estético, que o autor convida a percorrer e que Marlene Monteiro Freitas tomou na construção de Bacantes — Prelúdio para uma Purga

Podes consultar toda a programação do Festival de Viena 2019 AQUI.



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