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Portugueses obrigados a tomar decisão sobre a Meta já em Maio

A Meta está a começar a usar os dados públicos para treinar a Inteligência Artificial e impõe prazo para os utilizadores recusarem na Europa.

Os utilizadores europeus das plataformas da Meta têm até 27 de maio para recusar a utilização dos seus dados públicos no treino de modelos de inteligência artificial (IA). A medida abrange conteúdos partilhados no Facebook e Instagram, excluindo apenas o WhatsApp.

A Meta iniciou uma nova política que permite utilizar publicações, fotografias, legendas e comentários públicos, bem como interações com o assistente Meta AI no Messenger, para alimentar os seus sistemas de IA generativa. Esta alteração entra em vigor automaticamente, exceto para os utilizadores que apresentem objeção formal através de um formulário de autoexclusão.

A empresa vai notificar os utilizadores na União Europeia, alertando para a nova política e disponibilizando uma ligação direta para o formulário. Embora o prazo estipulado seja 27 de maio, a Meta permitirá o preenchimento do formulário também após essa data. A objeção apresentada abrangerá todas as contas associadas ao perfil que submeteu o pedido.

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Inteligência Artificial
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A recolha de dados será limitada a conteúdos públicos. As mensagens privadas, incluindo as trocadas no Messenger, e as contas de menores de 18 anos ficam excluídas desta recolha. No entanto, a empresa admite que poderá continuar a processar dados de quem recusou, caso estes apareçam em imagens partilhadas por outros ou sejam mencionados por terceiros.

Esta decisão surge numa altura em que o uso de dados pessoais para treinar sistemas de IA levanta crescentes preocupações. A União Europeia já abriu investigações a práticas semelhantes noutras plataformas, incluindo a rede social X (antigo Twitter).

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O assistente Meta AI, lançado no final de março na União Europeia, utiliza estes dados para melhorar a interação com os utilizadores. Ou seja, a nova política insere-se nos esforços da empresa para competir no desenvolvimento de modelos generativos de IA, numa corrida tecnológica global que envolve outras gigantes como Google e OpenAI.

Especialistas em privacidade alertam para os riscos de uma utilização indiscriminada de dados pessoais, apelando à transparência e ao reforço dos mecanismos de consentimento. Assim sendo a decisão da Meta reacende o debate sobre os limites éticos do treino de IA com base em dados de utilizadores.

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