União Europeia vai criar um sistema operativo para os computadores?
Depois da União Europeia impor USB-C como padrão, agora avança com novo sistema operativo próprio para fugir ao Windows.
Todos os pequenos e médios dispositivos eletrónicos portáteis vendidos na União Europeia devem agora ser compatíveis com portas USB-C. Esta medida, aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros em 2022, visa reduzir o desperdício eletrónico e simplificar a vida dos consumidores, eliminando a necessidade de múltiplos carregadores para diferentes aparelhos. Além disso, os consumidores podem optar por não receber um carregador novo com cada compra, incentivando a redução de resíduos.
A decisão afeta todos os fabricantes, mas tem um impacto significativo na Apple, que inicialmente se opôs à padronização por razões de inovação. No entanto, a empresa já começou a adotar o USB-C nos seus dispositivos para cumprir a diretiva europeia. Contudo não é a única mudança tecnológica que a União Europeia vai fazer.
União Europeia está a trabalhar num sistema operativo
Enquanto isso, a União Europeia está a avançar com a sua soberania digital e pode estar a desenvolver um sistema operativo próprio. O EU OS, baseado no Fedora Linux e com interface KDE Plasma, pretende substituir o Windows nos computadores do setor público europeu. O objetivo é reduzir a dependência de software estrangeiro e garantir maior controlo tecnológico.
Diferentes versões do EU OS serão adaptadas às necessidades de administrações públicas, empresas, escolas e universidades. No entanto, o sistema não será disponibilizado para uso doméstico. Atualmente, trata-se de uma prova de conceito desenvolvida por programadores voluntários de toda a UE. Apenas após a comprovação da sua viabilidade será submetido à Comissão Europeia para aprovação oficial.
Os responsáveis pelo projeto acreditam que a migração do Windows para o EU OS poderá ocorrer em apenas dois anos, desafiando previsões mais longas. A iniciativa junta-se a outros esforços de soberania digital, como o Docs, alternativa europeia ao Google Docs, e o OpenEuroLLM, um modelo de linguagem para competir com o ChatGPT da OpenAI.
Com estas medidas, a União Europeia pretende a sua independência tecnológica face às questões entre os EUA e a UE e aposta num futuro digital mais sustentável e autónomo.
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