Willem Dafoe explica os problemas do Streaming: “Vamos ver algo parvo hoje à noite”
Willem Dafoe voltou a se destacar com “Pobres Criaturas”, durante a promoção do filme o ator norte-americano falou sobre os problemas do streaming.
“Pobre Criaturas”, do realizador grego Yorgos Lanthimos, é o mais recente filme do icónico ator. Segundo a sinopse oficial, seguimos “a incrível história de Bella Baxter (Emma Stone), uma jovem mulher vitoriana a quem o Dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe), um cientista tão excêntrico quanto brilhante, devolve a vida. Sob a protecção de Baxter, Bella sente-se ansiosa por aprender, mas também sedenta por vivências que nunca teve. É então que foge com Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), um advogado astuto e libertino, numa aventura turbulenta pelo mundo todo”.
No entanto, é de relembrar que Willem Dafoe entrou em mais de 150 filmes onde se destacam “Homem-Aranha” (2002), “O Farol” (2019), “Platoon – Os Bravos do Pelotão” (1986), “American Psycho” (2000), “A Última Tentação de Cristo” (1988), “Mississipi em Chamas” (1988) e “Um Crime no Expresso Oriente” (2017).
O ator esteve largos meses sem trabalhar por conta da greve de atores que assombrou a indústria. O seu novo filme, “Pobres Criaturas”, tem sido uma presença recorrente nas cerimónias de entrega de prémios com Willem Dafoe em destaque.
Numa dessas ocasiões o ator norte-americano falou sobre os problemas que o Streaming criaram na indústria cinematográfica.
O GRANDE PROBLEMA SEGUNDO O ATOR
Numa entrevista com o The Guardian, Willem Dafoe critica as plataformas de streaming por incentivarem os espectadores/subscritores em escolherem as formas mais simples de entretenimento.
Além disso aborda a dificuldade dos filmes mais complexos em captar a atenção das pessoas – “o tipo de atenção que as pessoas dão em casa não é o mesmo. Os filmes mais difíceis, os filmes mais desafiantes, podem não ser tão bem sucedidos quando não se tem um público que esteja realmente a prestar atenção. Isso é uma coisa importante. Sinto falta do aspeto social em que os filmes se inserem no mundo. Vê-se um filme, vai-se jantar fora, fala-se sobre ele mais tarde e isso espalha-se. Agora as pessoas vão para casa, dizem: ‘Querida, vamos ver algo parvo esta noite’, folheiam e vêem cinco minutos de dez filmes, e dizem: ‘Esquece, vamos para a cama’. Onde é que se encontra esse discurso?”.
MAS HÁ QUEM TAMBÉM PARTILHE A MESMA OPINIÃO
Da mesma forma encontramos a opinião de Christopher Nolan (“Oppenheimer”) em relação ao streaming – “tu já não consegues obter a mesma quantidade de dinheiro como antigamente. A mudança para o streaming mudou por completo a indústria e criou problemas para todos”. Nesse sentido apela à compra das edições físicas dos filmes para assim “nenhuma plataforma de streaming malvada o poderá roubar”.
TRAILER | WILLEM DAFOE E O STREAMING
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