Tom Hanks | Top 10 MHD
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Tom Hanks é definitivamente um dos atores mais amados pelo público, não só pelos americanos, mas pelo público mundial.
O ator de 64 anos tem uma carreira muito longa com muitos filmes aclamados, por isso é difícil escolher o Top 10 de todas as suas atuações no grande ecrã. Mas nós aqui na MHD não fugimos de um bom desafio!
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Por isso escolhemos os 10 melhores filmes com o ator como protagonista. Os filmes “Toy Story” não estão incluídos já que na versão portuguesa foi o cantor Miguel Ângelo dos Delfins a dar a voz de Woody. Será que o teu filme favorito chegou a este Top?
10 – Milagre no Rio Hudson
Neste filme, Hanks é Chelsey “Sully” Sullenberger, o heróico piloto que ousou mergulhar o nariz do seu avião comercial nas margens do rio Hudson, transformando no que poderia ser um dos maiores acidentes de avião na história na sua melhor hora. O filme é um retrato vivo e cru da fragilidade humana, ao qual o realizador Clint Eastwood encarrega-se de lhe dar o seu toque pessoal. “Milagre no Rio Hudson” é um filme sobre fé, coragem e o instinto de sobrevivência.
Sully é conhecido como o “Capitão Cool”, por manter a sua compostura mesmo em situações de alta tensão, que é bem demonstrado quando amara o avião no rio Hudson, isso significa que aterrou um avião sem motores. Por isso Hanks encaixa na perfeição a esta personagem com um perfil mais sisudo e comedido, deleitando-nos com o seu olhar e presença quase silenciosa que é muito similar a pessoa real.
O que o ator traz para a mesa é a graciosidade de alguém sobre uma enorme pressão e o fator humano, pois é nele e na personagem de Aaron Eckhart que nos focamos durante todo o filme. De muitos dos filmes do ator, “Milagre no Rio Hudson” conseguiu o 10º lugar.
Ana Carvalho
9 – Anjos e Demónios
“Anjos e Demónios” é o segundo filme onde o ator interpreta o simbologista Robert Langdon baseado na obra de Dan Brown. Desta vez, Langdon vê-se envolvido numa luta contra o tempo para recuperar a “Partícula de Deus” que está a ser usada como arma de destruição contra o Vaticano pelos Illuminati, que até raptaram os ‘perfecti’, ou seja os cardeais favoritos a tornarem-se no novo Papa.
Neste filme consegue-se perceber que Hanks já está mais confortável com esta personagem, fazendo piadas e tendo uma maior química com as outras personagens, basicamente tendo um pouco mais de liberdade na sua performance como o simbolista. Também já estando mais habituado as cenas de ação numa idade mais avançada.
“Anjos e Demónios” pode não ser o melhor filme de sempre do ator, em termos de realização ou argumento. Mas pelo menos aqui na equipa MHD é um dos mais populares filmes do ator, até mesmo da saga de filmes baseados na obra de Dan Brown. É tão popular assim que está a ser desenvolvida uma série de televisão baseada na personagem.
Ana Carvalho
8 – Sintonia do Amor
Antes de alcançar o prestígio do Óscar e o amor da crítica, Tom Hanks fazia a vida com comédias. Foram filmes para fazer rir que lhe abriram as portas ao estrelato, mas, à medida que a sua carreira avançou, o ator foi perdendo o gosto a essas produções. No início dos anos 90, esse crescente desafeto pela comédia fazia-se sentir e foi em 1993 que Hanks finalmente deu o salto de estrela humorística para ator consagrado com “Filadélfia”. No entanto, nesse mesmo ano, Tom Hanks entrou numa de três comédias românticas em que ele contracenou com Meg Ryan, um filme onde as ambições dramáticas do intérprete trespassam as intenções cómicas da obra.
“Sintonia de Amor”, escrito e realizado por Nora Ephron, conta a história um tanto ou quanto doida de uma mulher que, certa noite, ouve um menino falar na rádio sobre o pai enviuvado. Quando o patriarca descobre o filho e responde às perguntas do interlocutor, então a heroína começa a se apaixonar por ele, um homem que nunca conheceu. Meg Ryan é essa protagonista e Tom Hanks é a sua paixão à distância, um viúvo cujo coração se calcificou desde a morte da esposa, cuja depressão assombra o filho mesmo que o pai faça tudo para a esconder.
No seu âmago, “Sintonia de Amor” é um clássico da comédia romântica, uma premissa amorosa sem estribeiras que é filmada com máxima sinceridade. No entanto, o que fascina em relação à presença de Hanks no filme, é quanto o ator interpreta o seu papel despido de trejeitos cómicos. Como o pai enviuvado, Hanks oferece uma prestação abrasiva e cheia de dor, um anti-herói romântico que pode ser charmoso, mas também foi derrotado pela vida. É graças a todo o peso dramático que Hanks traz ao papel, que o filme funciona no fim. A conclusão do romance é especialmente feliz, porque Hanks nos deixou ver a negrura psicológica que vem ser salva pelo desabrochar do amor.
Cláudio Alves
7 – Terminal do Aeroporto
“Terminal do Aeroporto” é mais uma parceria entre Hanks e Spielberg. Baseada na história verdadeira de um homem iraniano que ficou preso num aeroporto parisiense depois de ter perdido os seus papéis e viveu na zona de partidas durante quase duas décadas. Para muitos este filme não é o melhor em termos das colaborações feitas por Hanks e Spielberg.
Hanks é Viktor Navorkski, um homem do Leste europeu que tem a má sorte de ao aeroporto do JFK em Nova Iorque quando o seu país fictício sofre um golpe militar. Ele não pode ir para casa e porque o seu passaporte não é válido não pode pisar solo americano. Mas felizmente existe um grupo de pessoas, desde a bagagem, a empregados de restaurantes e uma simpática comissária de bordo (Catherine Zeta-Jones) que mostram a Viktor como ser um “cidadão de lado nenhum”.
Esta história é uma delicada comédia, que te faz suster a respiração, com muitas gargalhadas que definitivamente não são forçadas. Sabe-se em todos os minutos do filme quem é o herói da história que se mantém completamente consistente naquilo que acredita e de como se comporta.
Ana Carvalho
6 – Apanha-Me Se Puderes
“Apanha-Me Se Puderes” é um dos muitos filmes que junta Hanks com Steven Spielberg. Neste filme em particular, o ator tem como seu companheiro Leonardo DiCaprio. DiCaprio é Frank Abagnale Jr., um vigarista profissional que imita várias carreiras profissionais, como de piloto e de médico. Mas o seu principal crime é de falsificação de cheques que acaba por captar a atenção do agente do FBI Carl Hanratty, que fica com o certo interesse em Frank Jr. começando um longo jogo do gato e rato.
Spielberg baseou este filme no verdadeiro Frank Abagnale Jr.. O filme não ter recebido os mesmos elogios de outros filmes de Spielberg-Hanks, mas de certeza que é uma das mais divertidas colaborações. Não só pela realmente fascinante história do verdadeiro Frank Abagnale Jr., mas também pela carismática performance de Hanks de DiCaprio como dois homens que estão unidos até um deles acabar a perseguição. O filme também presta homenagem aos anos 60 e um estilo de vida mais chamativo.
Após o filme também Houve uma série de televisão vagamente baseada no filme, “White Collar”, que infelizmente já terminou.
Ana Carvalho
5 – O Resgate do Soldado Ryan
“O Resgate do Soldado Ryan” é um dos melhores filmes de Steven Spielberg. Um blockbuster sobre a Segunda Guerra Mundial que marcou a memória cinematográfica do final dos anos 90, início de 2000, vagamente inspirado na história verídica do Sargento Frederick Niland que durante o ataque à Normandia foi chamado de volta aos E.U.A, uma vez que era o último dos Niland vivos – todos os restantes irmãos foram dados como mortos em combate.
Na versão de Spielberg, é Matt Damon na pele do Soldado Ryan quem tem de ser resgatado. Sendo que a missão de o informar da morte dos irmãos e de o trazer de volta a casa vivo recai sobre Tom Hanks, que dá vida a Capitão Miller. Hanks personifica literalmente a expressão de “um homem com uma missão”, com um desespero profundo e tangível, que lhe valeu uma nomeação ao Óscar em 99. Mas para além deste lado militar, Hanks consegue também transmitir o sentimento de família, assumindo uma figura paternal para o seu grupo de soldados.
No seu todo, Miller não é mais do que o herói comum, maravilhosamente interpretado por Tom Hanks na sua Era, os anos 90. Hoje damos-lhe os nossos Parabéns pelo seu 64º aniversário, 40º no grande ecrã!
Inês Serra
4 – Capitão Phillips
“Capitão Phillips” é um drama intenso que joga com as emoções do espectador, onde um embarcação com piratas somalis tenta liderados por Muse (Barkhad Abdi) tenta chegar ao porta-contentores do Capitão Phillips (Hanks) para roubarem os mantimentos que tanto precisam.
Enquanto esperamos que os piratas não consigam o que querem somo projetados para uma cena de ação frenética que queremos que acabe, mas sabemos mais que não vai acontecer, ou esta não fosse uma história verídica. O argumento é baseado no livro “A Captain’s Duty: Somali Pirates, Navy SEALs, and Dangerous Days at Sea” escrito pelo verdadeiro Capitão Richard Phillips, um casting fantástico, em especial os atores que interpretam os piratas somali, e culminando na realização de Paul Greengrass, realizador de “United 93” e de dois filmes da saga Bourne.
Hanks é definitivamente o grande foco do filme com a sua interpretação da personagem principal. Inicialmente frio e circunspecto, mostrando a astúcia inata da personagem e sofre uma metamorfose em como consegue extrapolar todo o sofrimento e preocupações da personagem. É uma interpretação poderosa que com muita facilidade valia uma vitória nos Óscares, não fosse o ator já ter duas estatuetas.
Ana Carvalho
3 – O Náufrago
No coração do período áureo da carreira prolífica de Tom Hanks, situado especialmente entre os anos 90 e a primeira década do século XXI, encontramos “Cast Away”. “O Náufrago”, em português, é de longe um dos papéis mais marcantes do ator. Outros exigiram enormes graus de metamorfose entrega emocional, mas este drama que lhe valeu a 5ª nomeação ao Óscar levou Hanks a um outro extremo. Aqui, a transformação física é uma nunca antes vista na sua carreira. Tudo em prole de interpretar Chuck Noland, um homem que fica preso numa ilha deserta depois de um acidente de avião e que procura a todo o custo não enlouquecer.
Robert Zemeckis (“Forrest Gump”, “Regresso ao Futuro”) propõe uma abordagem muito interessante sobre o que é solidão, à medida que acompanhamos uma transformação física e psicológica repleta de momentos marcantes e fáceis de recordar. Tom Hanks carrega o filme completamente às costas, estando apenas ele em ecrã durante a larga vasta maioria do tempo. Só ele e uma bola a quem chama “Wilson” e que se torna a sua companheira de aventura. “O Naúfrago” é um filme de aventura, é um drama, é uma comédia, é um romance, é uma narrativa sobre perseverança que se faz da performance de Tom Hanks e de bom timing trágico-cómico.
Maggie Silva
2 – Filadélfia
“Filadélfia” é um filme que não convence muitos dos atuais defensores de obras de temáticas LGBTI devido ao pouco tempo dedicado às cenas de cariz mais íntimo ou respetivas à própria cultura gay, pouco explorada . A crítica também não ficou rendida a certos clichés relacionados com dramas em contexto de tribunal que povoam este “Philadelphia”. Contudo, não obstante a falta de unanimidade, esta longa-metragem realizada por Jonathan Demme (“O Silêncio dos Inocentes”) contém um trunfo inegável – a imbatível prestação de Tom Hanks, a qual lhe valeu o seu primeiro Óscar de Melhor Ator. O filme levou ainda a estatueta para Melhor Canção Original por “Streets of Philadelphia“, de Bruce Springsteen, notável música que povoa ainda hoje a cultura pop.
Esta obra foi a oportunidade perfeita para Hanks provar a sua versatilidade, ser confrontado com novos desafios e limites e afirmar-se como a estrela de cinema em que se viria a tornar. “Filadélfia” deve ser visto no contexto do seu tempo, como um filme corajoso que nos mostrou a história do advogado Andrew, despedido do seu escritório por ter contraído HIV e agora envolvido num processo legal com o intuito de processar o seu antigo empregador. “Filadélfia” foi o primeiro grande filme de estúdio a tocar na temática da SIDA e a relaciona-lá com a homossexualidade procurando desmistificar, clarificar, humanizar um grupo em permanente risco de exclusão social e económica.
As interpretações de Tom Hanks e Denzel Washington em muito suportam um filme centrado na negação de preconceitos e demonização de grupos. As consequências da prestação empática de Tom Hanks foram certamente importantes para a criação de um público mais tolerante.
Maggie Silva
1 – Forrest Gump
É um dos filmes mais icónicos da história de Hollywood, e não apenas pela frase “Run Forrest, run!”. “Forrest Gump” é sem dúvida o papel mais icónico do actor Tom Hanks e também o mais fácil de se gostar. No filme, que surgiu da história de Winston Groom, Hanks interpreta o protagonista da história, Forrest Gump, um jovem emotivo, genuíno e inocente.
A fantástica história de Forrest, a par do momento da história americana representada no filme, eleva o nível de representação de Hanks ao mostrar a sua versatilidade enquanto protagonista forte mas sem deixar de demonstrar a vulnerabilidade de Gump. Com uma personagem que tem tudo para parecer simples e quase caricata, Tom transforma-a numa pessoa real, de fácil relacionamento e de uma expressão sincera, conferindo neste papel, pela simplicidade e subtileza que lhe dá, a actuação de uma vida.
Por estas características, e pela maneira como interage com as restantes personagens, o papel valeu a Tom Hanks o Óscar de Melhor Actor da Academia e, até aos dias de hoje, mantém-se sem dúvida um dos prémios melhor atribuídos e um dos pontos altos da carreira de Tom Hanks. Hanks não foi apenas um herói americano na longa-metragem mas também um actor que por certo inspirou tantos outros com este filme.
Marta Kong Nunes
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