© 2002 - Studio Ghibli (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Esta sequela exclusiva de Totoro passou despercebida aos fãs do Studio Ghibli

Imagina um tesouro cinematográfico tão precioso que apenas algumas dezenas de pessoas no mundo o viram, como se fosse um segredo bem guardado no universo encantado de “My Neighbor Totoro”.

Sumário:

  • A curta-metragem “Mei and the Kittenbus”, continuação de “My Neighbor Totoro”, é um segredo exclusivo do Museu Ghibli, no Japão;
  • Apenas duas exibições ocorreram fora do Japão, tornando-o quase inacessível ao público global;
  • Muitos fãs só conhecem a obra através de filmagens amadoras de baixa qualidade, reforçando a sua aura misteriosa.
Lê Também:   Rings of Power T3 a caminho e argumento já em preparação

No universo mágico do Studio Ghibli, onde a imaginação não conhece fronteiras, existe um segredo tão bem guardado que se tornou quase um mito entre os cinéfilos: uma curta-metragem que continua a história de “My Neighbor Totoro”, mas que permanece deliberadamente escondida dos olhos do mundo.

A obra secreta

studio ghibli
© 1988 – Studio Ghibli

“Mei and the Kittenbus” não é apenas um filme. É uma narração íntima que apenas os visitantes mais afortunados do Museu Ghibli em Mitaka, Japão, tiveram o privilégio de experimentar. Realizado pelo próprio Hayao Miyazaki, o curta-metragem revisita Mei Kusakabe, a adorável protagonista do filme original, agora envolvida numa nova aventura fantástica com o filho do Autocarro-Gato.

A particularidade desta obra reside não apenas no seu conteúdo, mas na sua distribuição quase clandestina. Apenas duas projeções fora do Japão aconteceram: uma num evento beneficente nos Estados Unidos e outra no Festival de Cannes em 2024. Para todos os outros, permanece um fantasma cinematográfico, um fragmento de narrativa que existe mas que simultaneamente parece não existir.

Curiosamente, a forma mais comum de experienciar esta obra não é numa sala de cinema, mas através de filmagens amadoras, de baixa qualidade, gravadas clandestinamente por visitantes no parque temático da Ghibli. Estas imagens, tremidas e imperfeitas, carregam consigo um charme peculiar, como se cada frame fosse um vislumbre proibido de algo sagrado, reforçando a aura misteriosa que cerca este pedaço raro do legado de “My Neighbor Totoro”.

A jornada de Totoro

totoro melhores filmes para o dia da criança
© 1988 – Studio Ghibli

Para compreender a magia de “Mei and the Kittenbus”, é essencial revisitar o fenómeno cultural que foi “My Neighbor Totoro”, disponível na Netflix. Lançado em 1988, o filme original conta a história de duas irmãs que se mudam para o campo, onde encontram criaturas míticas que as ajudam a lidar com a doença grave da sua mãe. Totoro tornou-se mais do que uma personagem – transformou-se no próprio símbolo do Studio Ghibli.

A decisão de Miyazaki de manter esta curta-metragem tão exclusiva não é acidental. Faz parte de uma filosofia artística que preza a experiência sobre a massificação. No Museu Ghibli, os visitantes são surpreendidos com curtas-metragens únicas, criadas especificamente para aquele espaço, numa abordagem quase performativa da arte cinematográfica.

O próprio Miyazaki já demonstrou uma resistência feroz à ideia de sequelas. “The Cat Returns” – a única sequela oficial do estúdio – serve mais como uma variação temática do que como uma continuação direta de qualquer narrativa anterior. Esta abordagem única distingue Ghibli de outros estúdios de animação, onde as sequelas são frequentemente motivadas por considerações comerciais.

Caro leitor, partilha nos comentários que outros segredos cinematográficos gostarias de descobrir escondidos nos bastidores do Studio Ghibli?



Também do teu Interesse:


About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *